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PARAHYBA    BRASIL    ABRIL   2024

Este é o nosso BLOG, onde você conhecerá um pouco do ARTISTA e da sua OBRA, navegando nos generosos DEPOIMENTOS sobre a minha trajetória durante esses 50 anos de ATIVIDADE ARTÍSTICA E EXPOSIÇÕES e também em inúmeras REPORTAGENS na mídia. Acompanhará os projetos que estou realizando agora: PARAHYBAVISTA; JOÃO & MARIA; FLORESTA ARDENTE QUEIMADAS. Poderá acessar nossa GALERIA VIRTUAL, me acompanhar no INSTAGRAM e visitar a MINHA CIDADE...

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A ARTE PRIMEVA DA HUMANIDADE: XAMÃ - PINTURA E FÉ NA CAVERNA!

quarta-feira, 31 de dezembro de 2014

JULIANA STEINBACH É CAPA NO CORREIO DAS ARTES

A edição de dezembro do "Correio das Artes" traz como matéria de capa uma reportagem sobre a pianista franco/brasileira Juliana Steinbach.  O Jornal A UNIÃO, órgão da imprensa oficial do Governo do Estado da Paraíba, tem uma versão digital, de ótima qualidade. Mas, o suplemento em questão não está ainda nessa versão. Então, atendendo a pedidos, digitalizei as páginas da reportagem e coloquei-as "na nuvem", para que quem não mora na Paraíba possa ter acesso ao talentoso e irrepreensível texto de William Costa, seu editor. .


Fiz por conta própria e risco, espero que a superintendência do jornal me permita esse capricho de pai.

Para ver as imagens ampliadas e em alta resolução, clica nos links abaixo de cada imagem. 
Ou pode ver no word online no One Drive.


Para ler em imagem grande clica aqui...

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JULIANA STEINBACH TOCANDO E A PARAÍBA ENCANTANDO

Convidada pela Prefeitura da Capital da Paraíba para participar do II FESTIVAL INTERNACIONAL DE MÚSICA CLÁSSICA DE JOÃO PESSOA, a pianista franco/brasileira/paraibana Juliana Steinbach tocou e encantou.
O melhor presente que ganhei na vida!
Veja o vídeo e se emocione também:
https://www.facebook.com/video.php?v=954091047952389&set=vb.100000545079934&type=3&theater

SOBRE O FESTIVAL
http://www.joaopessoa.pb.gov.br/musicaclassica2014/#section-sobre

Sucesso de público e crítica consolidado no ano passado, o II Festival Internacional de Música Clássica vai contar mais uma vez com um catálogo de alguns dos artistas do mais alto panteão da música erudita mundial em 22 concertos por igrejas históricas e pontos turísticos da capital, além de eventos de formação musical gratuitos oferecidos de 30 de novembro a 6 de dezembro deste ano.

Dezenove músicos de dez nacionalidades diferentes transitarão pelas centenárias igrejas do Varadouro. Um dos destaques definitivos da mostra é a presença de Isaac Karabtchevsky, ex-maestro da Orquestra Sinfônica Brasileira e patrimônio da música erudita mundial.

A ocasião guarda um simbolismo especial, já que há 32 anos, Karabtchevsky regia o concerto de inauguração do Espaço Cultural José Lins do Rêgo, o mesmo complexo para onde o regente, quase octogenário, volta no concerto de desfecho da programação. Mais do que sede de concertos, o Espaço Cultural será o novo local para as masterclasses, espaço de troca de conhecimentos entre músicos e alunos.
Esta segunda edição promete inserir João Pessoa em definitivo no mapa dos destinos dos apreciadores da música clássica. Para a cidade, mais uma vez este evento representa um ganho inestimável em termos de engrandecimento cultural e transmissão de conhecimento artístico.

MÍDIA DO EVENTO

reportagem sobre Juliana no jornal  A UNIÃO:
http://issuu.com/auniao/docs/jornal_em_pdf_29-11-14/5?e=2563716%2F10356199

Festival Internacional de Música Clássica acontece em João Pessoa - G1 Paraíba -...
G1.GLOBO.COM
http://g1.globo.com/pb/paraiba/bom-dia-pb/videos/t/edicoes/v/festival-internacional-de-musica-classica-acontece-em-joao-pessoa/3803959/

Confira as atrações desta quinta-feira no 2º Festival de Música Clássica de João Pessoa:
http://portalcorreio.uol.com.br/entretenimento/entretenimento/musica/2014/12/03/NWS,250639,62,405,ENTRETENIMENTO,2192-CONFIRA-ATRACOES-QUINTA-FEIRA-FESTIVAL-MUSICA-CLASSICA-JOAO-PESSOA.aspx
http://portalcorreio.uol.com.br/entretenimento/entretenimento/musica/2014/12/03/NWS,250639,62,405,ENTRETENIMENTO,2192-CONFIRA-ATRACOES-QUINTA-FEIRA-FESTIVAL-MUSICA-CLASSICA-JOAO-PESSOA.aspx

Veja reportagem no BOM DIA PARAÍBA (TV CABO BRANCO/GLOBO, 02/12/2014):
http://g1.globo.com/pb/paraiba/bom-dia-pb/videos/t/edicoes/v/festival-internacional-de-musica-classica-acontece-em-joao-pessoa/3803959/

G1 GLOBO JPB2JP: Pianista brasileira, radicada na França, faz apresentação em João Pessoa
http://g1.globo.com/pb/paraiba/jpb-2edicao/videos/t/edicoes/v/jpb2jp-pianista-brasileira-radicada-na-franca-faz-apresentacao-em-joao-pessoa/3810621/?fb_action_ids=10154859774770181&fb_action_types=og.likes

Chuva de aplausos - RC VIPS
http://www.rcvips.com.br/?p=154653





Ela tocou pra mim...

Depois do recital na igreja São Francisco, onde até os anjos da pintura do teto aplaudiram, depois dos afagos e abraços do público que lotou a nave principal e o adro, quando todos se foram, atendendo os pedidos dos anjos que não queriam que ela se fosse, ela resolveu voltar ao piano, à meia luz, sob os atentos olhares de todos os santos e anjos dali, do seu lindo noivo Nicolas, da querida Yara Mariz Maia - que fez este vídeo, com a aquiescência do funcionário da diocese encarregado de fechar a igreja - que também não queria que ela se fosse e abriu novamente o piano...

Aí ela tocou pra mim. O melhor presente que já ganhei na minha vida.
Noite maravilhosa!




FELIZ ANO NOVO!




Agradeço a Yara Mariz Maia, que fez este vídeo, registrando esse lindo momento.





sábado, 1 de novembro de 2014

CABO BRANCO, OPUS XI

OBRA EM ANDAMENTO
Este é um esboço virtual (existe apenas na minha cabeça e no computador). Mas, brevemente, estará na parede da linda casa da minha amiga Yara Mariz Maia, acompanhado de um pedido de desculpas pela demora (rsss). 
A obra é um patrocínio para o projeto PARAHYBAVISTA - AGONIA E ÊXTASE 

Esboço já aprovado, mãos à obra!




Esboço virtual (infogravura) para o painel em acrílica/tela "Cabo Branco, opus XI", medindo 117,5 x 194 cm, encomenda de Yara Mariz Maia.




domingo, 12 de outubro de 2014

"BRASÍLIA EM CHAMAS" PRONTO!

Clica no vídeo e acompanha o andamento da obra...


Finalmente concluindo o "incêndio"...

O painel é maior que a largura da sala, pintá-lo aqui foi como assistir a um filme na primeira fila do cinema, fiquei vesgo, zarolho (rsss)...

Cansado, dedicação integral, quase um recluso; muita demora para o primo que a encomendou... Mas valeu a pena.

Graças a Deus, mais uma debutante que entregarei ao mundo. Depois de assinado e datado, farei a imagem "oficial", à luz do dia.




Bruno Steinbach Silva. "Brasília em Chamas"
Painel em acrílica/tela, medindo 150 x 250 cm.
Parahyba, Brasil.
Encomenda de Inaldo Leitão
Brasília - DF.


Que a honradez e a valentia do nosso povo, do brasileiro comum, trabalhador e desbravador - aqui representado na belíssima escultura "Os Guerreiros", mais conhecida como Os Candangos, de Bruno Giorgi - consigam reconstruir essa Nação, que, mesmo estando em chamas, conta com a esperança da Phoenix e das Asas Brancas, apoiada pelo braço justo e forte da Themis.

As chamas são uma "dedetização" para acabar com os insetos daninhos que atrapalham esta administração e para afastar os novos que lá pretendem se instalar (DF)...

Na imagem, preparando-se para vestir-se adequadamente na Casa Jorge Molduras, nossos parceiros de trabalho, para em seguida empreender longa viagem até o escritório de Inaldo Leitão, em Brasília - DF.Meus agradecimentos fraternos a Padeiro (Joaquim "Noberto" Sales Filho, Panificadoras Bonfim) que largou as suas ocupações empresariais e atendeu ao meu chamado, indo pessoalmente buscar a obra em veículo apropriado, na caverna. Por isso que sempre digo que é o meu patrocinador número 1.

E o bom é a "fusaca" que faço, tirando fotos, os automóveis com conhecidos parando pra ver, buzinas... Uma festa que alegra o dia de todos, pois quebra a rotina.
Dia muito bom!

Entregando a obra ao seu novo tutor, Inaldo Rocha Leitão, na Casa Jorge Molduras, onde será devidamente emoldurada e embalada para sua jornada.

Visite o álbum e acompanhe o andamento, clicando AQUI...



terça-feira, 7 de outubro de 2014

VIVA O NORDESTE!

"O saber deve ser como um rio, cujas águas doces, grossas, copiosas, transbordem do indivíduo, e se espraiem, estancando a sede dos outros. Sem um fim social, o saber será a maior das futilidades."                                         (Gilberto Freyre)

Tenho orgulho de ser paraibano, nordestino e brasileiro! 
Cabra macho, sim "sinhô"!


ATÉ QUANDO NORDESTINOS TERÃO QUE EDUCAR O BRASIL?
O PIOR IGNORANTE É AQUELE QUE NÃO QUER APRENDER!


     Paulo Freire e Gilberto Freyre (pernambucanos de Recife), Câmara Cascudo (natalense) e Celso Furtado (paraibano de Pombal) bem que tentaram... Mas é tarefa difícil ensinar civilidade para brucutús!
Novamente a mídia traz à tona o "Preconceito contra nordestino". Só gente muito tosca, ignorante e burra pode discriminar quem nasce no nordeste; pessoas que nem sabem quem são seus pais, talvez até um cabra macho paraibano "do pé grande"; E, depois, nordestino não é uma "raça"; aqui tem branco, preto, amarelo, índio, europeu, pobre, rico, brucutús, damas e putas, gente honesta e ladrão, igualzinho ao resto do país. Falar na televisão contra nordestino é até irônico, pois quem trouxe essa "caixa das ilusões", a TV, para o Brasil foi ninguém menos que o "Paraíba" da gema Assis Chateaubriand, que ainda mandou construir e equipar o Museu de Arte Moderna de São Paulo - MASP (contratou Pietro Maria Bardi e a sua esposa arquiteta para a tarefa).
Se liga aí, brucutú idiota que fala mal de nordestino.
Vai estudar, senão acabará no nosso roçado cortando cana pra gente...

     De tanto ouvir e ler comentários levianos sobre o nordeste e os nordestinos resolvi escrever este artigo. Mais como um desabafo, pois os indivíduos que tem esse tipo de comportamento talvez nem saibam ler direito, pois de história, etnia e ética já mostraram que não entendem nada. São espíritos atrasados, almas sebosas... Então resolvi publicar este artigo, reproduzido abaixo, extraído de texto de Demétrio Magnoli (Os grifos são meus), com a esperançosa intenção ou ilusão de jogar um pouco de luz na escuridão em que habitam alguns brasileiros racistas, intolerantes, preconceituosos e arrogantes, e, talvez, fazê-los parar – ou ao menos diminuir – a enxurrada de tolices e maldades que despejam sobre nós, “os nordestinos".

     Generalizam o termo, como se fôssemos todos desocupados ou retirantes saídos das páginas de "Vidas Sêcas" - de Graciliano Ramos (estigma alimentado durante muitos anos pela mídia e pelos governantes locais; os primeiros, como protesto social; os segundos, para alimentar a famigerada "indústria da sêca" - aproveitando-se da divulgação na literatura e no cinema,  mendigando verbas do governo federal, via sudene, e desviando essa dinheirama toda para seus próprios interesses e dos seus correligionários, bem para longe do povo da região, criando um enorme círculo vicioso). Sêca essa que o Brasil assiste impassível, de braços cruzados, deitado em berço esplêndido, sem corresponder à solidariedade dos nordestinos, primeiros a atender e socorrer nas tragédias e enchentes que anualmente avassalam o sul e o sudeste do país, muitas vezes retirando o alimento da sua própria família para doar às suas vítimas. A própria justiça se equivoca, às vezes, punindo alguns desses idiotas "separatistas" por crime de racismo... Ora, nordestino não é uma raça! Não temos conflitos étnicos no Brasil, pois somos mestiços, quer queiram ou não, independente da aparência, nossos DNAS são mais misturados e batidos que a nossa caipirinha! É sabido a contribuição histórica nordestina na "povoação" do Brasil, "semeando" muito por todo o território nacional. Portanto, grande maioria desses individuos descendem de nordestinos... Afinal, fomos colonizados primeiro por aqui, depois é que o restante do Brasil foi descoberto e colonizado... Pelos nordestinos!

Satirizam o nosso "sotaque"...

Ora bolas! E somos nós que falamos "chiando"? Somos nós que dizemos "tchia" ao invés do correto "tia"? Somos nós que falamos coisas "tchipo" "de boa" e  "coé"? Não, nós nordestinos não assassinamos a gramática, com gírias, locuções esdrúxulas e conjugações verbais inexistentes, como "eu devia ter "aceito". Não, nós falamos cantando a alegria de viver e escrevemos corretamente e com elegância, fruto do nosso aprendizado nas leituras dos nossos grandes escritores. Entonce, se alguém fala errado e com sotaque, certamente não é o nordestino. Ignorantes há em todo lugar do Brasil, não é um privilégio dos nordestinos, "visse"... E, como já disse Ariano Suassuna: "Não troco o meu Oxente pelo OK de ninguém".

Deixo aqui uma sugestão para esses indivíduos preconceituosos:

Estudem um pouco de História e Geografia do Brasil, a "básica" mesmo serve, essa que se ensina no curso secundário, para não "forçar" muito seus poucos neurônios. Aprendam com nordestinos de valor, como Ariano Suassuna (paraibano de João Pessoa),   Epitácio Pessoa ( paraibano, ex-presidente do Brasil), Assis Chateaubriand, conhecido como o co-criador e fundador, em 1947, do Museu de Arte de São Paulo (MASP- Museu de Arte de São Paulo Assis Chateuabriand - quem diria, fundado e equipado por um "paraíba" - junto com o italiano Pietro Maria Bardi, e ainda como o responsável pela chegada da televisão ao Brasil, inaugurando em 1950 a primeira emissora de TV do país, a TV Tupi (o que a ingrata midia "nacional" retribui com descaso e omissão à grandeza de sua terra), o escritor José Lins do Rêgo (paraibano, autor do romance Menino de Engenho), o também paraibano Pedro Américo (o maior pintor brasileiro de todos os tempos), os cearenses José de Alencar eRachel de Queiroz (Autora de destaque na ficção social nordestina. Foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras. Em 1993, foi a primeira mulher galardeada com o Prêmio Camões, equivalente ao Nobel, na língua portuguesa. É considerada por muitos como a maior escritora brasileira), o natalense Câmara Cascudo , os pernambucanos Luiz GonzagaJoão Cabral de Mello NetoManuel Bandeira e Gilberto Freyre, o alagoanoGraciliano Ramos, os baianos Jorge Amado e Dorival Caymmi... E tantos e tantos outros nomes de escol, Zé Ramalho, Caetano veloso, Gilberto Gil, Fagner, Luiz Gonzaga... E, pasmem(!), o próprio Presidente da República, Sr. Luiz Inácio Lula da Silva! A lista é interminável... Quem sabe, assim, parem de expressar tanta idiotice que na verdade só depõe contra eles mesmos, ao exporem a própria ignorância e atraso espiritual.     Afinal, PRECONCEITO é uma forma de autoritarismo social de uma sociedade doente. Normalmente o preconceito é causado pela ignorância, isto é, o não conhecimento do outro que é diferente. O preconceito leva à discriminação, à marginalização e à violência.
Mas vamos ao texto de Magnoli:

Regionalismo e preconceito contra o nordestino
Por Demétrio Magnoli
(Do livro: Identidade Nacional em debate, vários autores, Ed. Moderna, pág. 119-125)

1 – O Regionalismo nordestino


O Regionalismo nordestino nasceu e evoluiu como reação ?nbsp; decadência do Nordeste. Do ponto de vista histórico, surgiu no início do século XX, junto com o deslanche da industrialização no sudeste. Do ponto de vista social, configurou-se como atitude política das elites regionais, que jamais se difundiu profundamente entre a população. Do ponto de visa estratégico, caracterizou-se por reivindicar ajuda federal ?nbsp; região, sob a forma de obras públicas ou proteção para empresas e produtos. O seu argumento central sempre foi a pobreza regional, geralmente associada ao fenômeno climático das secas...
O discurso regionalista e as respostas federais pariram o principal mito sobre a pobreza do Nordeste: o mito das secas.
As secas, do ponto de vista meteorológico, não são um mito. O mito consiste na noção de que esse fenômeno natural seja o responsável pelo drama social da população. A artimanha do Regionalismo elitista consistia em esconder as causas sociais da miséria pelo recurso a uma condição climática. ... Dessa forma, as elites econômicas e políticas do nordeste encontraram um álibi para fugir á própria responsabilidade histórica pela pobreza e, ao mesmo tempo, uma argumentação para o desvio de recursos federais para a realização de obras públicas regionais. Evidentemente, os benefícios traídos por essas obras jamais chegaram ?nbsp; maioria da população nordestina, tornando-se fonte de enriquecimento privado das minorias privilegiadas...
Das "obras contra as secas" aos incentivos fiscais: mais de meio século de políticas regionais revelou-se incapaz de transformar o panorama de pobreza do Nordeste. Mas o discurso regionalista das elites continua em funcionamento, operando sempre o velho argumento do "bolsão de pobreza". Essa noção – de que o Nordeste é um "outro país", a Índia confrontada com a Bélgica, o lado esquecido do Brasil – camufla o abismo social que separa as elites nordestinas da população regional. A palavra Nordeste, uma noção espacial que se pode desenhar sobre o mapa, serve como esconderijo para as elites regionais, que se apresentam como representantes dos miseráveis e dos excluídos.

2 – A Bósnia não é aqui


O Regionalismo nordestino desenvolveu-se sobre o paradoxo de ser um discurso elitista cujo argumento central sempre foi a pobreza. Esse paradoxo contribuiu para o surgimento e a difusão de um outro discurso: o do preconceito antinordestino.
O preconceito antinordestino existe desde os tempos antigos, como expressão do racismo. A participação majoritária dos negros e mulatos na população do Nordeste, que contrasta com a hegemonia dos brancos no Sudeste e, em proporção maior, no Sul, reflete a história da escravidão e da imigração européia no Brasil. Aí se encontram os fundamentos do preconceito tradicional antinordestino....Porém, o preconceito antinordestino atualizou-se aproveitando o próprio Regionalismo das elites do Nordeste. No Sudeste, difusamente, desenvolveram-se atitudes preconceituosas contra os migrantes provenientes dos estados nordestinos. A atitude preconceituosa enxergou nos fluxos de nordestinos o espectro da invasão da pobreza, em vez de enxergar o papel desempenhado pela mão-de-obra migrante no crescimento econômico do Sudeste. Desde a década de 1970, diversas prefeituras do interior paulista passaram a recolher, nas estações rodoviárias, os migrantes recém-chegados, colocando-os em ônibus e despejando-os em cidades vizinhas. Em 1990, chegou a tramitar na Câmara Municipal de São Paulo um projeto de lei destinado a impedir o uso de serviços e equipamentos municipais por migrantes com menos de dois anos de trabalho e residência comprovados na cidade. (Observação: este projeto teve como autor o ainda vereador municipal Bruno Feder, atualmente do PPS, partido do ex-prefeito Paulo Maluf).
No Sul do país, na última década, o preconceito antinordestino assumiu a forma virulenta do separatismo. Os movimentos separatistas sulistas, em geral baseados no Rio Grande Do Sul, chegaram a formular a reivindicação da Independência: República dos Pampas....
O preconceito antinordestino enxerga no migrante o pobre. O separatismo sulista encara o nordestino como diferente. Os separatistas postulam a existência de diferentes grupos étnicos ou culturais no Brasil... A população do Sul, segundo essa visão, teria origens enraizadas na imigração branca e européia, distinguindo-se dessa forma da população do restante do país. Falsamente, apregoa-se a existência de diferenças étnicas no interior da população brasileira. A armadilha vai mais longe, associando nível de vida e origem populacional: o imigrante europeu aparece como a fonte do trabalho e da riqueza, o nordestino como a fonte da preguiça e da pobreza.
O preconceito antinordestino e o separatismo sulista constituem formas de mascarar a pobreza e a miséria, que estão em todas as regiões. Os contrastes sociais intensos, presentes nas metrópoles do Sudeste, são apresentados como fruto das migrações inter-regionais, não como reflexo das estruturas socioeconômicas perversas características de todo o país. A pobreza sulista – que transparece no fluxo migratório de gaúchos, paranaenses e catarinenses rumo à Amazônia, e também nas favelas e periferias miseráveis das cidades grandes e médias da região – é obscurecida por um discurso que nega o óbvio: a "Índia", está em todos os lugares, e até no Nordeste existem algumas "Bélgicas"...
A Bósnia não é aqui. Lá, uma história muito antiga produziu divisões étnicas, culturais e religiosas que cindiram a população bem antes da formação do Estado iugoslavo. Aqui, uma história muito mais recente misturou populações de origem diversa em um único conjunto nacional. No Brasil, as diferenças regionais (e estaduais, e locais... ) não são diferenças étnicas, mas apenas expressões dos ambientes diversos nos quais se processou a história da nossa sociedade. Nordestinos, sulistas, paulistas, cariocas: essas denominações refletem realidades geográficas, não identidades étnicas. Talvez, por isso, o separatismo sulista não tenha, até hoje, conseguido atear fogo na imaginação popular.
Ainda bem.

Bruno Steinbach. "Cabo Branco, Opus I". Infogravura / papel couchê, 29,7 x 42 cm, 2009. João Pessoa, Paraíba, Brasil.
Vizinho à Praia do Seixas, ponto mais oriental das américas, localizado na cidade de João Pessoa, estado da Paraíba, nordeste do Brasil.
"Onde o sol nasce primeiro e os amentes se encontram".

Bruno Steinbach. "Cabo Branco, Opus I". Thumbprint / glossy paper, 29.7 x 42 cm, 2009. Joao Pessoa, Paraiba, Brazil.
Within walking distance Praia do Seixas, the easternmost point of the Americas, located in the city of João Pessoa, Paraíba State, northeastern Brazil.
"Where the sun rises first."Bruno Steinbach. "Cabo Branco, Opus I". Infogravura / papel couchê, 29,7 x 42 cm, 2009. João Pessoa, Paraíba, Brasil. Vizinho à Praia do Seixas, ponto mais oriental das américas, localizado na cidade de João Pessoa, estado da Paraíba, nordeste do Brasil. "Onde o sol nasce primeiro e os amentes se encontram". Bruno Steinbach. "Cabo Branco, Opus I". Thumbprint / glossy paper, 29.7 x 42 cm, 2009. Joao Pessoa, Paraiba, Brazil. Within walking distance Praia do Seixas, the easternmost point of the Americas, located in the city of João Pessoa, Paraíba State, northeastern Brazil. "Where the sun rises first."

Bruno Steinbach. "PARAHYBAVISTA (SANHAUÁ, PORTO DO CAPIM e VARADOURO), opus I". 
Painel em acrílica/tela, 120 x 194 cm. Parahyba, dezembro de 2013.
Acervo: Tribunal de Justiça da Paraíba. João Pessoa, Paraíba, Brasil.


Bruno Steinbach. "PARAHYBAVISTA (SANHAUÁ, PORTO DO CAPIM e VARADOURO), opus I". Painel em acrílica/tela, 120 x 194 cm. Parahyba, dezembro de 2013. Acervo: Tribunal de Justiça da Paraíba. João Pessoa, Paraíba, Brasil. 



sábado, 13 de setembro de 2014

BRAVO, BRAVÍSSIMO MAESTRO KAPLAN!

É HOJE!
BRAVO, BRAVÍSSIMO MAESTRO KAPLAN!



Estaremos lá.
Recebi do SESC PB, através da Coordenação de Música, o belíssimo folder/convite do projeto SESC PARTITURAS para mais uma homenagem póstuma ao maestro José Alberto Kaplan, a terceira dentre as 4 planejadas para este ano.
Será no dia 13 de setembro, às 20 hs, na Sala de Concertos Radegundes Feitosa, LAMUSI (laboratório de música aplicada), Centro de Comunicação, Turismo e Artes da Universidade Federal da Paraíba (CCTA/UFPB).



Veja no mapa:


Bruno Steinbach. "Márcia e Kaplan". Óleo/tela, 87x108 cm, 1989, João Pessoa, Paraíba, Brasil.
Coleção: Márcia Steinbach Silva Kaplan, João Pessoa-Pb.
 



José Alberto Kaplan

José Alberto Kaplan nasceu em Rosário, Argentina, em 16 de julho de 1935 e faleceu em João Pessoa, em 29 de junho de 2009. 

Pianista, professor, compositor e regente. Recebeu diversos prêmios, entre os quais o Diploma de Honra no VI Concurso Internacional de Piano Maria Canals (Barcelona, Espanha, 1960); o 2.º lugar (Funarte, Rio de Janeiro-RJ, 1979), e o 1.º Prêmio no I Concurso Brasileiro de Composição de Música Erudita (Funarte, Rio de Janeiro-RJ, 1978). 

Como pianista, atuou nas principais cidades da Argentina, Estados Unidos e do Brasil. Em 1972 formou o Duo de Piano a 4 mãos Kaplan-Parente, cujo objetivo principal foi a divulgação do repertório de autores brasileiros para esse tipo específico de formação camerística. Nos Estados Unidos, realizou 25 recitais sob o patrocínio dos Partners of America. Foi Regente Titular da Orquestra de Câmara do Estado da Paraíba (1974-1977), da Camerata Universitária da UFPB (1978-1980) e da Orquestra Sinfônica do Estado (1986). Também atuou como Regente do Coral Universitário Gazzi de Sá de 1983 a 1985.

Suas composições para Piano, Violão, Coro Misto e diferentes combinações instrumentais foram editadas por Editoras do Brasil, Chanterelle Verlag (Heidelberg - Alemanha) e Brazilian Music Enterprises (EUA). Várias de suas obras foram gravadas. Participou, como compositor convidado, das Bienais de Música Brasileira Contemporânea realizadas no Rio de Janeiro em 10 edições.

Como professor de Piano e Harmonia, foi convidado a participar dos mais importantes Festivais realizados no País: Ouro Preto (MG), Londrina (PR), Oficina de Música de Curitiba (PR), Vale Veneto (RS), Porto Alegre (RS) e no 1.º Festival Internacional de Música de Natal (RN). Também ministrou Cursos e Masterclasses em Belém (PA), Fortaleza (CE), Recife (PE), Maceió (AL), Campinas (SP), Goiânia (GO), Porto Alegre e Pelotas (RS), a convite de Universidades e prestigiosas entidades musicais.

Idealizador e Diretor Artístico/executivo do "Festival de Verão de Areia" - realizado na cidade de Areia (PB) nos anos de 1976 e 1977.

As Câmaras Municipais das cidades de João Pessoa e de Areia e a Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba outorgaram-lhe títulos de cidadania nos anos de 1975, 1976 e 1995, respectivamente.
O Conselho Estadual de Cultura concedeu-lhe, em 1998, o "Diploma de Honra ao Mérito" pelos relevantes serviços prestados à cultura paraibana.

Foi professor de Piano e Matérias Teóricas (Harmonia Tonal, Contraponto e Estética) no Departamento de Música da Universidade Federal da Paraíba de 1964 a 1996, quando se aposentou. Reside no Brasil desde 1961, tendo adotado a cidadania brasileira em 1969.

A UFPB, por ocasião das solenidades de comemoração do seu cinquentenário, concedeu a José Alberto Kaplan o título de Professor Emérito e a Comenda Sapientia Aedificat da UFPB, em 2 de dezembro de 2005.






O Ipê plantado sobre as cinzas de Kaplan, no Departamento de Música da UFPB. 
Uma linda homenagem dos seus ex-alunos, colegas e da sua esposa Márcia Steinbach S. Kaplan.

quarta-feira, 10 de setembro de 2014

terça-feira, 5 de agosto de 2014

PARABÉNS, PARAHYBA

429 ANOS DE HISTÓRIAS BEM CONTADAS: 
UMAS SIM, OUTRAS NÃO...


"PORTO DO CAPIM: O PORTO INSEGURO"
Embora secularmente a culta mente tente,
é impossível ocultar da Luz a face dessa pobre gente;
um dia seu nobre silêncio, gritante ao sol poente, 
certamente despertará bravamente a nossa civilização dormente.
(Bruno Steinbach)

A PINTURA


Pintura: Bruno Steinbach. "PARAHYBAVISTA (SANHAUÁ, PORTO DO CAPIM e VARADOURO), opus I". 
Painel em acrílica/tela, 120 x 194 cm. Parahyba, dezembro de 2013. 
Acervo: Tribunal de Justiça da Paraíba. João Pessoa, Paraíba, Brasil. 
Obra patrocínio PARAHYBAVISTA. 

Em primeiro plano, os casebres do porto do capim. Depois, o casario antigo do varadouro. No alto, a igreja de São Frei Pedro Gonçalves. Mais à direita, ao fundo, a cidade alta e a Igreja de São Francisco.


Encomenda da amiga Fátima Bezerra para o Salão Nobre do Tribunal Pleno, anexo ao edifício do Tribunal de Justiça da Paraíba.
"Mais uma obra saindo do forno. Parabéns, Bruno Steinbach Silva, por essa mágica hiper-real que você extrai dos elementos - as águas e as cores parecem jorrar da junção paradoxal. Nessa releitura em que as casas humildes parecem beber o Sanhauá - a justiça divina do artista - são as mais iluminadas e de cores mais vivas. Assim como Polibio Alves, você extrai a beleza e o lirismo dos marginalizados, levando-nos ao êxtase sinestésico apesar da exclusão social dos desfavorecidos, metonimicamente, representados por suas casas."
(Peterson Martins, Professor UEPB - Campus V. Doutorado em Estudos da Linguagem)

Meus agradecimentos pelo apoio a meu irmão Eduardo Machado e a Yara Mariz Maia, sem o qual não haveria essa pintura. Agradeço também a João Maciel, da Secretaria das Finanças, pelo seu empenho, mesmo que convalescente e à distância, se comunicando com colegas e me orientando para que eu conseguisse liberar a papelada fiscal em tempo, antes do recesso do Judiciário. Meu carinho e gratidão aos funcionários do TJ e a Valquíria Uchôa e Fátima Bezerra, respectivamente gerente de apoio operacional e Presidenta do Tribunal de Justiça da Paraíba.

 A PINTURA EM ANDAMENTO...

CASA JORGE MOLDURAS: NOSSO PARCEIRO PARAHYBAVISTA

Veja o álbum e acompanhe o andamento da obra:

PARAHYBAVISTA: A ROMARIA CONTINUA...

*A capital da Paraíba teve vários nomes antes da atual denominação. Primeiro foi chamada de Nossa Senhora das Neves, em 05 de agosto de 1585, em homenagem ao Santo do dia em que foi fundada. Depois foi chamada de Filipéia de Nossa Senhora das Neves, em 29 de outubro de 1585, em atenção ao rei da Espanha D. Felipe II, quando Portugal passou ao domínio Espanhol. Em seguida recebeu o nome de Frederikstadt (Frederica), em 26 de dezembro de 1634, por ocasião da sua conquista pelos holandeses, em homenagem a Sua Alteza, o Príncipe Orange, Frederico Henrique. Novamente mudou de nome, desta vez passando a chamar-se Parahyba, a 01 de fevereiro de 1654, com o retorno ao domínio português, recebendo a mesma denominação que teve a capitania, depois a província e por último o Estado. Em 04 de setembro de 1930, finalmente recebeu o nome que tem hoje...
Conhecida como a cidade onde o sol nasce primeiro, devido ao ponto mais oriental das Américas se localizar aqui, nossa velha e charmosa Parahyba se esparrama verde e lindamente entre a belíssima praia do Cabo Branco e o crepuscular rio Sanhauá, oferecendo aos habitantes uma verdadeira viagem pelo presente e pelo passado.
Esta é uma vista parcial de quem chega pelo rio Sanhauá, vendo-se em primeiro plano o "Porto do Capim" (*), onde tudo começou, seguido do Varadouro, com o centro histórico e a igreja de São Frei Pedro Gonçalves - onde havia uma cidadela, seguidos do casario corcoveando pelas ladeiras em busca da cidade alta, ao fundo.

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mailto:brunosteinbachsilva@gmail.com