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PARAHYBA    BRASIL    ABRIL   2024

Este é o nosso BLOG, onde você conhecerá um pouco do ARTISTA e da sua OBRA, navegando nos generosos DEPOIMENTOS sobre a minha trajetória durante esses 50 anos de ATIVIDADE ARTÍSTICA E EXPOSIÇÕES e também em inúmeras REPORTAGENS na mídia. Acompanhará os projetos que estou realizando agora: PARAHYBAVISTA; JOÃO & MARIA; FLORESTA ARDENTE QUEIMADAS. Poderá acessar nossa GALERIA VIRTUAL, me acompanhar no INSTAGRAM e visitar a MINHA CIDADE...

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A ARTE PRIMEVA DA HUMANIDADE: XAMÃ - PINTURA E FÉ NA CAVERNA!

sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

NEGÓCIO DAS ARÁBIAS




A COP28 do Clima em Dubai:
Um balcão de negócios das arábias

O executivo Sultan al-Jaber, polêmico presidente da COP28 que chefia a petrolífera estatal dos Emirados (ADNOC, uma das sete maiores do mundo), é acusado de aproveitar a COP28 em Dubai para promover os interesses da empresa.

As revelações foram feitas pela BBC e pelo Centre for Climate Reporting, do Reino Unido, que obtiveram documentos internos da equipe de al-Jaber que mostram a “atuação dupla” dos representantes dos Emirados Árabes nas conversas preparatórias à Conferência de Dubai.


Os documentos continham talking points para encontros de al-Jaber com representantes de outros governos, com itens que nada tinham a ver com negociação climática, mas sim com possíveis acordos da ADNOC e de outras petroleiras dos Emirados Árabes com esses países.

A notícia causou grande comoção entre grupos de ativistas climáticos, que há meses questionam a condição dupla de al-Jaber – que, ao mesmo tempo em que encabeça as negociações climáticas da ONU em Dubai, também preside uma empresa de combustíveis fósseis. Mas a irritação não se limita à sociedade civil organizada.

“Utilizar as negociações internacionais sobre o clima para alavancar novos projetos de petróleo e gás em um momento em que precisamos urgentemente eliminar os combustíveis fósseis é, para dizer o mínimo, totalmente terrível”, criticou o ex-vice-presidente dos EUA Al Gore em um post no XTwitter.

Saiba mais:

Talvez para acalmar os ânimos dos ambientalistas, a cúpula do clima da ONU, anunciou nesta quinta-feira (30) a destinação de cerca de US$ 420 milhões para apoiar países afetados pelo aquecimento global.

Embora o valor seja considerado irrisório por especialistas, a decisão é considerada histórica. 

A destinação da verba para o chamado "Fundo de Perdas e Danos" concretiza o principal resultado da COP 27, realizada em 2023 no Egito, onde foi aprovada a criação do fundo, mas sem definir seus detalhes.

Segundo o G1, desse valor as principais contribuições anunciadas foram: 246 milhões de dólares da União Europeia (1,2 bilhão de reais), 100 milhões de dólares dos Emirados Árabes Unidos (493,4 milhões de reais)
17,5 milhões de dólares (86,3 milhões de reais) dos Estados Unidos (valor irrelevante, se considerarmos que já vai gastando bilhões de dólares com Israel na guerra com o Hamas). E por falar em Estados Unidos, nem eles nem a China - que são os dois maiores poluidores do planeta - compareceram à COP de Dubai...

RAPOSAS NO GALINHEIRO 


Pelo visto até agora, essa COP28 é mais uma embromação promovida pelos que mais poluem, que são os países mais ricos do planeta. A realização de uma cúpula em Dubai para discutir soluções para os problemas climáticos da Terra é a mesma coisa que convidar as raposas para encontrar a melhor solução para a segurança das galinhas... Então, com tantos bichos suspeitos, coloquem logo uma raposa para tomar conta do galinheiro...

Talvez na COP29 - que ainda não se sabe aonde será - convidem os incendiários para resolverem os problemas das queimadas nas grandes florestas do planeta...

Tomara que na COP30, que será realizada em Belém do Pará, O BRASIL consiga convencer os demais países a  tomarem atitudes concretas para evitar essa catástrofe anunciada que exterminará tudo o que conhecemos como vida na superfície desse nosso maravilhoso planeta.


Nessa COP28 o que se vê é um balcão de negócios das arábias.







domingo, 1 de outubro de 2023

UM ANJO VOLTANDO À TERRA

Após a sua ascensão aos céus através da criação do artista, o Anjo caído volta à Terra em busca da sua amada humana, numa alucinante e vertiginosa reentrada na atmosfera terrestre.

 
Recebi de Inaldo Leitão esta imagem no interior da loja* de Rafael, que colocou o chassi na tela e esta linda moldura na obra.

"Nômades Amantes do Tempo - A Volta à Terra". Bruno Steinbach Silva, acrílica/tela, 100 x 120 cm, pintado em 28/11/1992 no Presídio do Roger, João Pessoa, Paraíba. Restauração concluída em 05 de julho de 2023. Coleção: Inaldo Rocha Leitão.

NÔMADES AMANTES DO TEMPO
Essa e outras pinturas dessa época foram o embrião para uma série de inúmeras obras expostas anos mais tarde em duas grandes exposições no Rio Grande do Norte (Mossoró e Natal) que contam uma história lúdica de amor entre dois seres que se reencontram em várias encarnações, os nômades amantes do tempo. 

Acima, o Museu Municipal de Mossoró

Abertura da Exposição "Nômades Amantes do Tempo". Bruno e France com convidadas.1998, Museu Municipal, Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil.




Acima, abertura da Exposição Nômades Amantes do Tempo. 1998, Capitania das Artes, Natal, Rio Grande do Norte, Brasil.

Uma história real de amor atemporal, de dois amantes viajantes perdidos no espaço tempo de várias existências repetidas, as separações causadas pela morte e a busca do reencontro em novas vidas do artista e da sua musa...

"A nossa arte é o nosso amor, a nossa esperança. E como o homem não é escravo por perder a liberdade, mas quando perde a esperança, e como nós não perdemos a esperança... Nós somos livres, senhores árbitros do destino: Livres, pois apesar de todas as muralhas nós temos espíritos livres! Espíritos nômades que as suas algemas não conseguem abarcar... Nós somos os amantes de Deus. Nós somos os viajantes do tempo. Nós somos os Nômades Amantes do Tempo!
(Texto do artista para a exposição)


Veja a série temática no álbum do Google:

https://goo.gl/photos/UiRF7LqmCCxSoQDx9


*Casa Jorge Molduras (e telas) 

Av Nossa Senhora dos Navegantes, 430-A, Tambaú. João Pessoa-PB 58039-110

casajorge@uol.com.br

Celular: (83) 98880-1230

WhatsApp: +55 83 8880-1230



sábado, 9 de setembro de 2023

UM DESFILE DE 7 DE SETEMBRO

👦
DESFILE DE 7 DE SETEMBRO:
UM ESTRANHO NO NINHO


Na imagem, entrando de gaiato no desfile de 7 de setembro, em um grupo escolar no distrito de Gramame, PB, nas proximidades da nossa granja, nos anos 60 (na foto, sou o menino com um conjuntinho tipo "safari" diferente dos demais e com  botas tipo "fole"). Reconhecendo uns alunos na formação para desfilarem, amiguinhos de brincadeiras e pescarias nos açudes da região, desci do cavalo que me levara até ali, amarrando-o em uma árvore e não pensei duas vezes...

Esta imagem abriu o meu baú de memórias da época, me fazendo flutuar por algumas delas...
Desde criança eu fazia longas e solitárias cavalgadas dentro e fora do "perímetro" permitido pelos meus pais. Todos os finais de semana nós passávamos naquele sítio; chegávamos na sexta-feira à noite e voltávamos para João Pessoa na segunda-feira bem cedinho.

Como era bastante conhecido na região como o filho "fim de rama" de Dr Isaías e de D Marieta, eu tinha livre acesso às granjas, sítios e fazendas da região - principalmente a fazenda Cuiá, com seu belo casarão de dois andares, que existe até hoje, logo depois de atravessar a ponte do rio Cuiá, no alto da ladeira, do lado direito, onde às vezes eu avistava uma linda loirinha que eu achava que era uma princesa - era a neta do fazendeiro. Todas as vezes que eu visitava essa fazenda era na esperança de revê-la... mas éramos muito crianças. Ali havia enormes e belos açudes e uma espécie de quilombo, pertinho do rio Cuiá, com belíssimas casas de taipa e palha muito bem feitas e com "pé direito" altíssimos, diferentes dos casebres comuns na região, que eu admirava e onde era muito bem recebido (sempre me serviam um "beiju", espécie de tapioca mais grosseira assada no assoalho do próprio forno de pedra durante o preparo da farinha, na "casa de farinha" deles); o local me lembrava as histórias da África que eu tinha na minha imaginação (ainda não tomara conhecimento dos horrores da escravidão no Brasil) e para mim era uma aventura, pois tinha que percorrer um longo trecho dentro da mata - onde hoje é o conjunto habitacional Valentina de Figueiredo, mas na época a região era toda rural - havia o pequeno lugarejo chamado Gramame (próximo da "Ponte dos Arcos", nas imagens abaixo, que atravessa o rio homônimo até os dias atuais e cuja estrada se liga à BR-101 e à que leva até a cidade Jacumã) e mais a leste, no caminho das praias de Camurupim (hoje Praia do Sol) e Barra de Gramame, outro lugarejo com duas fileiras de casa chamado Muçumagro  (onde na pré-adolescência frequentara um forró perto do cemitério, saindo da granja à noite, escondido, pulando a janela do meu quarto, quando meu pai e minha madrasta estavam dormindo. Ia com as empregadas e alguns filhos dos moradores, andávamos uns 4 quilômetros, ora sobre a luz do luar ora apenas guiado pelas estrelas - uma vez tivemos que pular uma cobra que estava atravessada no caminho... Mas, depois de algumas idas e vindas, fui flagrado na volta, entrando pela janela do quarto. O fim da farra não foi muito agradável...).




Cavalgava por todos esses lugares sempre sozinho, era conhecido por todos e sempre bem recebido, pois o pessoal respeitava muito papai, que além de ser um médico que socorria muita gente dali era um homenzarrão brabo pra dedéu! Hoje tudo isso é área urbana e faz parte da grande João Pessoa.


Bruno Steinbach. "Barra de Gramame" . 
Óleo / tela, 40 x 50 cm, dez 2006, 
João Pessoa, Paraíba, Brasil. 
Coleção: Maria João Pires, Salvador - Bahia.
Da série PARAHYBAVISTA - AGONIA E ÊXTASE

Sempre visitava a fazenda Camurupim, que se estendia até à beira mar, com uma longa praia que se prolongava até a Barra de Gramame. Era administrada pelo Sr. Edésio Chianca, solitário e interessante personagem, sogro do proprietário e pai do marido da minha irmã Norma, que eu adorava quando vinham de Brasília nos visitar - foram fundadores daquela cidade (todos já falecidos). Quando ele passava por mim pilotando o seu trator, fazia sinal com a mão para que eu o seguisse, reduzindo a velocidade; então eu almoçava as deliciosas peixadas que ele preparava em panelas de barro no seu fantástico fogão a lenha. Lá ele também tinha umas casas parecidas com as casas de "Jim da Selva" (personagem dos meus tempos de menino, que substituiu o "Tarzan" interpretado pelo já "maduro" Johnny Weissmuller). Uma era a sede, próxima dos galpões, estábulos e demais dependências dos funcionários - pois ali funcionava um projeto da Sudene - e a outra, que ele chamava de palacete de verão, à beira mar (na foto abaixo, onde hoje está tudo ocupado por barracas e bares). Todas as duas eram verdadeiras cabanas, feitas de troncos de coqueiro, bambu e palha muitíssimo bem trançada; tudo muito rústico, realmente pareciam recém saídas de um cenário de um filme de Tarzan ou de Jim da Selva - exigências do próprio Edésio, que adorava viver assim.

Bebendo água de coco no "Palácio de Verão". Meu cunhado José William Chianca (descascando cocos), seu pai Edésio Chianca e eu.

Essa recordação daquele local me fez mergulhar literalmente em outra lembrança: décadas mais tarde, já adulto, em uma escapadela "permitida" de um lugar onde ninguém deve sair, tomei um delicioso é inesquecível banho de cuia dado por uma linda cabocla que me visitara no tal lugar de reclusão e me convidara para conhecer o  seu estabelecimento em um dia de semana, quando não havia fregueses nem gente por perto, além de facilitar justificar-me legalmente para a saída (cá entre nós).  Ela era nativa de uma comunidade ribeirinha do outro lado do Rio Gramame  e proprietária de um dos quiosques que funcionava como bar, no mesmo local onde existira a cabana de praia do Sr. Edésio, a que me referi mais acima. Ela era muito jeitosa e tivera a iniciativa de fazer atrás uma área particular de banho, a céu aberto, com arbustos formando uma cerca de privacidade e com piso de pedras ao redor da dita nascente, criando uma banheira natural, com fundo arenoso, que acolhia perfeitamente um casal namorando e cuja água desaguava na já citada laguna.
Ah! Que delícia! Que maravilha é ter uma boa memória e que riqueza ter boas lembranças para recordar esses tesouros tão bem guardados - mesmo em tempos às vezes extremamente difíceis!
Mas vamos voltar novamente aos tempos inocentes de menino - "pero no mucho"...

Às vezes me demorava mais do que devia nesses passeios e, no amargo regresso para nossa granja, quase à noitinha, sempre havia um cipó "reservado para meu espinhaço" - mas valia a pena!

Durante uma dessas escapadelas da nossa granja Humaitá, apeei do cavalo e entrei no desfile de 7 de Setembro, organizado por um grupo escolar de Gramame, como comprovado na foto, onde encontrei vários filhos dos moradores das redondezas e coleguinhas de brincadeiras. Horas depois, papai mandou me buscar. O cabo da polícia (que era o "delegado", à época era assim) foi informado pelo esperto autor desta foto e enviou um soldado em um jeep até a granja de papai para avisá-lo do fato; um trabalhador da granja voltou a Gramame com o soldado, encarregado de buscar o cavalo, e em seguida voltei para casa em "um jeep com um cabo e um soldado". 😉
Algum tempo depois o fotógrafo sabido apareceu na granja para vender a foto 😂.
Parece que o modelo de cabelo está na moda novamente (rss).

Eu ia fazer essa publicação no dia 7, mas fiquei assistindo ao belo e civilizado desfile cívico-militar em Brasília e me esqueci. Aliás, o evento foi beneficiado com a ausência dos idiotas brucutus que confundem o "Dia da Pátria" com comício, fazendo um carnaval de baixarias, patifarias e baderna, em adoração a um falso messias, um cafajeste chamado de mito que eles elegeram - o que confirma a tese de Nelson Rodrigues que "os idiotas são a maioria da humanidade". E onde estava o povo? - perguntam os cretinos. Ora, estava em seu devido lugar, assistindo às comemorações de forma ordeira e pacífica, pois é assim que funciona entre gente civilizada.

Destaco aqui a participação representativa dos garis brasileiros, a peculiar homenagem da tropa formada por indígenas, sediada na Amazônia, a presença dos representantes de todos os três poderes e de todas as forças armadas (um simbólico gesto de união e pacificação) e a belíssima apresentação da nossa querida "Esquadrilha da Fumaça". 

E fica aqui o meu desejo - talvez um sonho utópico - de que doravante as manifestações públicas não contem com turba de cretinos, brucutus truculentos e bagunceiros, extremistas, religiosos fanáticos e idiotas. Quiçá, voltem para os esgotos, de onde jamais deveriam ter saído, e que jamais voltem a tentar estuprar a nossa adolescente democracia. 

sexta-feira, 1 de setembro de 2023

"DUETO"

Mais uma obra que terá sua imagem no nosso catálogo virtual visto pelo mundo inteiro. Ela foi enviada ontem e já está devidamente catalogada. 



A pintura foi uma doação que eu fiz em 1990 para uma rifa em benefício do projeto “Cultura no Presídio”, coordenado pelo saudoso Leonardo Nóbrega, que oferecia aos apenados do "Presídio do Roger" muitas atividades de laborterapia ocupacional: cursos de cerâmica, teatro, etc. O sorteio foi realizado naquele ano no "Jangada Clube" - local frequentado à época pela "high society" da cidade - e a felizarda foi a senhora Clélia Wanderley Dantas.

Na imagem:
Bruno Steinbach Silva: “Dueto”.
Óleo/tela, 95 x 120 cm. 30/04/1990.
Presídio do Roger, Parahyba, Paraíba, Brasil.
Coleção: Clélia Wanderley Dantas.


sábado, 5 de agosto de 2023

438 ANOS: PARABÉNS PARAHYBA!

"Parahybavista do Sanhauá, opus III".  Bruno Steinbach Silva.
Infogravura/papel sulfite 180 gr, 
29,7 x 42 cm. Outubro 2013. 
Parahyba, Paraíba, Brasil.

A capital da Paraíba teve vários nomes antes da atual denominação. Primeiro foi chamada de Nossa Senhora das Neves, em 05 de agosto de 1585, em homenagem ao Santo do dia em que foi fundada. Depois foi chamada de Filipéia de Nossa Senhora das Neves, em 29 de outubro de 1585, em atenção ao rei da Espanha D. Felipe II, quando Portugal passou ao domínio Espanhol. Em seguida recebeu o nome de Frederikstadt (Frederica), em 26 de dezembro de 1634, por ocasião da sua conquista pelos holandeses, em homenagem a Sua Alteza, o Príncipe Orange, Frederico Henrique. Novamente mudou de nome, desta vez passando a chamar-se Parahyba, a 01 de fevereiro de 1654, com o retorno ao domínio português, recebendo a mesma denominação que teve a capitania, depois a província e por último o Estado. Em 04 de setembro de 1930, finalmente recebeu o nome que tem hoje...
Mas isso é uma história que até hoje rende polêmicas e versões antagônicas, que você pode conhecer visitando o sítio da nossa cidade: 



Fiz algumas pinturas e desenhos para a minha querida cidade.

"Parahyba, opus I".
Bruno Steinbach Silva. 
Acrílica/tela, 60 x 100 cm.
22 dez 2016. Parahyba, Brasil.
Coleção: Lourdes Bonavides Mariz Maia. Recife (PE).
Obra patrocínio Parahybavista.

O PORTO DO CAPIM, ONDE TUDO COMEÇOU

"O Porto do Varadouro, popularmente conhecido como Porto do Capim, denominação que se acredita que surgiu devido à quantidade de capim que ali desembarcava para alimentar os animais que serviam de transporte naquela época, era o porto principal da cidade de João Pessoa quando o Porto de Cabedelo ainda não existia.
Em 1920, o Presidente Epitácio Pessoa (1919-1922) mandou fazer um Porto Internacional na bacia do Sanhauá em frente ao porto original. Obra que nunca se concretizou, houve desvio de recursos e falta de estudos para sua viabilidade. Hoje ainda existem vestígios de concreto armado fincadas as margens do Sanhauá. A partir de 1935, com a inauguração do Porto de Cabedelo e a efetivação do transporte ferroviário de João Pessoa para Cabedelo, o porto da cidade foi sendo gradualmente desativado, gerando a decadência da área - sendo com o passar dos anos ocupada por famílias carentes. Hoje o local vive o abandono, pois faltam saneamento e condições básicas de vida. "


Esta é uma vista parcial de quem chega pelo rio Sanhauá, vendo-se em primeiro plano o "Porto do Capim", onde tudo começou, seguido do Varadouro, com o centro histórico e a igreja de São Frei Pedro Gonçalves - onde havia uma cidadela, seguidos do casario corcoveando pelas ladeiras em busca da cidade alta, ao fundo. 
Na imagem acima: pintura de Bruno Steinbach."PARAHYBAVISTA (SANHAUÁ, PORTO DO CAPIM e VARADOURO), opus I". Painel em acrílica/tela, 120 x 194 cm. Parahyba, dezembro de 2013. Acervo: Tribunal de Justiça da Paraíba. Em primeiro plano, os casebres do porto do capim e, depois, o casario antigo do varadouro; no alto, a igreja de São Frei Pedro Gonçalves, com a cidade alta e a Igreja de São Francisco, mais à direita, ao fundo.

Embora secularmente a culta mente tente,
é impossível ocultar da Luz a face dessa pobre gente;
um dia seu nobre silêncio, gritante ao sol poente, 
certamente despertará bravamente a nossa civilização dormente.

"Parahyba e Sanhauá, opus I".
Bruno Steinbach Silva. 
Óleo/tela, 100 x 120 cm. 2005.
Coleção: Desembargadora Maria de Fátima Moraes Bezerra Cavalcanti Maranhão.
Paraíba, Brasil.
Obra patrocínio Parahybavista.

DO RIO PARA O MAR

Conhecida como a cidade onde o sol nasce primeiro, devido ao ponto mais oriental das Américas se localizar aqui, nossa velha e charmosa Parahyba se esparrama verde e lindamente entre a belíssima praia do Cabo Branco e o crepuscular rio Sanhauá, oferecendo aos habitantes uma verdadeira viagem pelo presente e pelo passado.

"Ponta do Cabo Branco, opus IV". 
Bruno Steinbach Silva.
Acrílica/tela, 144 x 270 cm.
2012, João Pessoa, Paraíba, Brasil. 

Acervo: SESC PARAÍBA - Centro de Turismo e Lazer do Sesc Paraíba
João Pessoa, Paraíba, Brasil.

"Ponta do Cabo Branco, opus III". 
Bruno Steinbach Silva. 
Acrílica/tela, 140 x 250 cm, 2012. 
João Pessoa, Paraíba, Brasil. 
Coleção: Eduardo Machado Silva
João Pessoa, Paraíba, Brasil.

"Cabo Branco, opus VIII". 
Bruno Steinbach Silva. 
Acrílica/tela, 80 x 100 cm. 
2015, Parahyba, Brasil.
Coleção: Geisa Galvão Ribeiro.
Parahyba, Paraíba, Brasil. 
Patrocínio PARAHYBAVISTA

"Cabo Branco, opus VI". 
Bruno Steinbach Silva. 
Acrílica/tela, 70 x 100 cm.
Parahyba, Paraíba, Brasil.
Coleção: Lua Maia Pitanga.
Patrocínio Parahybavista.

"PHOENIX, opus I".
Bruno Steinbach Silva. Óleo/tela, 50 x 70 cm, 2005, Parahyba, Brasil.
Coleção Marcelo Steinbach Silva (in memoriam).
Rebatizado para "ASA BRANCA, opus I", a pedido do seu novo tutor, Klécius Leite Fernandes.
Acervo: Klécius Leite Fernandes.
Paraíba, Brasil.

"Cabo Branco, opus IX". 
Bruno Steinbach Silva. 
Acrílica/tela, 60 x 100 cm.
2016, Parahyba, Brasil.
Coleção: Eduardo Machado Silva, 
Parahyba, Paraíba, Brasil.
Patrocínio PARAHYBAVISTA.

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quarta-feira, 2 de agosto de 2023

VIVA A SELEÇÃO FEMININA DE FUTEBOL!

 

 

🙂😘🌷🇧🇷

Como é linda a seleção feminina de futebol! Elas sim honram o uniforme da seleção brasileira de futebol, elas sim são patriotas!
VIVA O BRASIL!
JOGO DE HOJE

*Atualização em 03/08/2023:

Infelizmente a seleção brasileira feminina de futebol não apresentou o seu melhor jogo, mesmo com a presença da rainha Marta entre os titulares e excelentes jogadoras como a Tamires. Já a seleção da Jamaica mostrou um futebol muito defensivo, na retranca, com acirrada marcação e tomadas de bola, praticamente impossibilitando às atacantes brasileiras êxito nas finalizações das inúmeras jogadas ao gol, fazendo o jogo terminar em um empate e a consequente desclassificação da seleção brasileira, que precisava da vitória para passar para outra fase e continuar na competição.

Melhor jogadora da história, Marta se emocionou ao se despedir das Copas do Mundo - William West/AFP

Uma lamentável despedida para nossa rainha Marta, que participou da sua última copa do mundo pela seleção brasileira de futebol feminino.

O resultado de tudo isso: 
🇧🇷BRA 0 x 0 JAM🇯🇲 
Brasil desclassificado e fora da Copa.

Mas, para mim, as meninas da seleção brasileira de futebol continuam lindas, aguerridas, valentes, competentes e merecedoras de todo o nosso apoio. Elas sim sabem o significado da palavra patriota.
VIVA O BRASIL!


segunda-feira, 19 de junho de 2023

RESTAURANDO UM BEIJO

(atualizado em 27/06/2023)

Um "passo a passo" da restauração que estou fazendo em uma pintura de minha autoria, de 1991, da coleção de Inaldo Leitão. A obra foi severamente danificada, em um acidente de translado. Aqui mostro os procedimentos.



OBS:

Se você não for um restaurador profissional, não faça isso em obras de terceiros, que exigem tratamentos por profissionais de restauração, com sofisticados recursos tecnológicos e  microscópicos procedimentos que duram anos.

Neste caso, a obra foi pintada por mim e isso me dá a segurança e autonomia necessárias para concluir o trabalho. Devido aos danos em toda a área da pintura, perfurações, arranhões, desbotamento e alteração na cor - a pintura foi totalmente refeita, porém sem alterar as características principais originais da obra.

Passo 1:

  • Limpeza e aplicação de solução contra fungos e bactérias.
  • Diagnóstico. Escolha do melhor tratamento.

PASSO 2

Remendar as perfurações pela parte posterior da tela. Usei aqui recortes de tecido de algodão do tipo aproximado do utilizado na confecção da tela. Apliquei camadas generosas de super cola pano Acrilex, tanto na tela como no retalho a ser colado rejuntando os quatro cantos de cada remendo para vedar e evitar possíveis falhas. Pressionei ambos os lados da tela com recortes de acrílico, para fixar o "curativo", com cuidado para não danificar ainda mais a pintura. Não houve necessidade de retirar a tela da moldura pois poderia danificar ainda mais. 

De volta ao trabalho, de leve, para não magoar (rss)...

Um "passo a passo" da restauração que estou fazendo em uma pintura de minha autoria, de 1991, da coleção de Inaldo Leitão.

A obra foi severamente danificada, em um acidente de translado.

Aqui mostro os procedimentos.

Clica nas imagens e leia as legendas...



PASSO 3
Depois de colados os remendos (PASSO 2), preenchi as suas bordas, como uma moldura, com "Acrilpuff", uma tinta para relevo em tecidos, que evitará que as bordas do "curativo" levantem com o tempo.
Agora é esperar 24 horas para iniciar a preparação da superfície da pintura e iniciar a sua restauração (48 hs).


PASSO 4

Decorridas as 24 hs da etapa anterior ("remendos" na parte posterior da tela), agora preparo a superfície da pintura para a sua restauração, daqui a 24 hs.

Apliquei com espátula gesso acrílico branco, bem espesso, para corrigir a superfície da pintura dos arranhões e dos "baixos-relevos"  das partes que foram remendadas por trás

Após 24 horas, lixarei gentilmente esses "retoques" e lhes farei uma texturização aproximada da textura da tela.



PASSO 5

Decorridas mais 24 horas da etapa anterior (retoques com gesso acrílico), agora lixei gentilmente as partes engessadas, aplicando mais uma fina camada de gesso onde fiz os remendos, colocando um retalho de tela para texturizar o mais próximo possível da original. Um curativo (rss). 

Após 24 horas, retirarei esses curativos e iniciarei os retoques na pintura.




PASSO 6

Decorridas mais 24 hs da etapa anterior, retoquei os "curativos" de gesso acrílico branco com toques de tinta a óleo diluída em terebentina, com tons aproximados aos da pintura. Como o proprietário da obra não pretende trocar a moldura original, pois todo o material foi confeccionado dentro de um presídio - inclusive a pintura, sendo também um registro dessa época, preferi fazer a restauração sem retirar a tela, para "não mexer com quem está quieto".... Afinal, são 24 anos já de pintada, sem nunca ter dado fungos ou cupins. "É madeira que cupim não rói" (rss).

Agora, esperar umas 72 hs para dar o acabamento final à pintura, aplicando um verniz semi fosco de retoque, após alguns dias da sua secagem.




NOTA

Esta etapa foi realizada em maio de 2015, quando Inaldo Rocha Leitão me entregou o quadro para restaurar, juntamente com outra pintura cuja imagem está lá no final desta publicação e que apenas precisou de alguns leves retoques - por isso escolhi este beijo como exemplo para o passo a passo de uma restauração.

Infelizmente o trabalho foi interrompido (assim como várias outras encomendas) por problemas de saúde: primeiro a piora de uma neoplasia que já vinha tratando há anos no olho direito, que me causa dores e muita fotofobia; depois um princípio de enfisema pulmonar seguido de um infarto agudo do miocárdio, que obrigou a submeter-me a uma revascularização total do miocárdio com a colocação de 3 pontes Safena e duas mamárias; em seguida veio a pandemia de COVID-19, quando, seguindo rigorosamente as orientações da ciência, voluntariamente resolvi praticar um isolamento social total e radical desde maio de 2020 - portanto não passava nem na frente de clínicas nem de hospitais. 

Agora estou retomando várias obras inacabadas encomendadas já há bastante tempo. Esta é uma delas. Ainda bem que posso contar com a confiança e a paciência dos amigos e amigas que apreciam e colecionam o meu trabalho.


PASSO 7

Restauração concluída!


De volta ao trabalho, interrompido em 2015 pela cirurgia em que o restaurado fui eu. Como o proprietário da obra não pretende trocar a moldura original, pois todo o material foi confeccionado dentro de um presídio - inclusive a pintura, sendo também um registro dessa época, preferi fazer a restauração sem retirar a tela, para "não mexer com quem está quieto".... Afinal, são 32 anos já de pintada, sem nunca ter dado fungos ou cupins. "É madeira que cupim não rói" (rss).

Agora, vamos ao acabamento da pintura.


Depois dos retoques finais, a tinta seca ao toque (esperei 10 dias, pois usei gel secante como solvente da tinta), apliquei um verniz de retoque acrílico fosco, que não reage quimicamente com a tinta a óleo, formando uma película protetora que poderá ser removida sem causar danos à pintura em uma possível restauração futura.  Restaurei também a moldura original, atendendo ao pedido do tutor do quadro.

Como a obra é de minha autoria e estava bastante danificada, muito arranhada, desbotada e com várias perfurações - com algumas áreas muito afetadas por algum produto abrasivo que impossibilitava a visualização de alguns detalhes da pintura original e o seu restauro preciso - trabalhei com maior liberdade, tornando-a mais vívida e acrescentando alguns detalhes, utilizando materiais semelhantes aos da época em que a pintura foi produzida e me mantendo fiel às suas principais características - estilo, cor, desenho e às limitações técnicas que eu tinha na época que criei a obra.

Restauração da parte posterior da tela (passo 2 e passo 3), com os remendos de tecido nas perfurações e preenchimento com gesso acrílico nas pequenas fissuras (craquelê) e partes da tela roídas por traças.

"O Beijo". Óleo/tela, 60 x 90 cm, pintado em 26/04/1991 no Presídio do Roger, João Pessoa, Paraíba. Restauração concluída em 25 de junho de 2023. 
Coleção: Inaldo Rocha Leitão.

A OUTRA OBRA RESTAURADA
 
"Nômades Amantes do Tempo - A Volta à Terra". Acrílica/tela, 100 x 120 cm, pintado em 28/11/1992 no Presídio do Roger, João Pessoa, Paraíba. Restauração concluída em 05 de julho de 2023. 
Coleção: Inaldo Rocha Leitão.