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PARAHYBA    BRASIL    ABRIL   2024

Este é o nosso BLOG, onde você conhecerá um pouco do ARTISTA e da sua OBRA, navegando nos generosos DEPOIMENTOS sobre a minha trajetória durante esses 50 anos de ATIVIDADE ARTÍSTICA E EXPOSIÇÕES e também em inúmeras REPORTAGENS na mídia. Acompanhará os projetos que estou realizando agora: PARAHYBAVISTA; JOÃO & MARIA; FLORESTA ARDENTE QUEIMADAS. Poderá acessar nossa GALERIA VIRTUAL, me acompanhar no INSTAGRAM e visitar a MINHA CIDADE...

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A ARTE PRIMEVA DA HUMANIDADE: XAMÃ - PINTURA E FÉ NA CAVERNA!

domingo, 4 de novembro de 2018

ARTE: CULTURA E MERCADO

Ultimamente nós artistas somos o alvo predileto dos incultos emergentes nesse circo de horrores que se tornou o Brasil.
Não somos ladrões, não somos corruptos. Os ladrões estão deitados nas camas da escória hipócrita que nos ofende e denigre. Os desvios de conduta na Lei Rouanet - que tanto nos culpam esses desinformados estúpidos, aconteceram pelo conluio de alguns produtores culturais desonestos e grandes empresas patrocinadoras, com a conivência - por inépcia e/ou corrupção - de burocratas do Ministério da Cultura que não efetuaram uma fiscalização eficaz ou aprovaram projetos absurdos. Apesar da citada lei ter sido criada com o intuito de auxiliar artistas com pouca visibilidade, na prática as coisas funcionam bem diferente: as grandes empresas patrocinadoras já têm os seus artistas prediletos em seus projetos prontos, que apresentam através de produtores culturais "laranjas". Artistas apadrinhados políticos também se beneficiam - apesar de serem os que menos recebem desse bolo.. Aí todos já conhecemos a história: desvios de objetivos e projetos estapafúrdios sendo aprovados pelo Minc, sem a devida fiscalização da execução, num grande conluio de "boca livre". Mas isso não justifica essa generalização que nos inclui - os artistas honestos, que somos a maioria - nessa safadeza. Nós nada temos a ver com isso.
Também não somos inúteis; com a nossa alquimia - como mensageiros e interpretes do mundo espiritual, nós zelamos, alegramos e embelezamos o mundo com a materialização da nossa Arte. Economicamente somos responsáveis por uma gama de atividades ´que movimenta capital e gera impostos (veja mais abaixo).
Respeite o Artista - ou vá para a ponte que caiu!

Bruno Steinbach. "A mulher e o quadro".
Óleo/tela, 90x120 cm, 1990, Presídio do Róger, João Pessoa, Paraíba, Brasil.
Coleção: Leonardo Fontes Silva, João Pessoa, Paraíba, Brasil.
Uma obra de arte é uma maravilha: Não polui, gera empregos, cultura e renda; alimenta a alma e valoriza com o passar do tempo. Vale mais que camionetes ou sofás.

Para quem não sabia, a arte movimenta capital e gera impostos mais que a indústria automobilística - empregando mais gente. Mantém editoras especializadas, fábricas e lojas de material técnico, gráficas, galerias de arte, museus, instituições culturais, seguradoras, financeiras, transportadoras, artesãos, moldureiros... e nós outros - os artistas, responsáveis por tudo acontecer, oferecendo beleza, esclarecimento e entretenimento para as pessoas. Quando alguém compra uma obra de arte - a boa e velha pintura de cavalete, uma gravura, um desenho, uma escultura, uma cerâmica - está alimentando toda essa cadeia produtiva. Não tem nada de inútil e nem de supérfluo - ao contrário de inúmeras porcarias "conceituais" financiadas que andam soltas por aí. Deve zelar por ela, pois a arte não tem dono - apenas tutor, pois se compra o objeto e não a imagem - a propriedade intelectual, que é do artista e da humanidade.

Enfim, permitindo-me o uso do lugar-comum, nada substitui o talento, o dom da artesania - por mais que os infiéis tentem... Essa sabedoria em manipular corretamente os materiais é o que nos torna alquimistas, intérpretes do divino, responsáveis pela materialização do mundo espiritual, Xamãs. O resto é conversa fiada.

Infelizmente, pouquíssima gente metida a besta sabe disso; hoje em dia, principalmente nas bandas de cá, a maioria dos "projetos" de interiores visa a colocação de objetos industrializados, com suas paredes patinadas ou com frisos e reentrâncias, praticamente impossibilitando a aposição de uma obra de arte, numa obscura falta de conhecimento e de respeito com os artistas da terra.


ARTE NÃO É MERCADORIA DE PRATELEIRA


Nesse universo da arte existem indivíduos arrogantes o bastante para se acharem com o poder de certificarem o que é bom e o que é ruim no mundo das artes plásticas, chegando ao absurdo de publicarem anualmente livros com a cotação das obras, como se isso fosse um "selo" de qualidade indiscutível, como se tivessem um dom Divino para colocar "códigos de barras" em obras de arte. Eu acredito que eles receberam um dom, mas do diabo. E com esse "dom" fazem as suas oportunistas manipulações estético-financeiras, associados a alguns críticos, galeristas e leiloeiros, todos enriquecendo com os pagamentos que lhes aprazam, seja prestígio, poder ou capital.
E há tolos que embarcam nessa viagem, tanto entre os colecionadores como entre os próprios artistas - muitos deles recorrendo à bajulação para fazerem parte dessas listas fatídicas, dando ainda mais poderes para esses mercenários. Menos eu, pois o que tenho para esse tipo de gente é desprezo... Arte não é investimento financeiro. Quem quer fazer isso deve comprar terrenos e ouro. A maior prova dessa malvada manipulação de um perverso mercado de arte é a obra de Van Gogh - que nunca conseguiu vender sequer um quadro em vida, quando seus críticos contemporâneos não lhe davam o menor valor, coitado - e hoje enriquece esses aproveitadores.
Arte não é mercadoria de prateleira! Arte é um alimento para a alma!

JANELA LÚDICA

Uma obra de arte é uma janela lúdica que te suga através do frio muro da realidade e te eleva para a terra do nunca. Um portal por onde podemos passar e levar os nossos sonhos para passear...

Bruno Steinbach. "Parahyba e Sanhauá, opus I". Óleo/tela, 100 x 120 cm. 2005.
Da série PARAHYBAVISTA - AGONIA E ÊXTASE.
Coleção: Desembargadora Maria de Fátima Bezerra Cavalcante Maranhão. Paraíba, Brasil.



terça-feira, 23 de outubro de 2018

O voo da insensatez: O Zeppelin está chegando.

Boaventura alerta: já não é preciso tanques. Usa-se o poder plutocrático, a manipulação das redes e a captura das instituições. É preciso deter tal tragédia no Brasil

"A captura das instituições"

["O impacto das práticas autoritárias e anti-democráticas nas instituições ocorre paulatinamente. Presidentes e parlamentos eleitos pelos novos tipos de fraude têm o caminho aberto para instrumentalizar as instituições democráticas, e podem fazê-lo supostamente dentro da legalidade, por mais evidentes que sejam os atropelos e interpretações enviesadas da lei ou da Constituição (As fake news e os algoritmos patrocinados por caixa 2, assim como dark money - que não é outra coisa senão corrupção legalizada. É esse mesmo dark money que explica no Brasil uma composição do Congresso dominada pelas bancadas da bala, da bíblia e do boi, uma caricatura cruel da sociedade brasileira) . Em tempos recentes, o Brasil tornou-se um laboratório imenso de manipulação autoritária da legalidade. Foi esta captura que tornou possível a chegada ao segundo turno de um neo-fascista fanfarrão e a sua eventual eleição. Tal como tem acontecido noutros países, a primeira instituição a ser capturada é o sistema judicial. Por duas razões: por ser a instituição com poder político mais distante da política eleitoral e por constitucionalmente ser o órgão de soberania concebido como “árbitro neutro”. O que será a democracia brasileira se esta captura se concretizar, seguida das outras que ela tornará possível? Será ainda uma democracia?"]

(*) Extraído de texto de BOAVENTURA DE SOUSA SANTOS - "As democracias também são mortas em silêncio" - publicado em Outras Palavras


O QUE SERÁ QUE SERÁ?
Pintura de Bruno Steinbach: "Brasília em Chamas". Painel em acrílica/tela, medindo 150 x 250 cm.
13 de outubro de 2014. Parahyba, Brasil.
Encomenda de Inaldo Leitão (Brasília - DF).







segunda-feira, 15 de outubro de 2018

O PROFESSOR X O CAPETÃO: UM PAÍS EM APUROS

URNA NÃO É PENICO - A QUE PONTO CHEGAMOS



Votei em Ciro Gomes no primeiro turno.
Perdemos - eu e o Brasil - para os brutos egoístas ignorantes e para os teimosos arrogantes. Não pertenço e nem quero pertencer a nenhuma dessas radicais e nefastas tribos; então, nessa sinuca de bico entre ser besta ou votar na besta, votarei no menos ruim: Fernando Haddad. Agora não é uma luta entre o Bem e o Mal - mas entre o mau e o pior. Uma pena, pois tivemos o melhor e deixamos escorrer entre os dedos. E não foi por falta de aviso...




URNA NÃO É PENICO 

#Elenão - Fora "capetão" fascista!

Uma coisa é escolher entre o Bem e o Mal; agora outra coisa é escolher entre o mau e o pior. Tivemos a melhor opção (Ciro) mas perdemos para os arrogantes teimosos e para os brutos intolerantes e ignorantes, chegando a esse triste e extremo fim. 

A maioria escolheu esse triste fim com os extremos. Nenhum dos dois me representa e sou discriminado por "apoiadores" intolerantes de ambos os lados radicais.

Ciro teria evitado esse triste fim... não foi por falta de aviso.

Entre marionete ou bufão (#Elenão), cartel ou quartel, prefiro continuar com o melhor: estou fora dessas turbas! Não estou me omitindo, serei oposição aos dois e torcerei para que qualquer um dos dois dure pouco no poder - "impeachment" neles na primeira sacanagem que fizerem! 

O neofascista genérico é ruim e leva junto o que há de pior no povo brasileiro - a ignorância, a intolerância e a brutalidade de uma turba extremamente violenta e sanguinária. Esse sujeito é um fanfarrão embusteiro, que se tornou perigoso por causa do apoio dos que "pensam" como ele; um indivíduo que concentra nele tudo que um ser humano pode ter de ruim.

Haddad até seria um candidato razoável - se fosse fora do PT, onde será um marionete de um partido sem limites (tomara que eu esteja enganado e ele faça um bom governo).

Votei em Lula todas as vezes em que ele se candidatou. Votei em Dilma nas duas vezes. Me enrolaram, agora chega. Nesse filme de horror que veremos até o dia 28 não há mocinho. Estou fora desse embate de ódio e intolerância que domina o país.

Mas votarei no menos ruim (Haddad) para evitar o pior, o coisa ruim fascista.

Os "democratas" progressistas poderiam ter votado em Ciro mas não votaram... a arrogância e a teimosia peculiares do PT colocaram o país nessa sinuca - todas as pesquisas avisaram que o único que venceria o coisa ruim seria Ciro Gomes, mas não deram ouvidos... porque Lula e o PT quiseram fazer com Ciro o que estão fazendo com Haddad: papel de pateta de Lula; Ciro não topou e partiu pra luta sozinho - e deu no que deu... 

O Brasil merece gente melhor.

O Brasil não é um penico.



Agora aguentem.


O ANTICRISTO COISA RUIM - O FALSO MESSIAS



A boca maldita do coisa ruim é uma metralhadora de cuspir asneiras, bravatas, mentiras e maldades - assassinando a pontuação e a ética enquanto cospe suas sujeiras em sofismas telegráficos; mais parece o anticristo quando fala suas barbaridades. Deus nos livre dessa figura nefasta, desse extremista fascistoide... e dos que são como ele.
"Diz com quem andas e te direi quem és"
 (Bolsonaro apoiando Eduardo Cunha)
#Elenão é salvador da pátria coisa nenhuma. Apoiar o "fascismo" bolsonarista, com as suas mais primitivas propostas, é uma tremenda ignorância - ou maldade pura e simples. O ódio contra o PT não justifica votar no diabo! Todos sabemos que o PT roubou e deixou roubar... isso foi parte do acordo com a direita, e que caracterizou o período Lula. E o "honesto" Bolsonaro estava lá, junto com seus amigos Eduardo Cunha e Paulo Maluf - notórios e já condenados corruptos: foi durante 12 anos de um partido que integrava a base aliada do governo do PT. Quando o “honesto” apontou alguma irregularidade? Ou contra Cabral, do PMDB, que saqueava o Rio de Janeiro? Ele não estava preocupado com isso. Cuidava de ajeitar os filhos na política, educando-os para a truculência, e tratando dos negócios da família no Vale do Ribeira, onde hoje tem mais de 40 empresas, como apontou a revista Época... Impossível alguém conseguir isso só com o que ganha como capitão da reserva e como parlamentar. E tem a cara-de-pau de apregoar que vai mudar a política brasileira! Só se for para pior!
"Diz com quem andas e te direi quem és"
 (Bolsonaro e Paulo Maluf, quando este andava à solta no DF)
De honesto e herói esse sujeito não tem nada. Ele é só mais um embusteiro oportunista que junto com os seus apoiadores intolerantes poderá levar nosso povo para tragédias sem fim: conflitos internos sangrentos (como está acontecendo nas Filipinas) e até mesmo uma guerra, como aconteceu na Itália fascista de Mussolini, na Alemanha nazista de Hitler, no fascismo espanhol de Franco... 

O horror mortal sempre é o destino fatal de todos os regimes fascistas da história. 

O SANTO DO PAU OCO: SERÁ MITO?

 
 "Santo do pau oco é uma expressão popular utilizada no Brasil para designar pessoas dissimuladas, cuja origem mítica é derivada de aspectos históricos.
Segundo o imaginário popular, o santo do pau oco era, nas regiões mineradoras brasileiras e durante o período colonial, um símbolo do contrabando do ouro em pedra ou pó ou de diamantes, ou seja, as imagens devocionais eram utilizadas como esconderijo aos olhos do fisco. Governadores, escravos... e clérigos estavam envolvidos nesse tipo de contrabando.
Essa versão é tida como lenda, assim como muitas histórias em Minas derivadas desse tipo de imagem, com pouca comprovação dessa utilização. Provavelmente, esse tipo de imagem era feito pelos mesmos motivos que na Europa, onde, desde a Idade Média, as esculturas em madeira eram escavadas para que as peças rachassem menos e ficassem mais leves.
Segundo o professor Meneses de Oliva, do Museu Histórico Nacional, citado por Antenor Nascentes em seu livro Tesouro da Fraseologia Brasileira, a expressão se origina da descoberta, na cidade de Salvador, de imagens ocas de santos, que vinham de Lisboa recheadas de dinheiro falso."
(Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre).

Se tiver coragem, saiba mais sobre o santo do pau oco para não levar gato por lebre...




O voo da insensatez: O Zeppelin está chegando.









segunda-feira, 8 de outubro de 2018

VIVA O NORDESTE!

VIVA O NORDESTE!
NORDESTINO SIM SINHÔ!
Tenho orgulho de ser paraibano, nordestino e brasileiro!

"O saber deve ser como um rio, cujas águas doces, grossas, copiosas, transbordem do indivíduo, e se espraiem, estancando a sede dos outros. Sem um fim social, o saber será a maior das futilidades."                                         (Gilberto Freyre)

Bruno Steinbach. "PARAHYBAVISTA (SANHAUÁ, PORTO DO CAPIM e VARADOURO), opus I".
Painel em acrílica/tela, 120 x 194 cm. Parahyba, dezembro de 2013.
Acervo: Tribunal de Justiça da Paraíba. João Pessoa, Paraíba, Brasil.
Obra patrocínio PARAHYBAVISTA.


ATÉ QUANDO NORDESTINOS TERÃO QUE EDUCAR O BRASIL?

O PIOR IGNORANTE É AQUELE QUE NÃO QUER APRENDER!

    Paulo Freire e Gilberto Freyre (pernambucanos de Recife), Câmara Cascudo (natalense) e Celso Furtado (paraibano de Pombal) bem que tentaram... Mas é tarefa difícil ensinar civilidade para brucutus!
Novamente a mídia traz à tona o "Preconceito contra nordestino". Só gente muito tosca, ignorante e burra pode discriminar quem nasce no nordeste; pessoas que nem sabem quem são seus pais, talvez até um cabra macho paraibano "do pé grande"... E nordestino não é uma "raça"; aqui tem branco, preto, amarelo, índio, europeu, pobre, rico, brucutus, damas e putas, gente honesta e ladrão, igualzinho ao resto do país. Falar na televisão contra nordestino é até irônico, pois quem trouxe essa "caixa das ilusões", a TV, para o Brasil foi ninguém menos que o "Paraíba" da gema Assis Chateaubriand, que ainda mandou construir e equipar o Museu de Arte Moderna de São Paulo - MASP (contratou Pietro Maria Bardi e a sua esposa arquiteta para a tarefa).
Se liga aí, brucutu idiota que fala mal de nordestino.
Vai estudar, senão acabará no nosso roçado cortando cana pra gente...

Bruno Steinbach Silva. "Cabo Branco, opus IX". 
Acrílica/tela, 60 x 100 cm. Abril de 2016, Parahyba, Brasil.
Da série temática PARAHYBAVISTA.

   De tanto ouvir e ler comentários levianos sobre o nordeste e os nordestinos resolvi escrever este artigo. Mais como um desabafo, pois os indivíduos que têm esse tipo de comportamento talvez nem saibam ler direito, pois de história, etnia e ética já mostraram que não entendem nada. São espíritos atrasados, almas sebosas... Então resolvi publicar este artigo, reproduzido abaixo, extraído de texto de Demétrio Magnoli (Os grifos são meus), com a esperançosa intenção ou ilusão de jogar um pouco de luz na escuridão em que habitam alguns brasileiros racistas, intolerantes, preconceituosos e arrogantes, e, talvez, fazê-los parar – ou ao menos diminuir – a enxurrada de tolices e maldades que despejam sobre nós, “os nordestinos".

     Generalizam o termo, como se fôssemos todos desocupados ou retirantes saídos das páginas de "Vidas Secas" - de Graciliano Ramos (estigma alimentado durante muitos anos pela mídia e pelos governantes locais; os primeiros, como protesto social; os segundos, para alimentar a famigerada "indústria da seca" - aproveitando-se da divulgação na literatura e no cinema,  mendigando verbas do governo federal, via sudene, e desviando essa dinheirama toda para seus próprios interesses e dos seus correligionários, bem para longe do povo da região, criando um enorme círculo vicioso). Seca essa que o Brasil assiste impassível, de braços cruzados, deitado em berço esplêndido, sem corresponder à solidariedade dos nordestinos, primeiros a atender e socorrer nas tragédias e enchentes que anualmente avassalam o sul e o sudeste do país, muitas vezes retirando o alimento da sua própria família para doar às suas vítimas. A própria justiça se equivoca, às vezes, punindo alguns desses idiotas "separatistas" por crime de racismo... Ora, nordestino não é uma raça! Não temos conflitos étnicos no Brasil, pois somos mestiços, quer queiram ou não, independente da aparência, nossos DNAS são mais misturados e batidos que a nossa caipirinha! É sabido a contribuição histórica nordestina na "povoação" do Brasil, "semeando" muito por todo o território nacional. Portanto, grande maioria desses individuos descendem de nordestinos... Afinal, fomos colonizados primeiro por aqui, depois é que o restante do Brasil foi colonizado... pelos nordestinos!

Satirizam o nosso "sotaque"...
Ora bolas! E somos nós que falamos "chiando"? Somos nós que dizemos "tchia" ao invés do correto "tia"? Somos nós que falamos coisas "tchipo" "de boa" e  "coé"? Não, nós nordestinos não assassinamos a gramática, com gírias, locuções esdrúxulas e conjugações verbais inexistentes, como "eu devia ter "aceito". Não, nós falamos cantando a alegria de viver e escrevemos corretamente e com elegância, fruto do nosso aprendizado nas leituras dos nossos grandes escritores. Entonce, se alguém fala errado e com sotaque, certamente não é o nordestino. Ignorantes há em todo lugar do Brasil, não é um privilégio dos nordestinos, "visse"... E, como já disse Ariano Suassuna: "Não troco o meu Oxente pelo OK de ninguém - e ao redor do buraco tudo é beira".

Deixo aqui uma sugestão para esses indivíduos preconceituosos:


Estudem um pouco de História e Geografia do Brasil, a "básica" mesmo serve, essa que se ensina no curso secundário, para não "forçar" muito seus poucos neurônios. Aprendam com nordestinos de valor, como Celso Furtado (ilustre economista paraibano de Pombal, que, entre tantas outras contribuições ao Brasil, foi herói de guerra condecorado pela Força Expedicionária Brasileira, na qual lutou na Itália combatendo fascistas e nazistas genocidas; foi ele quem literalmente colocou o Nordeste no mapa do Brasil, depois de ser convidado pelo presidente Juscelino Kubitschek para elaborar o Plano de Desenvolvimento do Nordeste, que daria origem à SUDENE, órgão pelo qual foi responsável durante cinco anos, de 1959 a 1964 - antes dele não havia essa configuração do mapa de hoje),  Ariano Suassuna (paraibano de João Pessoa), Epitácio Pessoa ( paraibano, ex-presidente do Brasil), Assis Chateaubriand, conhecido como o co-criador e fundador, em 1947, do Museu de Arte de São Paulo (MASP- Museu de Arte de São Paulo Assis Chateuabriand - quem diria, fundado e equipado por um "paraíba" - junto com o italiano Pietro Maria Bardi, e ainda como o responsável pela chegada da televisão ao Brasil, inaugurando em 1950 a primeira emissora de TV do país, a TV Tupi (o que a ingrata midia "nacional" retribui com descaso e omissão à grandeza de sua terra), o escritor José Lins do Rêgo (paraibano, autor do romance Menino de Engenho), o também paraibano Pedro Américo (o maior pintor brasileiro de todos os tempos), os cearenses José de Alencar e Rachel de Queiroz (Autora de destaque na ficção social nordestina. Foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras. Em 1993, foi a primeira mulher galardeada com o Prêmio Camões, equivalente ao Nobel, na língua portuguesa. É considerada por muitos como a maior escritora brasileira), o natalense Câmara Cascudo , os pernambucanos Luiz GonzagaJoão Cabral de Mello NetoManuel Bandeira e Gilberto Freyre, o alagoano Graciliano Ramos, os baianos Jorge Amado e Dorival Caymmi... E tantos e tantos outros nomes de escol: a renomada pianista franco-brasileira Juliana Steinbach, Zé Ramalho, Caetano veloso, Gilberto Gil, Fagner, Luiz Gonzaga... a lista é interminável... Quem sabe, assim, parem de expressar tanta idiotice que na verdade só depõe contra eles mesmos, ao exporem a própria ignorância e atraso espiritual. Afinal, PRECONCEITO é uma forma de autoritarismo social de uma sociedade doente. Normalmente o preconceito é causado pela ignorância, isto é, o não conhecimento do outro que é diferente. O preconceito leva à discriminação, à marginalização e à violência.


Bruno Steinbach. "Parahyba, opus I".
Acrílica/tela, 60 x 100 cm, 22 dez 2016. Parahyba, Brasil. 
Coleção: Lourdes Bonavides Mariz Maia. Recife (PE).
Obra patrocínio Parahybavista.

Mas vamos ao texto de Magnoli:

Regionalismo e preconceito contra o nordestino
Por Demétrio Magnoli
(Do livro: Identidade Nacional em debate, vários autores, Ed. Moderna, pág. 119-125)

1 – O Regionalismo nordestino

O Regionalismo nordestino nasceu e evoluiu como reação ?nbsp; decadência do Nordeste. Do ponto de vista histórico, surgiu no início do século XX, junto com o deslanche da industrialização no sudeste. Do ponto de vista social, configurou-se como atitude política das elites regionais, que jamais se difundiu profundamente entre a população. Do ponto de visa estratégico, caracterizou-se por reivindicar ajuda federal ?nbsp; região, sob a forma de obras públicas ou proteção para empresas e produtos. O seu argumento central sempre foi a pobreza regional, geralmente associada ao fenômeno climático das secas...
O discurso regionalista e as respostas federais pariram o principal mito sobre a pobreza do Nordeste: o mito das secas.
As secas, do ponto de vista meteorológico, não são um mito. O mito consiste na noção de que esse fenômeno natural seja o responsável pelo drama social da população. A artimanha do Regionalismo elitista consistia em esconder as causas sociais da miséria pelo recurso a uma condição climática. ... Dessa forma, as elites econômicas e políticas do nordeste encontraram um álibi para fugir á própria responsabilidade histórica pela pobreza e, ao mesmo tempo, uma argumentação para o desvio de recursos federais para a realização de obras públicas regionais. Evidentemente, os benefícios traídos por essas obras jamais chegaram ?nbsp; maioria da população nordestina, tornando-se fonte de enriquecimento privado das minorias privilegiadas...
Das "obras contra as secas" aos incentivos fiscais: mais de meio século de políticas regionais revelou-se incapaz de transformar o panorama de pobreza do Nordeste. Mas o discurso regionalista das elites continua em funcionamento, operando sempre o velho argumento do "bolsão de pobreza". Essa noção – de que o Nordeste é um "outro país", a Índia confrontada com a Bélgica, o lado esquecido do Brasil – camufla o abismo social que separa as elites nordestinas da população regional. A palavra Nordeste, uma noção espacial que se pode desenhar sobre o mapa, serve como esconderijo para as elites regionais, que se apresentam como representantes dos miseráveis e dos excluídos.

Bruno Steinbach. "Sagarana na Pedra do Reino de Ariano Suassuna e Guimarães Rosa".
Pintura em óleo/tela, 80 x 163 cm. Dez 2012. João Pessoa, Paraíba, Brasil. 
Coleção: Peterson Martins. João Pessoa, Paraíba, Brasil.


2 – A Bósnia não é aqui

O Regionalismo nordestino desenvolveu-se sobre o paradoxo de ser um discurso elitista cujo argumento central sempre foi a pobreza. Esse paradoxo contribuiu para o surgimento e a difusão de um outro discurso: o do preconceito antinordestino.

O preconceito antinordestino existe desde os tempos antigos, como expressão do racismo. A participação majoritária dos negros e mulatos na população do Nordeste, que contrasta com a hegemonia dos brancos no Sudeste e, em proporção maior, no Sul, reflete a história da escravidão e da imigração européia no Brasil. Aí se encontram os fundamentos do preconceito tradicional antinordestino....Porém, o preconceito antinordestino atualizou-se aproveitando o próprio Regionalismo das elites do Nordeste. No Sudeste, difusamente, desenvolveram-se atitudes preconceituosas contra os migrantes provenientes dos estados nordestinos. A atitude preconceituosa enxergou nos fluxos de nordestinos o espectro da invasão da pobreza, em vez de enxergar o papel desempenhado pela mão-de-obra migrante no crescimento econômico do Sudeste. Desde a década de 1970, diversas prefeituras do interior paulista passaram a recolher, nas estações rodoviárias, os migrantes recém-chegados, colocando-os em ônibus e despejando-os em cidades vizinhas. Em 1990, chegou a tramitar na Câmara Municipal de São Paulo um projeto de lei destinado a impedir o uso de serviços e equipamentos municipais por migrantes com menos de dois anos de trabalho e residência comprovados na cidade. (Observação: este projeto teve como autor o ainda vereador municipal Bruno Feder, atualmente do PPS, partido do ex-prefeito Paulo Maluf).
No Sul do país, na última década, o preconceito antinordestino assumiu a forma virulenta do separatismo. Os movimentos separatistas sulistas, em geral baseados no Rio Grande Do Sul, chegaram a formular a reivindicação da Independência: República dos Pampas....
O preconceito antinordestino enxerga no migrante o pobre. O separatismo sulista encara o nordestino como diferente. Os separatistas postulam a existência de diferentes grupos étnicos ou culturais no Brasil... A população do Sul, segundo essa visão, teria origens enraizadas na imigração branca e européia, distinguindo-se dessa forma da população do restante do país. Falsamente, apregoa-se a existência de diferenças étnicas no interior da população brasileira. A armadilha vai mais longe, associando nível de vida e origem populacional: o imigrante europeu aparece como a fonte do trabalho e da riqueza, o nordestino como a fonte da preguiça e da pobreza.
O preconceito antinordestino e o separatismo sulista constituem formas de mascarar a pobreza e a miséria, que estão em todas as regiões. Os contrastes sociais intensos, presentes nas metrópoles do Sudeste, são apresentados como fruto das migrações inter-regionais, não como reflexo das estruturas socioeconômicas perversas características de todo o país. A pobreza sulista – que transparece no fluxo migratório de gaúchos, paranaenses e catarinenses rumo à Amazônia, e também nas favelas e periferias miseráveis das cidades grandes e médias da região – é obscurecida por um discurso que nega o óbvio: a "Índia", está em todos os lugares, e até no Nordeste existem algumas "Bélgicas"...
A Bósnia não é aqui. Lá, uma história muito antiga produziu divisões étnicas, culturais e religiosas que cindiram a população bem antes da formação do Estado iugoslavo. Aqui, uma história muito mais recente misturou populações de origem diversa em um único conjunto nacional. No Brasil, as diferenças regionais (e estaduais, e locais... ) não são diferenças étnicas, mas apenas expressões dos ambientes diversos nos quais se processou a história da nossa sociedade. Nordestinos, sulistas, paulistas, cariocas: essas denominações refletem realidades geográficas, não identidades étnicas. Talvez, por isso, o separatismo sulista não tenha, até hoje, conseguido atear fogo na imaginação popular.
Ainda bem.

quinta-feira, 4 de outubro de 2018

JULIANA STEINBACH: RECITAL NO CHÂTEAU DE GROSBOIS

Ela sim!

A Arte de Juliana Steinbach com o seu piano mágico encantando o mundo.
BRAVO!
No Château de Grosbois, em Boissy-Saint-Léger. A renomada pianista franco-brasileira (paraibana) Juliana Steinbach.
Recital de Piano no Grand Salon - sábado, 6 de outubro de 2018 às 16h30. 
Preludes de Debussy e Fantaisie de Schumann.
Para comemorar o ano Debussy em Boissy-Saint-Léger ...


Uma "palinha" de Juliana Steinbach:



sábado, 29 de setembro de 2018

AO REDOR DO BURACO TUDO É BEIRA

Certo mesmo está o imortal Ariano Suassuna...
"A humanidade se divide em dois grupos: os que concordam comigo e os equivocados. E ao redor do buraco tudo é beira"

E assim vota o Brasil... equivocadamente (rss).

Bruno Steinbach. “Sagarana na Pedra do Reino de Ariano Suassuna e Guimarães Rosa”.
Pintura em óleo/tela, 80 x 163 cm. Dez 2012. João Pessoa, Paraíba, Brasil.
Coleção: Peterson Martins. João Pessoa, Paraíba, Brasil.

sexta-feira, 17 de agosto de 2018

VOTE EM MIM

Candidato ao Conselho Estadual de Política Cultural - 

pela primeira regional de cultura (João Pessoa e Rio Tinto)





Veja na imagem o dia e o local da eleição e vá lá contribuir para as nossas políticas culturais, votando em mim para conselheiro do Conselho Estadual de Política Cultural do Estado da Paraíba. Não receberei nem um centavo para isso, não há salário - meu ganho será apenas poder contribuir para as ações culturais da minha cidade. Qualquer pessoa maior de 16  anos, portadora de documento de identificação com foto pode votar. Conto com o seu voto lá na urna, no Espaço Cultural (só aqui não adianta nada).
Agradeço!



Recebi este e-mail de confirmação:
Pedro Santos 16 de ago de 2018 20:59 (Há 13 horas)
Prezado/a, boa noite!
Este e-mail assegura o deferimento da sua candidatura ao Conselho Estadual de Política Cultural. 

A eleição acontecerá no dia 23 de agosto de 2018. 

Por favor, identifique em anexo o seu respectivo banner, onde constam os locais onde serão instaladas as urnas na sua Regional de Cultura.

Abaixo, algumas perguntas frequentes. Caso haja dúvida sobre o processo eleitoral, entre em contato conosco.

Quais as atribuições de um/a Conselheiro/a?
• Contribuir para o cumprimento dos objetivos da Política Estadual de Cultura definidos nesta Lei;
• Apreciar e deliberar sobre a proposta de criação e/ou revisão do Plano Estadual de Cultura;
• Apreciar e aprovar os planos setoriais de cultura;
• Realizar espaços de avaliação sobre a execução do Plano Estadual de Cultura.
• Estimular a discussão e emitir parecer sobre temas relevantes para a cultura da Paraíba;
• Acompanhar, fiscalizar e avaliar a execução da Política Estadual de Cultura;
• Propor medidas de estímulo, fomento, amparo, valorização, difusão, descentralização, democratização e gestão compartilhada da cultura;
• Propor e pronunciar-se sobre proteção, tombamento e registro de patrimônio material e imaterial;
• Firmar acordos de cooperação com movimentos sociais, entidades representativas de linguagens artísticas, sindicatos, organizações não governamentais, iniciativa privada e entidades do terceiro setor, visando ao desenvolvimento cultural e artístico; 
• Manter intercâmbio com os Conselhos Estaduais e Municipais de Cultura, incentivando a criação de novos Conselhos nos municípios.

Como é composto o Consecult-PB? 
• 12 (doze) representantes da Sociedade Civil, eleitos nas Regionais de Cultura, bem como seus respectivos suplentes; 
• 12 (doze) representantes do Poder Público, indicados pelo Governador do Estado, bem como seus respectivos suplentes;

Quem pode ser candidato/a? 
• Qualquer pessoa maior de 18 (dezoito) anos, residente na Paraíba há 02 (dois) anos. 

Quem NÃO pode ser candidato/a? 
• Dirigentes de órgãos de cultura municipais e servidores públicos estaduais com cargo comissionado no Estado da Paraíba. 

Quem pode votar? 
• Qualquer pessoa maior de 16 anos, portadora de documento de identificação com foto. 

Como são escolhidos os representantes da Sociedade Civil?
• O território da Paraíba é organizado em 12 (doze) Regionais de Cultura. 
• Cada Regional vai eleger 01 (um) membro titular e 01 (um) membro suplente.
• O titular será o primeiro mais votado; e o suplente, o segundo mais votado.

Como serão realizadas as eleições em 2018? 
• Cada Regional de Cultura receberá 02 (duas) urnas. 
• A 1ª urna será instalada na sede da Regional de Cultura. 
• A 2ª urna será instalada em outra cidade da Regional de Cultura. 
• Nos dois locais de votação constarão as mesmas cédulas, com os mesmos candidatos. 
• A apuração consistirá na soma dos votos do/a candidato/a nas duas urnas.

Quais as condições proporcionadas pela Secretaria de Cultura para o exercício da função de Conselheiro/a? 
• Para cada reunião, o/a Conselheiro/a tem garantido o serviço de deslocamento, alimentação e hospedagem.

Qual a periodicidade das reuniões do Consecult-PB? 
• O Conselho se reunirá ordinariamente uma vez por mês, em João Pessoa, e extraordinariamente em outros municípios da Paraíba, quando houver necessidade.

Como posso divulgar a minha candidatura? 
• Participando de entrevistas nas rádios das cidades da Regional de Cultura; 
• Compartilhando material nas redes sociais e no Whatsapp; 
• Conversando com grupos, associações e entidades ligadas à cultura; 
• Dialogando com as pessoas ligadas à cultura nas cidades.


Biografia:



Candidaturas ao Conselho Estadual de Política Cultural- PB pela primeira regional de cultura (votação em João Pessoa e Rio Tinto) 


Clica aqui ou na imagem e conheça os perfis dos candidatos e os municípios de cada região...