BEM-VINDOS!

PARAHYBA    BRASIL    ABRIL   2024

Este é o nosso BLOG, onde você conhecerá um pouco do ARTISTA e da sua OBRA, navegando nos generosos DEPOIMENTOS sobre a minha trajetória durante esses 50 anos de ATIVIDADE ARTÍSTICA E EXPOSIÇÕES e também em inúmeras REPORTAGENS na mídia. Acompanhará os projetos que estou realizando agora: PARAHYBAVISTA; JOÃO & MARIA; FLORESTA ARDENTE QUEIMADAS. Poderá acessar nossa GALERIA VIRTUAL, me acompanhar no INSTAGRAM e visitar a MINHA CIDADE...

Respire fundo e vá mergulhando... Siga o blog e dê uma espiadinha nas novidades que publico. Sem pressa... Foram anos de trabalho meticuloso para chegar até aqui, pertinho de você...


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Postagem em destaque

A ARTE PRIMEVA DA HUMANIDADE: XAMÃ - PINTURA E FÉ NA CAVERNA!

quinta-feira, 12 de dezembro de 2019

A ÁRVORE DA MEMÓRIA: A CERIMÔNIA DO PLANTIO



Terça-feira (10), em uma linda manhã ensolarada, plantamos uma árvore (um ipê rosa) no jardim interno do departamento de música da UFPB, na Cidade Universitária de João Pessoa, com as cinzas da minha querida irmã, a professora e gestora cultural Márcia Steinbach Silva Kaplan, ao lado da árvore já plantada com as cinzas do seu amado companheiro José Alberto Kaplan (que foi um dos fundadores daquele departamento de ensino musical).

Agradeço ao pessoal do departamento de música da UFPB por esta carinhosa e bela homenagem, que foi bastante prestigiada por parentes, amigos e professores, musicistas, alunos, artistas... enfim, pessoas que conheceram e conviveram com Márcia.































domingo, 1 de dezembro de 2019

A ÁRVORE DA MEMÓRIA: CONVITE

Estamos preparando uma cerimônia de plantio de um Ipê com as cinzas da minha mana Márcia Steinbach Silva Kaplan, no jardim interno do departamento de música da UFPB, na Cidade Universitária (João Pessoa-PB), no dia 10 de dezembro, às 9 horas (ao lado do Ipê com as cinzas do seu amado marido José Alberto Kaplan).





Coube a mim a responsabilidade de criar um cartão virtual para vocês que conheceram minha irmã e que gozaram da sua amizade.

Pelo lado científico, as cinzas de uma pessoa cremada são formadas basicamente por carbono, cálcio e potássio - que se unem aos nutrientes da árvore, sem os líquidos poluentes ao meio ambiente, como o necrochorume. Poética e espiritualmente, cada um tem a liberdade de sentir o que quiser. Na proximidade da cerimônia, divulgaremos aqui, confirmando data e horário.

Agradecemos desde já a presença de vocês nessa linda e singela manifestação.

Até lá.

Veja no mapa:


sexta-feira, 1 de novembro de 2019

O BURRO VELHO GRITANTE E OS BURRICOS FALANTES

Tempos surreais, onde peixe é inteligente, burro vira presidente e elege tropa de burrico demente.


Então vou mostrar aqui umas pinturas que fiz à época daquele outro cretino presidente, que dizia gostar mais do cheiro de cavalos que do cheiro de nossa gente (1 e 2).



1 - Bruno Steinbach. "João Burro" (Catálogo 33).
Óleo/tela, 110x65 cm, 1980, João Pessoa, Paraíba, Brasil.
Coleção: Garibaldi Dantas Filho, João Pessoa, Paraíba, Brasil.

2 - Bruno Steinbach. "Made in Brazil" (Catálogo 46). 
Óleo/tela, 60x70 cm, 1981, João Pessoa, Paraíba, Brasil. 
Coleção: Garibaldi Dantas Filho, João Pessoa, Paraíba, Brasil.

Esta abaixo é mais recente, encomendada por um querido parente, talvez incorporando um vidente, pintei acaloradamente!

Bruno Steinbach. "Brasília em Chamas" (catálogo 514)
Painel em acrílica/tela, medindo 150 x 250 cm.
13 de outubro de 2014. Parahyba, Brasil.
Encomenda de Inaldo Leitão. Brasília - DF

Que a honradez e a valentia do nosso povo, do brasileiro comum, trabalhador e desbravador - aqui representado na belíssima escultura "Os Guerreiros", mais conhecida como Os Candangos, de Bruno Giorgi - consigam reconstruir essa Nação, que, mesmo estando em chamas, conta com a esperança da Phoenix e das Asas Brancas, apoiada pelo braço justo e forte da Themis.
As chamas são para acabar com as pragas e para afastar as novas que lá pretendam se instalar, iluminando a cena para a Themis sair da escuridão...


Clique nos links abaixo e visite as páginas de jornalistas independentes e fique por dentro da situação do Brasil - bem diferente dessas "fakenews" usadas por idiotas no WhatsApp:




Está nas mãos do STF impedir o salto final no abismo do estado de exceção. Ou segura Bolsonaro agora, ou será muito tarde (Luis Nassif).

Se fizer jornalismo, a Globo conseguirá ressuscitar a denúncia (Luis Nassif). O novo sistema de interfone do condomínio Vivendas da Barra é da Intelbras: faz ligações diretas para celulares e fixos...
Leia mais aqui...



A investigação sobre os Bolsonaros e a narco-República a caminho. O momento de impedir essa escalada rumo à narcorepública é agora. Qualquer recuo tornará irreversível essa tragédia por Luis Nassif).

Leia mais aqui...

E como votei e votarei em Ciro Gomes, acho que vale a pena assistir a esses vídeos que reproduzo abaixo:







Visite o canal de Ciro Gomes no YouTube...

sexta-feira, 25 de outubro de 2019

BRUNO STEINBACH SILVA: ARTISTA CADASTRADO NA FUNJOPE (LEI DOS EDIFÍCIOS)




Amadores, Profissional na área!

Hoje fui na Funjope me cadastrar como artista capacitado para assinar obras da "lei dos edifícios". 



Nunca tinha pensado nisso nesses 45 anos de trajetória profissional, mas resolvi me cadastrar e deixar de ser "invisível" ao mundo oficioso. 


Agora também posso assinar as obras em qualquer edificação da Parahyba (João Pessoa), para preencher os requisitos da "Lei dos Edifícios" - que as obriga a terem uma obra de arte na sua parte externa, de autoria de artista cadastrado na Funjope. 

Mas também resolvi me cadastrar motivado pela enorme quantidade de porcaria espalhada por gente que nunca foi artista na vida (vamos conversar na câmara sobre isso, pois a lei foi criada para artistas comprovadamente profissionais), e pelo fato de ter produzido o maior mural da Paraíba, talvez até do nordeste - são 16,20 metros de altura por 5,34 metros de largura (ali, logo depois da Igreja de Santo Antônio, na Av Olinda, em Tambaú). Assim, tive que me cadastrar para que o prédio atenda as exigências da "Lei dos Edifícios". 
Fui muitíssimo bem recebido por Michelle Almeida, coordenadora da divisão de artes plásticas da Funjope, que cuidou de tudo com a competência e gentileza de sempre. Apresentei a biografia (currículo é para os fracos) e a documentação comprobatória. Pronto, Bruno Steinbach Silva está capacitado para assinar obras em qualquer edificação de Jampa!

Aproveitei e dei um passeio pelo centro da cidade. Foi quando ouvi o grito: "Pare, levante a cabeça!". Por pouco ele não perdeu a cabeça... mas era um velho amigo que estava engraxando os sapatos e aproveitou a oportunidade e fez as fotos.

Viva a Parahyba!

Veja a história do mural clicando aqui ou na foto:



terça-feira, 1 de outubro de 2019

ARTISTA TEM SERVENTIA?


AFINAL, QUAL A “SERVENTIA” DOS ARTISTAS?
Nesses tempos nublados que vivemos, onde ser intransigente, ignorante e idiota é o comportamento vigente da maioria, sobrou pra nós – pobres artistas. Palermas publicam a todo instante asneiras de todo tipo contra nós. Farei aqui uma tentativa quase inútil de defesa, pois a grande maioria desses tipos é de analfabetos funcionais e não entenderão o texto. Mas, por favor, não nos confundam nem comparem com essa turma que faz “performances” depravadas de cagões e exibicionistas de bilola e de furico – aquilo nada tem de arte, é só safadeza mesmo. Mas, sigamos na dura tarefa de tentar desidiotizar o idiota…
Para quem não sabia, foi um artista sumério quem inventou a roda, 3.500 anos antes de Cristo,  ao construir um primitivo e tosco torno para fazer suas peças de cerâmica (modelo usado até hoje por certos artesãos, movido pelos pés).
Para quem não sabia, foi outro artista (Leonardo Da Vinci) quem idealizou – entre outras coisas – o rolamento, o submarino, o avião, o planador, o para-quedas, o helicóptero e a “câmara escura” – ideia que depois veio a tornar-se a câmera fotográfica inventada por outro artista, Daguerre e que nosso fotógrafo Sebastião Salgado usa tão bem (famoso no mundo inteiro como artista e ambientalista – entre outras coisas, plantou 2 milhõesde árvores e transformou zona morta numa floresta no Brasil). Enfim, tantos e infindáveis exemplos…
Saiba mais sobre essa “mágica” de Sebastião Salgado…

Para quem não sabia, a arte movimenta capital e gera impostos mais que a indústria automobilística – empregando mais gente. Mantém editoras especializadas, fábricas e lojas de material técnico, gráficas, galerias de arte, museus, instituições culturais, seguradoras, financeiras, transportadoras, artesãos, moldureiros… e nós outros – os artistas, responsáveis por tudo acontecer, oferecendo beleza, esclarecimento e entretenimento para as pessoas. Quando alguém compra uma obra de arte – a boa e velha pintura de cavalete, uma gravura, um desenho, uma escultura, uma cerâmica – está alimentando toda essa cadeia produtiva, que não tem nada de inútil e nem de supérflua – ao contrário de inúmeras porcarias “conceituais” financiadas que andam soltas por aí. É mister zelar por ela, pois a arte não tem dono – apenas tutor, pois se compra o objeto e não a imagem – a propriedade intelectual, que é do artista e da humanidade. E aqui estou me limitando apenas aos colegas artistas plásticos; já imaginou a enormidade imensurável da contribuição da Arte se formos incluir também a literatura, o cinema, a música, o teatro, a dança, o circo?
Enfim, permitindo-me o uso do lugar-comum, nada substitui o talento, o dom da artesania – por mais que os infiéis tentem… Essa sabedoria em manipular corretamente os materiais é o que nos torna alquimistas, intérpretes do divino, responsáveis pela materialização do mundo espiritual, Xamãs. O resto é conversa fiada. Não nos confundam com a turma de certas “performances” depravadas de cagões e exibicionistas de bilola e de furico.
Infelizmente, pouquíssima gente metida a besta sabe disso; hoje em dia, principalmente nas bandas de cá, a maioria dos “projetos” de interiores visa a colocação de objetos industrializados, com suas paredes patinadas ou com frisos e reentrâncias, praticamente impossibilitando a aposição de uma obra de arte, numa obscura falta de conhecimento e de respeito com os artistas da terra.
Agradeço se leu até aqui. Volte sempre!
Aquele abraço!


Clique na imagem acima ou copie e cole este link e vá buscar grátis estampas virtuais de pinturas com paisagens da Paraíba e imprima suas canvas, gravuras, camisetas e canecas. É de GRAÇA! Não tem "pegadinha" - o nome disso é generosidade. Agora, se você também é uma pessoa generosa, toda doação de qualquer quantia será bem-vinda!

Gratuito para quem não pode pagar, 
apoiado por quem pode e quer doar.

Afinal, estou cedendo o ©copyright de várias imagens em alta resolução (300 dpi) para quem não pode comprar uma obra original possa imprimir a sua reprodução – de graça!
Qualquer um poderá ir lá na "nuvem" (OneDrive) buscar a imagem virtual que quiser e mandar imprimir (nas empresas especializadas – camisarias e gráficas rápidas da sua escolha) reproduções em canvas (impressão giclée sobre telas), gravuras, camisetas e canecas - independentemente de doar ou não doar.


Bom Proveito!

Agradecemos se puder e quiser fazer uma doação de qualquer quantia para ajudar nosso trabalho gratuito de divulgação da nossa terra e da nossa gente.

VOLTE SEMPRE!

segunda-feira, 30 de setembro de 2019

PROJETO EM ANDAMENTO: FLORESTA ARDENTE - QUEIMADAS

"Floresta ardente – Queimadas, opus I” (cat 553).
Infogravura/esboço para pintura, 29 set 2019, Parahyba, Brasil.

Estou iniciando uns estudos para a produção de uma série temática sobre a criminosa ação do homem dito civilizado na nossa floresta, desmatando e queimando tudo o que consegue, sem respeitar as terras indígenas nem o ecossistema tão importante e imprescindível para o mundo todo.
Empresários e políticos cretinos, demagogos e corruptos estão destruindo a nossa Amazônia, em busca de riquezas que só servem à sua ganância – mineradoras que poluem os rios e assassinam índios e bichos; áreas enormes devastadas pelo desmatamento e pelas queimadas para especulação, pois quase nenhum gado há por lá; áreas para plantio de soja geneticamente modificada... enfim, riqueza que não beneficia em nada o nosso planeta, pois para a Terra sua maior riqueza é a floresta intacta com os seus primevos habitantes que sempre estiveram lá e que são os verdadeiros senhores da floresta. Sei que há muita fome no mundo e que há necessidade de uma exploração sustentável aonde for possível, mas sem destruição e com respeito ao meio ambiente. E não é isso que está acontecendo.
Como na fábula do beija-flor - que tentava apagar o incêndio na mata carregando gotículas d’água no bico, sob a zombaria do bicho-preguiça, eu digo o mesmo que a avezinha disse para o animal preguiçoso: “Eu estou fazendo a minha parte”.


Irei publicando as obras na página do projeto, uma a uma, no tempo em que forem sendo concluídas. Ao final, além da exposição virtual gratuita, vamos tentar expor por aí, nesse mundão de Deus...

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

A FOLHA QUE CHORA

QUEIMADAS...

Há 29 anos eu já denunciava esse crime contra a Natureza. E estava preso.


Visite o nosso catálogo, onde estão pinturas e gravuras de 1974 a 2019. Muita coisa se perdeu do que foi produzido nesses 45 anos de atividade artística. Algumas obras interessantes não foram encontradas. Mas, apesar de resumido, o nosso catálogo atinge o objetivo de montar um mosaico com os diversos caminhos que trilhei, sem medo de errar, nesse fascinante redemoinho de formas, cores e conceitos que é o mundo da pintura. Sempre busquei o aperfeiçoamento técnico, a excelência, como meio de transmitir de forma simples, honesta e duradoura aquilo que realmente importa na vida - a emoção, o amor.

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

EDITAL PARA EXPOSIÇÕES NA CÂMARA DOS DEPUTADOS 2019/2020

Centro Cultural abre inscrições para os interessados em expor na Câmara

Estão abertas até 29 de novembro as inscrições de projetos de exposições temporárias artísticas e/ou históricas que poderão fazer parte da Agenda Cultural da Câmara dos Deputados em 2020.
O Centro Cultural da Câmara dos Deputados informa que já estão abertas as inscrições para o processo seletivo de projetos de exposições temporárias artísticas e históricas que irão compor a Agenda Cultural de 2020. As inscrições poderão ser realizadas até dia 29 de novembro, por e-mail ou pelos Correios.
Serão selecionados pela Comissão Curadora projetos nas áreas de pintura, fotografia, escultura, gravura, desenho, entre outros. Produções históricas também poderão participar. O resultado será divulgado em fevereiro de 2020, no próprio portal da Câmara.

COMO PARTICIPAR

Poderão participar do processo seletivo pessoas físicas maiores de 18 anos, pessoas físicas menores de 18 anos, com representante legal, e pessoas jurídicas de direito público ou de direito privado sem fins lucrativos.
Cada artista, curador ou instituição poderá inscrever apenas um projeto, que deverá ser enviado para um dos seguintes endereços:
Via postal: Centro Cultural Câmara dos Deputados - Anexo I - 16° andar | sala 1601 | Brasília DF, CEP 70.160-900
Correio eletrônico: centrocultural@camara.leg.br

Confira o edital do processo seletivo do Centro Cultural Câmara dos Deputados e participe!

https://www2.camara.leg.br/a-camara/visiteacamara/cultura-na-camara/arquivos/edital-2019-2020-1


Uma oportunidade de dar o seu recado aos nossos parlamentares e mostrar a sua arte ao povo de Brasília, do Brasil e do mundo.

Eu já participei de uma grande exposição lá e fui muitíssimo bem tratado - melhor que na minha própria Paraíba que fui representando...







segunda-feira, 5 de agosto de 2019

FELIZ ANIVERSÁRIO, JAMPA!

434 ANOS DE HISTÓRIA
João Pessoa, capital do Estado da Paraíba. 
Minha cidade, onde o sol ainda brilha primeiro!




Bruno Steinbach. "Ponta do Cabo Branco, opus IV". 
Acrílica/tela, 144 x 270 cm, abril de 2012. João Pessoa, Paraíba, Brasil. 
Acervo: SESC PARAÍBA 
(Centro de Turismo e Lazer do Sesc Paraíba, av. Cabo Branco, João Pessoa, Paraíba, Brasil).




Bruno Steinbach Silva. "Cabo Branco, opus IX".
Acrílica/tela, 60 x 100 cm. Abril de 2016, Parahyba, Brasil.

Da série temática Parahybavista.
Coleção: Eduardo Machado Silva




Bruno Steinbach. "PARAHYBAVISTA (SANHAUÁ, PORTO DO CAPIM e VARADOURO), opus I". 
Painel em acrílica/tela, 120 x 194 cm. Parahyba, dezembro de 2013. 
Acervo: Tribunal de Justiça da Paraíba. João Pessoa, Paraíba, Brasil.
Em primeiro plano, os casebres do porto do capim. 
Depois, o casario antigo do varadouro. No alto, a igreja de São Frei Pedro Gonçalves. 
Mais à direita, ao fundo, a cidade alta e a Igreja de São Francisco. 




A FUNDAÇÃO



Cidade histórica fundada em 05 de agosto de 1585, com a criação do Forte do Varadouro às margens do Rio Sanhauá, João Pessoa se encontra entre os mangues que margeiam este afluente do rio Paraíba e o mar. Seu centro histórico é marcado pela acentuada integração com o meio ambiente, em local de privilegiados atributos naturais: relevo suave, clima tropical e vegetação exuberante - onde se revela a alternância entre manguezais e coqueirais, com florestas de mata atlântica. João Pessoa possui aproximadamente 600 mil habitantes. Possui muitos atrativos turísticos, como as praias, parques urbanos, construções históricas, museus, galerias de arte... Celeiro de artistas e dona de um rico artesanato, é uma cidade verde, que está entre as mais arborizadas do mundo. Já foi domínio de indios potiguares e colonizadores franceses, holandeses e portugueses no passado, tendo sido chamada de Nossa Senhora das Neves, Filipéia, Frederikstadt e Parahyba.



Bruno Steinbach. "Parahyba, opus I".
Acrílica/tela, 60 x 100 cm, 22 dez 2016. Parahyba, Brasil. 
Coleção: Lourdes Bonavides Mariz Maia​. Recife (PE).
Obra patrocínio Parahybavista​.



Bruno Steinbach. "Parahyba e Sanhauá, opus I". Óleo/tela, 100 x 120 cm. 2005. 

Coleção: Desembargadora Maria de Fátima Bezerra Cavalcante Maranhão. Paraíba, Brasil.





O DESENVOLVIMENTO



A cidade se desenvolveu a partir de dois núcleos principais: o Varadouro e a Cidade Alta, ligados pela Ladeira de São Francisco. O Porto do Capim foi criado em águas fluviais para escoar a produção local, principalmente o açúcar de exportação. Ao seu redor, estabeleceu-se a importante região comercial do Varadouro, onde foram construídos armazéns e a alfândega. A partir de meados do século XIX chegaram as primeiras ferrovias e a antiga Estação Ferroviária foi instalada no local. No início do século XX, a ferrovia se expandiu em sentido norte até o porto da cidade de Cabedelo, desativando assim o Porto do Capim e interferindo na integração entre o rio e a cidade, o que causou o abandono da região.
"Porto do Capim com Canoa e Pescadores". Bruno Steinbach, Infogravura / papel couchê, 42 x 29,7 cm, 2009. Paraíba, Brasil.
Um Porto Inseguro 
"Embora secularmente a culta mente tente, 
é impossível ocultar da Luz a face dessa pobre gente; 
um dia seu nobre silêncio, gritante ao sol poente, 
certamente despertará bravamente a nossa civilização dormente." 
(Bruno Steinbach) 

A Cidade Alta se formou ao redor da igreja matriz e lá se instalaram as primeiras residências da elite. Nesta área estão situados vários monumentos importantes, como o Museu de Arte Sacra da Paraíba, localizado no Conjunto da Ordem Terceira de São Francisco; o Teatro Santa Roza, o terceiro mais antigo do Brasil, todo revestido internamente de madeira Pinho de Riga; e a Biblioteca Pública Estadual, exemplar do ecletismo do final do século XIX. No século XX, o comércio de padrão médio e alto migrou para a Cidade Alta, causando a valorização dos terrenos. 

"Basílica de Nossa Senhora das Neves". Bruno Steinbach.Óleo / tela, 50 x 70 cm, 2006, João Pessoa, Paraíba, Brasil.


O TOMBAMENTO

O tombamento do centro histórico foi motivado por seus valores históricos - por ser uma das primeiras cidades fundadas no Brasil, depois de Rio de Janeiro e Salvador; paisagístico - as edificações compõem um cenário que integra a vegetação de mangue ao rio e ao mar - e artístico, por congregar construções de diferentes estilos e épocas. O centro histórico de João Pessoa foi inscrito nos seguintes Livros do Tombo: Histórico e Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico. A área abrange um sítio de 370 mil m2, compreendendo boa parte dos bairros do Varadouro (Cidade Baixa) e da Cidade Alta. Ao todo 502 edificações serão preservadas, em 25 ruas e seis praças, bem como o antigo Porto do Capim, local de fundação da cidade. Na área demarcada, o traçado urbano ainda se mantém original. Esses imóveis representam e fazem parte dos 422 anos de história da terceira cidade mais antiga do país, e são prédios representativos dos vários períodos da história de João Pessoa: o barroco da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco; o rococó da Igreja de Nossa Senhora do Carmo; o estilo maneirista da Igreja da Misericórdia; a arquitetura colonial e eclética do casario civil; e o art-nouveau e o art-déco, das décadas de 20 e 30, predominantes na Praça Anthenor Navarro e no Hotel Globo. 
"Pátio de São Pedro, II". Bruno Steinbach. Infogravura, 20,04 x 42 cm, 2007. Parahyba, Brasil.
Vista da Igreja de São Frei Pedro Bento Gonçalves (Crepúsculo)".Infogravura/papel couchê, 29,7 x 42 cm, 2007. Paraíba, Brasil.
"Balaustrada das Trincheiras". Bruno Steinbach. Infogravura / papel couchê, 29,7 x 42 cm, 2008. Paraíba, Brasil.

Ponto mais oriental das américas, a cidade é também notável pelo clima tropical, por ser a maior em economia (indústrias, comércio e serviços) e arrecadação de impostos para o estado, pelas suas praias e pelos vários monumentos de arquitetura e arte barroca.
Durante a ECO-92, a conferência da ONU sobre o meio ambiente, João Pessoa recebeu o título de segunda cidade mais verde do mundo (segundo um cálculo baseado na relação entre número de habitantes e a área verde, a cidade perderia apenas para Paris).

A Estação Cabo Branco Ciência, Cultura & Artes. 
Um projeto de Oscar Niemeyer, localizada no Cabo Branco, o ponto mais oriental das Américas. 




CONHEÇA E APOIE O PROJETO PARAHYBAVISTA


NORDESTINO SIM SINHÔ! 



Tenho orgulho de ser paraibano, nordestino e brasileiro! Cabra macho, sim "sinhô"!

De tanto ouvir e ler comentários levianos sobre o nordeste e os nordestinos resolvi publicar este artigo (reproduzido abaixo, extraído de texto de Demétrio Magnoli (Os grifos são meus), com a esperançosa intenção ou ilusão de jogar um pouco de luz na escuridão em que habitam alguns brasileiros racistas, intolerantes, preconceituosos e arrogantes, e, talvez, fazê-los parar – ou ao menos diminuir – a enxurrada de tolices e maldades que despejam sobre nós, “os nordestinos” (um dado interessante é que são "homens" a maioria dos que fazem esse tipo de comentário, ao contrário de suas mulheres, que nos adoram, saudosas... Quem sabe não estaria aí o verdadeiro e sigiloso motivo de tanta raiva... Pois é sabido a contribuição histórica nordestina na "povoação" do Brasil, "semeando" muito por todo o território nacional e preenchendo assim a deficiência desses inconformados maricões...). Uma sugestão para esses indivíduos: Estudem um pouco de História e Geografia do Brasil, a "básica" mesmo serve, essa que se ensina no curso secundário, para não "forçar" muito seus poucos neurônios. Aprendam com nordestinos de valor, como Epitácio Pessoa ( paraibano, ex-presidente do Brasil), Assis Chateaubriand, conhecido como o co-criador e fundador, em 1947, do Museu de Arte de São Paulo (MASP- Museu de Arte de São Paulo Assis Chateuabriand - quem diria, fundado e equipado por um "paraíba" - junto com o italiano Pietro Maria Bardi, e ainda como o responsável pela chegada da televisão ao Brasil, inaugurando em 1950 a primeira emissora de TV do país, a TV Tupi (o que a ingrata midia "nacional" retribui com descaso e omissão à grandeza de sua terra), o escritor José Lins do Rêgo (paraibano, autor do romance Menino de Engenho), o também paraibano Pedro Américo (o maior pintor brasileiro de todos os tempos), os cearenses José de Alencar e Rachel de Queiroz (Autora de destaque na ficção social nordestina. Foi a primeira mulher a ingressar na Academia Brasileira de Letras. Em 1993, foi a primeira mulher galardeada com o Prêmio Camões, equivalente ao Nobel, na língua portuguesa. É considerada por muitos como a maior escritora brasileira), o natalense Câmara Cascudo ,os pernambucanos João Cabral de Mello Neto, Manuel Bandeira e Gilberto Freyre, o alagoano Graciliano Ramos, os baianos Jorge Amado e Dorival Caymmi... E tantos e tantos outros nomes de escol, Zé Ramalho, Caetano veloso, Gilberto Gil, Fagner, Luiz Gonzaga... E, pasmem(!), o próprio Presidente da República, Sr. Luiz Inácio Lula da Silva! A lista é interminável...Quem sabe, assim, parem de expressar tanta idiotice que na verdade só depõe contra eles mesmos, ao exporem a própria ignorância e atraso espiritual. Afinal, PRECONCEITO é uma forma de autoritarismo social de uma sociedade doente. Normalmente o preconceito é causado pela ignorância, isto é, o não conhecimento do outro que é diferente. O preconceito leva à discriminação, à marginalização e à violência.
Mas vamos ao texto de Magnoli:

Regionalismo e preconceito contra o nordestino

Por Demétrio Magnoli
(Do livro: Identidade Nacional em debate, vários autores, Ed. Moderna, pág. 119-125)


1 – O Regionalismo nordestino

O Regionalismo nordestino nasceu e evoluiu como reação à decadência do Nordeste. Do ponto de vista histórico, surgiu no início do século XX, junto com o deslanche da industrialização no sudeste. Do ponto de vista social, configurou-se como atitude política das elites regionais, que jamais se difundiu profundamente entre a população. Do ponto de vista estratégico, caracterizou-se por reivindicar ajuda federal à região, sob a forma de obras públicas ou proteção para empresas e produtos. O seu argumento central sempre foi a pobreza regional, geralmente associada ao fenômeno climático das secas...

O discurso regionalista e as respostas federais pariram o principal mito sobre a pobreza do Nordeste: o mito das secas.

As secas, do ponto de vista meteorológico, não são um mito. O mito consiste na noção de que esse fenômeno natural seja o responsável pelo drama social da população. A artimanha do Regionalismo elitista consistia em esconder as causas sociais da miséria pelo recurso a uma condição climática. ... Dessa forma, as elites econômicas e políticas do nordeste encontraram um álibi para fugir à própria responsabilidade histórica pela pobreza e, ao mesmo tempo, uma argumentação para o desvio de recursos federais para a realização de obras públicas regionais. Evidentemente, os benefícios trazidos por essas obras jamais chegaram à maioria da população nordestina, tornando-se fonte de enriquecimento privado das minorias privilegiadas...

Das "obras contra as secas" aos incentivos fiscais: mais de meio século de políticas regionais revelou-se incapaz de transformar o panorama de pobreza do Nordeste. Mas o discurso regionalista das elites continua em funcionamento, operando sempre o velho argumento do "bolsão de pobreza". Essa noção – de que o Nordeste é um "outro país", a Índia confrontada com a Bélgica, o lado esquecido do Brasil – camufla o abismo social que separa as elites nordestinas da população regional. A palavra Nordeste, uma noção espacial que se pode desenhar sobre o mapa, serve como esconderijo para as elites regionais, que se apresentam como representantes dos miseráveis e dos excluídos. 


2 – A Bósnia não é aqui

O Regionalismo nordestino desenvolveu-se sobre o paradoxo de ser um discurso elitista cujo argumento central sempre foi a pobreza. Esse paradoxo contribuiu para o surgimento e a difusão de um outro discurso: o do preconceito antinordestino.

O preconceito antinordestino existe desde os tempos antigos, como expressão do racismo. A participação majoritária dos negros e mulatos na população do Nordeste, que contrasta com a hegemonia dos brancos no Sudeste e, em proporção maior, no Sul, reflete a história da escravidão e da imigração européia no Brasil. Aí se encontram os fundamentos do preconceito tradicional antinordestino....Porém, o preconceito antinordestino atualizou-se aproveitando o próprio Regionalismo das elites do Nordeste. No Sudeste, difusamente, desenvolveram-se atitudes preconceituosas contra os migrantes provenientes dos estados nordestinos. A atitude preconceituosa enxergou nos fluxos de nordestinos o espectro da invasão da pobreza, em vez de enxergar o papel desempenhado pela mão-de-obra migrante no crescimento econômico do Sudeste. Desde a década de 1970, diversas prefeituras do interior paulista passaram a recolher, nas estações rodoviárias, os migrantes recém-chegados, colocando-os em ônibus e despejando-os em cidades vizinhas. Em 1990, chegou a tramitar na Câmara Municipal de São Paulo um projeto de lei destinado a impedir o uso de serviços e equipamentos municipais por migrantes com menos de dois anos de trabalho e residência comprovados na cidade. (Observação: este projeto teve como autor o ainda vereador municipal Bruno Feder, atualmente do PPS, partido do ex-prefeito Paulo Maluf).

No Sul do país, na última década, o preconceito antinordestino assumiu a forma virulenta do separatismo. Os movimentos separatistas sulistas, em geral baseados no Rio Grande Do Sul, chegaram a formular a reivindicação da Independência: República dos Pampas....

O preconceito antinordestino enxerga no migrante o pobre. O separatismo sulista encara o nordestino como diferente. Os separatistas postulam a existência de diferentes grupos étnicos ou culturais no Brasil... A população do Sul, segundo essa visão, teria origens enraizadas na imigração branca e européia, distinguindo-se dessa forma da população do restante do país. Falsamente, apregoa-se a existência de diferenças étnicas no interior da população brasileira. A armadilha vai mais longe, associando nível de vida e origem populacional: o imigrante europeu aparece como a fonte do trabalho e da riqueza, o nordestino como a fonte da preguiça e da pobreza. 

O preconceito antinordestino e o separatismo sulista constituem formas de mascarar a pobreza e a miséria, que estão em todas as regiões. Os contrastes sociais intensos, presentes nas metrópoles do Sudeste, são apresentados como fruto das migrações inter-regionais, não como reflexo das estruturas socioeconômicas perversas características de todo o país. A pobreza sulista – que transparece no fluxo migratório de gaúchos, paranaenses e catarinenses rumo à Amazônia, e também nas favelas e periferias miseráveis das cidades grandes e médias da região – é obscurecida por um discurso que nega o óbvio: a "Índia", está em todos os lugares, e até no Nordeste existem algumas "Bélgicas".....

A Bósnia não é aqui. Lá, uma história muito antiga produziu divisões étnicas, culturais e religiosas que cindiram a população bem antes da formação do Estado iugoslavo. Aqui, uma história muito mais recente misturou populações de origem diversa em um único conjunto nacional. No Brasil, as diferenças regionais (e estaduais, e locais... ) não são diferenças étnicas, mas apenas expressões dos ambientes diversos nos quais se processou a história da nossa sociedade. Nordestinos, sulistas, paulistas, cariocas: essas denominações refletem realidades geográficas, não identidades étnicas. Talvez, por isso, o separatismo sulista não tenha, até hoje, conseguido atear fogo na imaginação popular. 
Ainda bem.

Bruno Steinbach. "Cabo Branco, Opus I". 
Infogravura / papel couchê, 29,7 x 42 cm, 2009. Paraíba, Brasil.