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A ARTE PRIMEVA DA HUMANIDADE: XAMÃ - PINTURA E FÉ NA CAVERNA!

terça-feira, 21 de fevereiro de 2023

ANTIGOS E BONS CARNAVAIS

ANTIGOS E BONS CARNAVAIS
QUE NÃO VOLTAM JAMAIS:

Frevo, modinhas, confetes, serpentinas e lança-perfume!

Uma foto histórica, com os saudosos foliões: Raimundo Asfora (brilhante e polêmico advogado, primeiro a esquerda); o ex-governador e ministro João Agripino Mariz Maia; meu pai Isaías Silva (ao centro, de camisa escura); minha mãe, Marieta Steinbach Silva; minha irmã Márcia (fantasiada de Colombina) e o seu namorado Hélio Raposo.

No meu retiro na caverna, li um excelente texto sobre os carnavais dos anos 60 aqui em "Jampa", publicado na coluna de domingo do prezado amigo lacadêmico e escritor Rui Leitão, no jornal do Governo do Estado da Paraíba "A UNIÃO".

O tradicional Esporte Clube Cabo Branco, em 1966

Confesso que bateu a nostalgia, a saudade dos meus tempos de folião, em que os carnavais de clube eram o foco principal do bom carnaval, tanto nos mais sofisticados como nos da periferia e nas escolas de samba.

O Esporte Clube Cabo Branco, década de 70

Ainda brinquei muito carnaval, já nos anos 70, no bom e velho clube Cabo Branco, onde também acontecia a prévia famosa "o vermelho e branco", no Miramar. Para a rapaziada "lisa"- da qual eu fazia parte, era o velho Ron Montilla (rum carta branca com coca-cola, duas gotas de limão e gelo - Cuba Libre) e "loló"  (um genérico da lança-perfume, por sinal proibido, mas já prescreveu e posso publicar😉).  Vez por outra visitávamos as mesas do pessoal da geração mais velha, mais abastada, para os cumprimentos de praxe, quando beliscávamos umas empadinhas de camarão, na base da "boca livre" (geralmente surrupiávamos algumas e levavamos nos bolsos na volta para a nossa mesa). A paquera rolava solta, embalada pelas maravilhosas marchinhas de carnaval que eram sucesso na época... Lembro da tristeza que sentíamos quando o dia amanhecia e a quarta-feira de cinzas mostrava a sua cara... Então a orquestra executava seu "Gran Finale": sinalizava o final da folia tocando o "frevo das vassourinhas" e todos pedíamos "bis" e eles repetiam e repetiam... mas ninguém queria ir embora para casa! 


O CORSO 

O "Corso", que ia da Praça do Bispo à Praça João Pessoa, fazendo a circular Duque de Caxias - Visconde de Pelotas, descendo a Padre Meira para contornar a Lagoa, retornando à Visconde de Pelotas pela Miguel Couto. O "Ponto de Cem Réis" o centro da folia.

Durante as tardes acontecia o "corso" - o desfile de automóveis com famoso "mela-mela" no centro da cidade e ao redor da "Lagoa" do parque Solon de Lucena, quando também se realizava o carnaval de rua com grandes multidões no "Ponto de Cem Réis". 

A folia de rua no "Ponto de Cem Réis"

Tudo muito espontâneo e muito diferente disso que acontece hoje - falo especificamente de João Pessoa, pois da década de 70 para cá temos no Brasil os excelentes desfiles das escolas de samba no Rio de Janeiro e São Paulo. Em Salvador foi-se o tempo do verdadeiro trio elétrico de Dodô e Osmar...  

Hoje, com raríssimas exceções de pequenos blocos espetaculares, o carnaval de rua é violência, barulho ensurdecedor, comércio e muito mau gosto.

Mas era à noite, nos clubes, que acontecia o verdadeiro e bom carnaval, nos anos 60 - sem violência, com muito romantismo, confetes, serpentinas e muita "lança-perfume"!

Hoje em dia é mais seguro os foliões  andarem sempre em grupos, pois o "pau" que mais tem é malandro e ladrão... cabras safados e tarados na multidão.
E "NÃO É NÃO!

Acima, no bloco "Concentra Mas Não Sai", no Bessa, em 2017.