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A ARTE PRIMEVA DA HUMANIDADE: XAMÃ - PINTURA E FÉ NA CAVERNA!

segunda-feira, 2 de agosto de 2021

PESTE E FOGO NA TERRA BRASILIS

BRASÍLIA EM CHAMAS: ARTE E PREMONIÇÃO

Brasília ainda está em chamas e o fogaréu espalhou-se por todo o país; mas o calor e a luz do fogo despertarão e iluminarão a Themis - livrando-a da escuridão para que enfim salve a nossa Nação das garras ignóbeis da barbárie e da ignorância do obscurantismo dessa escória que reúne o que há de pior e mais repugnante no Brasil.

Que a honradez e a valentia do nosso povo, do brasileiro comum, trabalhador e desbravador - aqui representado na belíssima escultura "Os Guerreiros", mais conhecida como Os Candangos, de Bruno Giorgi - consigam reconstruir essa Nação, que, mesmo estando em chamas, enfrentando com dificuldade uma terrível peste e comandada por um governo desqualificado e cruel, conta com a esperança da Phoenix e das Asas Brancas, apoiada pelo braço justo e forte da Themis. Que as chamas exterminem as pragas atuais e afastem as novas que lá pretendam se instalar, iluminando a cena para a Themis sair da escuridão e agir...

A obra em andamento, na tranquilidade da caverna...

Brasília ainda "está em chamas" e o "fogaréu" espalhou-se por todo o país. Mas o calor e a luz do fogo despertarão e iluminarão a Themis - livrando-a da escuridão para que enfim salve a nossa Nação das garras ignóbeis e perversas da barbárie e da ignorância do obscurantismo da escória fanática que representa e reune o que há de pior e mais repugnante no Brasil - quiçá da humanidade.

Urge providências para a preservação da democracia, das nossas Instituições, constantemente ameaçadas por uma gente cruel e inescrupulosa que pretende transformar nosso país em um feudo, em uma tirania nazifascista armada com a conivência de maus militares, de milicianos - liderados por esse péssimo inquilino do palácio do planalto.

As Instituições são garantidas e garantidoras da Constituição - fundamento de uma democracia - e devem continuar fortes; sem elas, é a anarquia geral, o caos e a consequente instalação de regimes de orientação nazifascista - desejo de muita gente ruim que desconhece ou finge ignorar o mal terrível que essas políticas tiranas causaram à humanidade na segunda guerra mundial (as mortes de civis totalizaram 50 a 55 milhões; as mortes militares de todas as causas totalizaram 21 a 25 milhões, incluindo mortes em cativeiro de cerca de 5 milhões de prisioneiros de guerra; 6 milhões de judeus civis torturados e assassinados, nas cidades e em campos de concentração). O defeito não está nas Instituições nem no nosso sistema eleitoral: quem não presta é a maioria de candidatos eleitos e os seus eleitores oportunistas e/ou idiotas. 

Quem precisa mudar é o eleitor, escolhendo melhor e deixando de eleger patifes e desqualificados - estes sendo impedidos de se candidatarem por uma lei eleitoral mais rigorosa e aqueles tendo seus títulos cassados através de um recenseamento com testes psicotécnicos rigorosos que excluam psicopatas e idiotas - tanto como eleitores quanto como candidatos (1).

A pintura é de 2014, mas "o incêndio" continua...
Na imagem: Pintura de Bruno Steinbach: "Brasília em Chamas". Painel em acrílica/tela, medindo 150 x 250 cm.13 de outubro de 2014, Parahyba, Brasil. Encomenda de Inaldo Leitão, Brasília - DF.

Veja o vídeo com o andamento da obra:


O CRETINO, DEMOCRACIA, VOTOS E OS IDIOTAS

(1) Está na hora de idiotas voltarem ao seu histórico e milenar lugar: a passiva e anônima insignificância. O ideal para uma democracia saudável seria um recadastramento eleitoral (para eleitores e para candidatos - estes sendo submetidos a critérios rigorosos antes de terem suas candidaturas homologadas pela justiça eleitoral), com um teste psicotécnico sutil e muitíssimo bem elaborado para "identificar" todo tipo de idiotas e cretinos - terraplanistas, negacionistas, obscurantistas religiosos fanáticos, misóginos, homofóbicos, racistas, fascistas, cafajestes... e sociopatas violentos, brucutus truculentos que não evoluíram, ficando no estágio da barbárie (estes devem ser mantidos sob controle rígido para a preservação de todos)... enfim, toda essa escória a quem a internet deu voz, que teriam seus títulos eleitorais cassados... pois idiota votando ou sendo eleito só faz merda (como essa que estamos vivendo agora). 

Há também aqueles idiotas cretinos com conhecimento e coleção de títulos bem expostos - alguns emolduram e dependuram na parede... mas esses idiotas esnobes são minoria, e por serem esnobes não se misturam com a plebe rude. Os idiotas votam em cretinos - aqueles canalhas espertalhões que se passam por idiotas para terem os seus votos. 

Quanto aos ministros do STF (que são colocados lá por presidentes da República) tenho a opinião que deveriam ser eleitos por membros do próprio Poder Judiciário - que escolheriam criteriosamente os candidatos entre os desembargadores já próximos da aposentadoria, de notável saber e biografia ilibada, oriundos da magistratura, por um período não superior ao de um Senador da República - que deveria ter o mandato reduzido a 5 anos (como também o do Presidente da República, deputados federais e estaduais, prefeitos e vereadores - em uma única eleição). Semelhante procedimento para a escolha do Procurador Geral da República, escolhido entre os membros do Ministério Público e eleito por seus pares - quando então seriam aposentados; para a Advocacia Geral da União, aí sim o presidente escolheria obrigatoriamente de uma lista tríplice de advogados militantes formulada pela OAB. Tudo isso dificultaria apadrinhamentos e etc.

Ou tomamos de volta as rédeas da Nação ou voltaremos aos obscuros tempos da barbárie.

O IDIOTA NA ÓTICA DE NELSON RODRIGUES


Fiz uma "mistureba" de vários textos originais para encurtar um pouco, mantendo as mesmas palavras e o mesmo contexto:

"A maior desgraça da democracia é que ela traz à tona a força numérica dos idiotas, que são a maioria da humanidade. O próprio líder deixou de ser uma seleção. Hoje, os cretinos exigem a liderança de outro cretino... e elegem até presidentes".

"Até o século XIX, o idiota era apenas o idiota e como tal se comportava. E o primeiro a saber-se idiota era o próprio idiota. Não tinha ilusões. Julgando-se um inepto nato e hereditário, jamais se atreveu a mover uma palha, ou tirar uma cadeira do lugar. Em 50, 100 ou 200 mil anos, nunca um idiota ousou questionar os valores da vida. Simplesmente, não pensava. Os ‘melhores’ pensavam por ele, sentiam por ele, decidiam por ele... No passado, eram os “melhores” que faziam os usos, os costumes, os valores, as ideias, os sentimentos etc. etc. 

Perguntará alguém: “E que fazia o idiota?” Resposta: fazia filhos. Mas vejam: o idiota como tal se comportava. Sim, na rua, passava rente às paredes, gaguejante de humildade. Sabia-se idiota e estava ciente da própria inépcia. Só os “melhores” sentiam, pensavam, e só eles tinham as grandes esposas, as lindas amantes e “os mais belos interiores” para Manchete fotografar. E quando um deles morria, logo os idiotas tratavam de chorar, velar e florir o gênio. 

E, de repente, tudo mudou. Após milênios de passividade abjeta, o idiota descobriu a própria superioridade numérica. Multidões, jamais concebidas, começaram a rosnar. Estes descobriram que são em maior número e sentiram a embriaguez da onipotência numérica. E, então, aquele sujeito que, há 500 mil anos, limitava-se a babar na gravata, passou a existir socialmente, economicamente, politicamente, culturalmente etc. Houve, em toda parte, a explosão triunfal dos idiotas. Os “melhores” se juntaram em pequenas minorias, acuadas, batidas, apavoradas. O imbecil, que falava baixinho, passou a esbravejar; ele, que apenas fazia filhos, deu para pensar. Pela primeira vez, o idiota é artista plástico, é cientista, sociólogo, romancista, cineasta, dramaturgo, prêmio Nobel, sacerdote. Aprende, sabe, ensina. 

Em nossa época, ninguém faz nada, ninguém é nada, sem o apoio dos cretinos de ambos os sexos. Sem esse apoio, o sujeito não existe, simplesmente não existe. E, para sobreviver, o intelectual, o santo ou o herói precisa de fingir-se idiota.

A maior desgraça da democracia é que ela traz à tona a força numérica dos idiotas, que são a maioria da humanidade. O próprio líder deixou de ser uma seleção. Hoje, os cretinos exigem a liderança de outro cretino.

Os idiotas vão tomar conta do mundo; não pela capacidade, mas pela quantidade. Eles são muitos."

(Nelson Rodrigues)

Nota de rodapé:

Não me refiro ao tipo de idiota como o personagem Lev Nikolayevich Mishkin, o protagonista da história do genial escritor Fyodor Dostoievski, que era considerado um tolo por ser uma pessoa pura, boa, honesta, simpática e agradável. 
Me refiro aqui ao idiota no sentido coloquial atual do termo - sujeito imbecil, ignorante, medíocre, obscuro, vulgar... ou cretino, cafajeste, canalha (o sujeito pode ser um idiota cretino e não ser ignorante, podendo até ter vários títulos - conheço muitos). E há nessa subespécie também os sociopatas, violentos brucutus que não evoluíram, ficando no estágio da barbárie (estes devem ser mantidos sob controle rígido para a preservação de todos)... e os falsos cristãos que lotam as igrejas e templos (com raríssimas exceções) sem seguirem uma linha do que Jesus pregava e fazia - e certamente o chamariam de "esquerdopata" se fossem seus contemporâneos, pois entre outras coisas, como chicotear os mercadores no templo, Ele disse: "É mais fácil um camelo passar pelo buraco da agulha que um rico entrar no Reino do Céu".


MINHA HISTÓRIA EM POUCAS LINHAS 


Perdi a minha mãe com 6 anos de idade, quase 7. Um dia, com 16 anos, apesar de nunca ter sido reprovado na escola, não me enquadrava na rígida disciplina do velho Isaias, meu pai... me revoltei e fui morar escondido numa boate próxima de onde veraneávamos e que os empregados eram meus amigos. Nunca comi tanto camarão à romana, arroz à grega, purê e batatas fritas - as sobras das mesas - como nessa época... (tudo devidamente "reciclado" pelo cozinheiro chefe Zé e acompanhados por Campari ou "Hi-Fi"). Mas tinha que esperar a boate fechar para poder comer e dormir - e "dar no pé logo cedo". Era no antigo "Marisco", à beira-mar da praia do Cabo Branco. 
Não reclamei...

Dias depois, informada pelo porteiro do edifício, a família descobriu onde eu estava e me colocou para morar com minha irmã mais velha, onde fui muito bem recebido...
Eram os anos de chumbo da ditadura cívico-militar, mas não me atingiram diretamente pois a família era influente. Mas convivi com artistas e intelectuais o suficiente para saber dos absurdos que eram cometidos pelo regime. 
Protestei, mas não reclamei...

Aos 17 anos de idade, já havia feito o exame vestibular e fui dispensado do serviço militar (NPOR) por excesso de contingente; em 1976 o serviço militar era obrigatório e muito rigoroso. Orientado por um sargento amigo que entendeu os meus motivos para não querer servir ao exército à época, depois de muita insistência minha para encontrar uma maneira de escapar da desagradável "missão", fui encaminhado com a sua ajuda para fazer os exames para o NPOR - pois preenchia os requisitos para aspirante a oficial (fiz o primeiro vestibular com 17 anos de idade). Ele me disse que eu deveria ser reprovado na prova escrita de conhecimentos gerais... nesse meio tempo, a tropa de recrutas "zero" (soldados rasos) já estaria formada e eu seria então dispensado por excesso de contingente. Assim eu procedi: fui aprovado nos rigorosos testes de aptidão física, no psicotécnico (incluindo questões de geometria espacial) mas propositadamente fiz uma péssima prova de conhecimentos gerais (o que gerou um comentário maldoso de um capitão, ironizando sobre o fato de ser aprovado no vestibular e cometer erros tão crassos nas provas dali), sendo enfim dispensado por excesso de contingente, pois a "tropa" de recrutas já estava selecionada (cronogramas diferentes) como me dissera o sargento - e assim, com esse estratagema, escapei de virar milico de ditadura.
Comecei a trabalhar como vendedor de seguros sem vínculo empregatício, por comissão. Foi quando me envolvi "com gente que não presta" - segundo eles - e deu problema; um irmão pegou uns baseados de maconha na minha pasta que usava no trabalho como vendedor de seguros... Quase me crucificaram, mandaram que eu saísse do emprego, foram lá, um ba-fá-fá da moléstia... mas não reclamei...

Aí, de um pinote, resolvi morar numa pensão. Morando só e trabalhando - dava aulas de Educação Artística em dois colégios (à época não existia o curso universitário da disciplina e qualquer artista podia dar essas aulas. Como era menor de idade, era uma coisa meio informal - vendia apostilas para os alunos, rodadas em mimiógrafos, nos horários vagos, com autorização da generosíssima diretora, pois não podia receber salário que o colégio era Estadual e eu não tinha idade nem vínculo - enquanto aguardávamos autorização do governo, que não veio e tive que deixar o "emprego". Logo depois fui trabalhar como "boy" na clínica de um irmão médico (aí já tinha 18 anos e carteira profissional assinada). E ainda estudava na UFPB, no curso de Licenciatura Plena em Letras. 
Com apenas 19 anos terminei casando - a maior merda que fiz, pois abri mão de uma bolsa em Connecticut (USA) para ficar aqui e casar. Passei em um concurso público e fui trabalhar no Conselho Estadual de Cultura, como bibliotecário - ou assessor de pôrra nenhuma. O casamento durou pouco, não deu certo, apesar da maravilha de filha que brotou dessa besteira. Abandonei a merda de emprego e estava vivendo apenas de pintura e a coisa não foi fácil: era como vender capim pra macaco e banana pra burro. A mulher foi embora para a França e eu comi tudo que era mulher que aparecia na minha frente. Casei novamente várias vezes, tive outros filhos, enviuvei... ganhei dinheiro e aproveitei a vida que a minha juventude me proporcionava. 
Não reclamei...

Preso em flagrante, fui solto no mesmo dia por "habeas corpus" e fiquei respondendo um tumultuado processo - atacado diariamente por matérias pagas nos veículos de informação locais, o que motivou a decretação da minha prisão preventiva. Dei nos calos e passei 8 meses escondido numa praia quase deserta do Rio Grande do Norte e depois numa fazenda perto de Campina Grande... até a Câmara Criminal do Tribunal de Justiça da Paraíba me conceder um "Habeas Corpus" preventivo, quando então me apresentei para responder pelos meus atos. Poderia ter ido embora para a Alemanha, no período em que estive "na sombra" - lá eu estaria seguro legalmente e jamais seria extraditado, pois meu avô materno era alemão; mas, em comum acordo com a minha família - que me garantiu segurança em caso de prisão e a defesa legal, resolvi enfrentar a situação. Na segunda audiência fui enviado por um juiz auxiliar para a prisão, contrariando o habeas corpus preventivo concedido pelos desembargadores, antes do julgamento, sob a alegação de "comoção pública", pois havia à época uma "cruzada contra a violência", movimento de familiares e abelhudos para desengavetar processos criminais - cujos alvos "reais" eram outros criminosos, ricos e influentes... mas eu fui um bom "bode expiatório" (os outros nunca foram nem a julgamento, até hoje). Em 1989 fui a juri popular e condenado a 28 anos de prisão, pois a tese da legítima defesa não fora considerada no único juri a que fui submetido, quando deveria ter ido a novo julgamento - mas já estava condenado pela mídia venal.
E ainda assim não reclamei...

Lutei pelos meus direitos e consegui cumprir a pena sendo respeitado por presos e carcereiros. Nunca sofri abusos nem maus tratos, além dos usuais: péssimas instalações, superpopulação carcerária, convivência forçada com vizinhos da pior espécie e um serviço de saúde e alimentação péssimos... a que sobrevivi com o mínimo de dignidade, trabalhando e colocando presos para trabalharem em um atelier que montei com recursos de amigos (nada do Estado nem da "Justiça", que só colocavam dificuldades, chamando de mordomia, pois tinha geladeira, televisão, "morava" só e minha comida vinha de fora, trazida pela companheira na época, todos os dias... uma heroína). Mas errei... tinha que pagar pelo erro.
Então não reclamei...

Cumpri parte da pena em regime fechado no Presídio do Róger, sendo 6 meses no Presídio de Segurança Máxima como castigo por fazer críticas à Vara das Execuções penais e ao sistema penitenciário, aqui em João Pessoa-PB. Então consegui, com muito esforço, a progressão para o regime semi-aberto e a transferência para o presídio agrícola de Mossoró-RN, conseguindo o trabalho externo no meu atelier e o livramento condicional. Naquela cidade, fui tratado com respeito e carinho por todos com quem convivi: autoridades, parentes, jornalistas e amigos - que me ajudaram a fazer uma grande exposição no Museu Municipal de Mossoró e depois na Capitania das Artes, em Natal (Nômades Amantes do Tempo). Em 2000 me foi concedido pelo juíz competente com o aval favorável do Ministério Público o indulto por cumprimento da pena, baseado em decreto do Presidente Fernando Henrique Cardoso - quase dez anos depois de preso.
Claro que não reclamei...

Aí veio o câncer (castigo, será?). Enfrentei com um Anjo médico amigo e estamos vencendo... e não reclamei...

Aí os anos passaram, envelheci, sem dever nada a ninguém e também sem amealhar nenhuma riqueza material - nada... . Meu único tesouro que consegui foi a memória de uma vida mutíssimo intensa e honesta, filhos e netas maravilhosos e um corpo de obra de mais de 500 pinturas, desenhos e gravuras espalhadas em coleções particulares e em acervos importantes - além de suas imagens estarem disponíveis gratuitamente na internet para qualquer pessoa do mundo inteiro, através dos nossos muitíssimo bem elaborados sítios virtuais. Abaixo, o principal deles, ponto de partida para tudo que fiz em quase meio século de atividade artística, para quem quiser dar uma espiada:
https://brunosteinbach.blogspot.com/
Então, como não estamos no céu, continuei sem reclamar...

Mas agora não dá mais para ficar sem reclamar, diante da ameaça de extinção que todos estamos passíveis com esse bufão desequilibrado entregando de bandeja a Amazônia e o pré-sal para gente muito ruim e gananciosa. Me dá nojo ver esse desgoverno cretino fazer vista grossa para as queimadas na Amazônia e no Pantanal matogrossense,  à serviço dos latifundiários, grandes mineradores, da especulação imobiliária, de interesses econômicos predadores de todo tipo... Ver o Palácio do Planalto ocupado por essa gente hipócrita e inculta, que odeia artistas e cultura, orientada por uma porcaria de guru picareta mau-caráter, apoiada pelo que há de pior e de mais obscurantista na nossa sociedade... é demais! Talvez eu tenha sobrevivido a tudo isso para reclamar desse sacana que os idiotas e os oportunistas colocaram no poder, gente que apoia sua agenda social reacionária: fundamentalistas evangélicos, racistas, homofóbicos e fãs da ditadura. Talvez eu possa juntar a minha pequena voz à de todos os descontentes e quiçá consigamos formar um grande coral contra esses ignóbeis - o que me lembra a fábula do beija-flor tentando apagar o incêndio da floresta carregando gotículas no bico, fazendo a sua parte, enquanto o bicho preguiça zombava...

Agora RECLAMO desse Brasil de idiotas negacionistas dominado por cretinos e liderado por um presidente malvado, tosco, ignorante, hipócrita, sacana, miliciano e mentiroso que desejo com todas as forças que volte para as profundezas do inferno de onde nunca deveria ter saído. Se existe um anticristo, é o capetão Bozo - treinado pelo marqueteiro do diabo chamado "Steve" Bannon e pelo guru de meia-tigela lá da Virgínia. Reclamo desse Brasil que odeia arte e nega a Ciência e a História... desse país de idiotas ignorantes  que a internet deu voz.

Como diz o verso de Augusto dos Anjos:
"Que o meu grito seja a revelação desse infinito que trago encarcerado em minh'alma"