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A ARTE PRIMEVA DA HUMANIDADE: XAMÃ - PINTURA E FÉ NA CAVERNA!

sábado, 29 de novembro de 2008

Soneto de Fidelidade

© 2001 Bruno Steinbach - Todos os direitos reservados.
De tudo, ao meu amor serei atento
Antes, e com tal zelo, e sempre, e tanto
Que mesmo em face do maior encanto
Dele se encante mais meu pensamento

Quero vivê-lo em cada vão momento
E em seu louvor hei de espalhar meu canto
E rir meu riso e derramar meu pranto
Ao seu pesar ou seu contentamento

E assim quando mais tarde me procure
Quem sabe a morte, angústia de quem vive
Quem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa lhe dizer do amor (que tive):
Que não seja imortal, posto que é chama
Mas que seja infinito enquanto dure

Vinicius de Moraes

terça-feira, 25 de novembro de 2008

JOSÉ




© 1989 Bruno Steinbach - Todos os direitos reservados.

José

E agora, José? A festa acabou, a luz apagou, o povo sumiu, a noite esfriou, e agora, José? E agora, você? Você que é sem nome, que zomba dos outros, você que faz versos, que ama, protesta?
E agora, José?
Está sem mulher, está sem discurso, está sem carinho, já não pode beber, já não pode fumar, cuspir já não pode, a noite esfriou, o dia não veio, o bonde não veio, o riso não veio, não veio a utopia e tudo acabou e tudo fugiu e tudo mofou, e agora, José?
E agora, José?
Sua doce palavra, seu instante de febre, sua gula e jejum, sua biblioteca, sua lavra de ouro, seu terno de vidro, sua incoerência, seu ódio – e agora?
Com a chave na mão quer abrir a porta, não existe porta; quer morrer no mar, mas o mar secou; quer ir para Minas, Minas não há mais.
José, e agora?
Se você gritasse, se você gemesse, se você tocasse a valsa vienense, se você dormisse, se você cansasse, se você morresse...
Mas você não morre,você é duro, José!
Sozinho no escuro qual bicho-do-mato, sem teogonia, sem parede nua para se encostar, sem cavalo preto que fuja a galope, você marcha, José!

José, para onde?


Carlos Drummond de Andrade




domingo, 23 de novembro de 2008

CABO BRANCO

Imagem: Bruno Steinbach. "Cabo Branco 7". Infogravura/esboço, Parahyba, Brasil. 2008.

CABO BRANCO

Extremo Cabo Branco

estanho trampolim

ao contemplar o atlântico

o mar mergulha em mim

Lúcio Lins