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A ARTE PRIMEVA DA HUMANIDADE: XAMÃ - PINTURA E FÉ NA CAVERNA!

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quinta-feira, 15 de junho de 2023

A CULTURA ENRIQUECE

Saber ou não saber ver: esta é a questão

Relíquias no armário: a descoberta de obras primas de mestres da pintura esquecidas em sótãos ou depósitos por pessoas ignorantes do seu alto valor artístico e financeiro, obras são resgatadas por pessoas esclarecidas - que ficam milionárias (às vezes por espertalhões) e voltam a ser exibidas ao público.

“O Prado de Van Gogh, com Igreja Nova ao Fundo” 
(aquarela de Vincent Van Gogh)

Um colecionador comprou por uma ninharia a aquarela “O Prado de Van Gogh, com Igreja Nova ao Fundo” (aquarela de Vincent Van Gogh) e a cedeu em comodato ao Museu de Arte Moderna de Saitama, em Tóquio. Datada de 1882, a obra ficou esquecida em um sótão durante anos e, mais tarde, chegou a ser vendida como quinquilharia por um carpinteiro ignorante que desconhecera o enorme valor do verdadeiro tesouro herdado de alguém e que estava jogado num canto qualquer...

Já o sujeito culto e que valoriza a arte - além da riqueza intelectual e espiritual que acumula - pode ficar milionário quando descobre uma dessas obras de arte, que valem milhões, desdenhada e ignorada pelos demais herdeiros incultos de um espólio.

Poderia escrever dezenas de páginas narrando histórias semelhantes às que contei acima... Exemplos opostos do que a ignorância e o saber podem causar. 

Moral da história: a cultura enriquece o ser humano!


Veja a história dessa obra de arte segundo a publicação de Amanda Capuano na revista Veja:


Aquarela de Van Gogh esquecida em sótão é revelada no Japão

Obra que teve uma trajetória tortuosa (e inacreditável) só havia sido exibida uma única vez, em 1903, e não tinha registros em cores até então

(por Amanda Capuano - Atualizado em 16 jul 2021, 18h37 - Publicado em 16 jul 2021, 18h20)

Uma aquarela de Van Gogh exibida apenas uma vez, em 1903, e fotografada somente em preto e branco até então, foi comprada por um colecionador japonês e emprestada ao acervo do Museu de Arte Moderna de Saitama, em Tóquio. Nessa sexta-feira, 16, o site especializado The Art Newspaper compartilhou uma imagem inédita da pintura em cores, batizada de O Prado de Van Gogh, com Igreja Nova ao Fundo. A publicação ainda compartilhou uma curiosa história sobre a jornada da obra até o museu japonês, narrada por Martin Bailey, especialista no pintor holandês.


Segundo o texto, Vincent Van Gogh (1853-1890) pintou a aquarela em questão na região de Schenkweg, uma estrada a leste de Haia e próxima à casa onde ele dividia o quarto com a namorada Sien Hoornik, uma ex-prostituta e musa inspiradora. Quando se mudou para a vila dos pais, em 1884, levou os trabalhos feitos em Haia, mas acabou por deixá-los para trás em um caixote de madeira dois anos depois, quando foi embora da cidade. Em 1886, sua mãe se mudou para Breda, e levou o caixote consigo, mas, como a casa era pequena, ela deixou os pertences do filho com um carpinteiro local, Adrianus Schrauwen, que trancou a caixa no sótão depois de identificar uma infestação de cupins.

Anos depois, Schrauwen finalmente abriu o caixote abandonado, e deparou com pastas repletas de desenhos, aquarelas e reproduções. No ano que se seguiu, em 1903, as obras de Van Gogh empreenderam uma saga quase inacreditável. Primeiro, o carpinteiro achou que seria uma boa ideia se livrar delas junto com seus utensílios de cozinha, e vendeu tudo por 4 xelins britânicos, o equivalente a 15 libras esterlinas em cotação atual.

Em um segundo momento, o comprador, Johannes Couvreur, um negociante de móveis usados, guardou o caixote em uma adega, e revendeu algumas obras “na pechincha”, por poucos centavos. Parte delas foi parar nas mãos do dono de uma loja de roupas, Kees Mouwen, que repassou as peças para a negociadora de arte Margareta Oldenzeel – que, finalmente, percebeu o que tinha em mãos.

Consciente de sua aquisição, Oldenzeel realizou três exposições das obras de Van Gogh em 1903, uma das quais incluía O Prado de Van Gogh, com Igreja Nova ao Fundo agora sob gestão do museu japonês. Na ocasião, a aquarela foi vendida por 105 florins (9 libras esterlinas) e, posteriormente, passada a três colecionadores holandeses na primeira metade do século XX.

De 1950 para cá, não se sabe exatamente por onde a aquarela andou, mas ela foi comprada em setembro do ano passado por um colecionador que se acredita ser Katsushige Susaki, diretor do Marunuma Art Park, que fez um empréstimo de longo prazo para o museu Saitama, que agora detém a obra em seu acervo.
Datada de 1882, a pintura retrata uma área rural nos arredores de Haia, na Holanda. A maior parte da cena é ocupada por campos, vacas e instrumentos agrícolas, mas é possível ver a cidade se impondo ao fundo, onde se identifica a torre da Nieuwe Kirk (Igreja Nova) e a Igreja de St Jacob. As duas construções aparecem com mais detalhes em outra aquarela do holandês, batizada de Vista de Haia com a nova Igreja.
 


domingo, 4 de novembro de 2018

ARTE: CULTURA E MERCADO

Ultimamente nós artistas somos o alvo predileto dos incultos emergentes nesse circo de horrores que se tornou o Brasil.
Não somos ladrões, não somos corruptos. Os ladrões estão deitados nas camas da escória hipócrita que nos ofende e denigre. Os desvios de conduta na Lei Rouanet - que tanto nos culpam esses desinformados estúpidos, aconteceram pelo conluio de alguns produtores culturais desonestos e grandes empresas patrocinadoras, com a conivência - por inépcia e/ou corrupção - de burocratas do Ministério da Cultura que não efetuaram uma fiscalização eficaz ou aprovaram projetos absurdos. Apesar da citada lei ter sido criada com o intuito de auxiliar artistas com pouca visibilidade, na prática as coisas funcionam bem diferente: as grandes empresas patrocinadoras já têm os seus artistas prediletos em seus projetos prontos, que apresentam através de produtores culturais "laranjas". Artistas apadrinhados políticos também se beneficiam - apesar de serem os que menos recebem desse bolo.. Aí todos já conhecemos a história: desvios de objetivos e projetos estapafúrdios sendo aprovados pelo Minc, sem a devida fiscalização da execução, num grande conluio de "boca livre". Mas isso não justifica essa generalização que nos inclui - os artistas honestos, que somos a maioria - nessa safadeza. Nós nada temos a ver com isso.
Também não somos inúteis; com a nossa alquimia - como mensageiros e interpretes do mundo espiritual, nós zelamos, alegramos e embelezamos o mundo com a materialização da nossa Arte. Economicamente somos responsáveis por uma gama de atividades ´que movimenta capital e gera impostos (veja mais abaixo).
Respeite o Artista - ou vá para a ponte que caiu!

Bruno Steinbach. "A mulher e o quadro".
Óleo/tela, 90x120 cm, 1990, Presídio do Róger, João Pessoa, Paraíba, Brasil.
Coleção: Leonardo Fontes Silva, João Pessoa, Paraíba, Brasil.
Uma obra de arte é uma maravilha: Não polui, gera empregos, cultura e renda; alimenta a alma e valoriza com o passar do tempo. Vale mais que camionetes ou sofás.

Para quem não sabia, a arte movimenta capital e gera impostos mais que a indústria automobilística - empregando mais gente. Mantém editoras especializadas, fábricas e lojas de material técnico, gráficas, galerias de arte, museus, instituições culturais, seguradoras, financeiras, transportadoras, artesãos, moldureiros... e nós outros - os artistas, responsáveis por tudo acontecer, oferecendo beleza, esclarecimento e entretenimento para as pessoas. Quando alguém compra uma obra de arte - a boa e velha pintura de cavalete, uma gravura, um desenho, uma escultura, uma cerâmica - está alimentando toda essa cadeia produtiva. Não tem nada de inútil e nem de supérfluo - ao contrário de inúmeras porcarias "conceituais" financiadas que andam soltas por aí. Deve zelar por ela, pois a arte não tem dono - apenas tutor, pois se compra o objeto e não a imagem - a propriedade intelectual, que é do artista e da humanidade.

Enfim, permitindo-me o uso do lugar-comum, nada substitui o talento, o dom da artesania - por mais que os infiéis tentem... Essa sabedoria em manipular corretamente os materiais é o que nos torna alquimistas, intérpretes do divino, responsáveis pela materialização do mundo espiritual, Xamãs. O resto é conversa fiada.

Infelizmente, pouquíssima gente metida a besta sabe disso; hoje em dia, principalmente nas bandas de cá, a maioria dos "projetos" de interiores visa a colocação de objetos industrializados, com suas paredes patinadas ou com frisos e reentrâncias, praticamente impossibilitando a aposição de uma obra de arte, numa obscura falta de conhecimento e de respeito com os artistas da terra.


ARTE NÃO É MERCADORIA DE PRATELEIRA


Nesse universo da arte existem indivíduos arrogantes o bastante para se acharem com o poder de certificarem o que é bom e o que é ruim no mundo das artes plásticas, chegando ao absurdo de publicarem anualmente livros com a cotação das obras, como se isso fosse um "selo" de qualidade indiscutível, como se tivessem um dom Divino para colocar "códigos de barras" em obras de arte. Eu acredito que eles receberam um dom, mas do diabo. E com esse "dom" fazem as suas oportunistas manipulações estético-financeiras, associados a alguns críticos, galeristas e leiloeiros, todos enriquecendo com os pagamentos que lhes aprazam, seja prestígio, poder ou capital.
E há tolos que embarcam nessa viagem, tanto entre os colecionadores como entre os próprios artistas - muitos deles recorrendo à bajulação para fazerem parte dessas listas fatídicas, dando ainda mais poderes para esses mercenários. Menos eu, pois o que tenho para esse tipo de gente é desprezo... Arte não é investimento financeiro. Quem quer fazer isso deve comprar terrenos e ouro. A maior prova dessa malvada manipulação de um perverso mercado de arte é a obra de Van Gogh - que nunca conseguiu vender sequer um quadro em vida, quando seus críticos contemporâneos não lhe davam o menor valor, coitado - e hoje enriquece esses aproveitadores.
Arte não é mercadoria de prateleira! Arte é um alimento para a alma!

JANELA LÚDICA

Uma obra de arte é uma janela lúdica que te suga através do frio muro da realidade e te eleva para a terra do nunca. Um portal por onde podemos passar e levar os nossos sonhos para passear...

Bruno Steinbach. "Parahyba e Sanhauá, opus I". Óleo/tela, 100 x 120 cm. 2005.
Da série PARAHYBAVISTA - AGONIA E ÊXTASE.
Coleção: Desembargadora Maria de Fátima Bezerra Cavalcante Maranhão. Paraíba, Brasil.