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PARAHYBA    BRASIL    ABRIL   2024

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A ARTE PRIMEVA DA HUMANIDADE: XAMÃ - PINTURA E FÉ NA CAVERNA!

sábado, 8 de janeiro de 2022

OS VISITANTES ALADOS

"ELES PASSARÃO, EU PASSARINHO" (Mario Quintana)

Aqui na caverna é meio diferente... Gente imita passarinho que imita a gente. 
Aladinhos me visitam e vão-se embora, pois é o homem que na gaiola mora... 


Durante alguns anos fotografei os passarinhos que me visitavam com mais frequência, inclusive umas rolinhas que chegaram a morar aqui, onde fizeram ninhos e criaram dezenas de filhotes que vi saírem dos ovinhos, crescerem e voarem para a liberdade da Natureza (muitos vinham diariamente me visitar para lanchar os petiscos que eu colocava na varandinha... Era o dia inteiro de festa, com revoar e os chilreios das mais variadas espécies que me faziam companhia e me “twittavam” as fofocas do mundo... 
Essa turminha alada me acorda cedo, fazendo alarde e brincando sem medo.

Passarinho é desconfiado com gente, não chega muito perto...
Mas é muito curioso e traquino, 
bonito e buliçoso feito menino;
Quando estou pintando, fica espiando se faço tudo certo.


A confiança dessas inocentes criaturinhas me enternece. Deixam que me aproxime, em recíproca e acolhedora curiosidade.


É a minha seleta e barulhenta plateia, que gosta de ficar me espiando pintar, mostrando-me que com uma aprovação desse calibre nenhum artista deve ligar nem para a crítica nem para a opinião pública.
Ficam brincando chilreantes e curiosos, entram na caverna e deixam seus "presentinhos", que recebo com bom humor.


Me ensinam como ter boa saúde; eles não bebem álcool nem refrigerantes e não frequentam "Bob's" nem "McDonald's"; não fumam; gostam de folhas, frutas e grãos; voam, cantam, brincam e namoram muito...
Retribuo cuidando deles e deixando-os livres para voar, pois sei que sempre me visitarão, esteja onde estiver, pois são meus amiguinhos.
E amigos se guardam no fundo do peito.

Compartilho com muito prazer algumas fotos, vídeos e gravuras que produzi com esses visitantes maravilhosos. 


Fiz para vocês as imagens dessas criaturinhas maravilhosas, belas e livres. Compartilhem, copiem, façam o que quiserem. Mas, engaiolá-las jamais! 
Todos os direitos são reservados pela natureza. E nem ela nem os passarinhos pedirão nada em troca, apenas que os deixem livres... Liberado geral!

Bom proveito!

PS: para não gerar ciumeiras colocarei os nomes em ordem alfabética, fora da cronologia...

O vídeo é um pouco longo...
Mas vale as penas!


Ainda bem que aprendi a dar nó em pingo d’água e a conversar com passarinhos... eles sabem de tudo e contam tudo – basta prestar atenção! 
O dia que Aparecida apareceu e me encantou... Ela caiu do ninho e estava perdida no parque aqui do condomínio; então eu a levei para a caverna e cuidei dela até ela voar e ir cuidar da própria vida...


Esse camarada altivo e bonitão não chega muito perto. Mas logo cedo avisa a vizinhança que está me vendo bem... 
Costuma ainda ficar no alto do bloco defronte, espiando para minha janela e para minha varandinha; acredito que ele aparecia por aqui, escondido, para pegar uma garapinha ou beliscar uma frutinha... mas não me dava intimidade...


Ela chegou de repente, assustada talvez com alguma gente ruim. 
Voou pela caverna inteira; brincou de pega-pega comigo, entrou no meu quarto e pousou no meu chapéu - cria juízo, menina!
E gosta de arte, visse! Saiu pousando nos quadros, um por um... 
Será que é um aviso que vem grana por aí? 
É Bem-vinda. E é linda! 


Gente de bem faz negócios assim, na confiança. Que sorte a minha de ter a confiança de amigos e amigas tão adoráveis! Este é Enoque, o beija-flor "tesoura" que morava aqui por perto. Às vezes sumia uns tempos, mas sempre voltava e ficava por aqui, como se estivesse se recuperando das batalhas pela sobrevivência na natureza. 
Era meio briguento e arisco, se achava o dono do pedaço: era muito arengueiro, ficava afugentando os outros passarinhos com seu estridente "tic-tac"... e até me olhava de cara feia, no início, querendo disputar a caverna comigo. Depois nos entendemos, cada qual no seu degrau (rss). 
Sempre me visitava, para saborear a cuidadosa “garapa” (preparada com água mineral dentro dos conformes) e passear pela caverna, olhando tudo, curioso. À tardinha, batia as asas e ia para sua casa em algumas dessas árvores aqui das redondezas... 
PS: Olha o detalhe da patinha no meu dedo. Fiz inúmeras fotografias e uma gravura dele.
Enoque, Mariazinha e Expedito, eram meus alegres e barulhentos amigos alados que sempre me visitavam. Me acordavam cedo (Zefinha não fazia barulho; era quietinha, já morava por aqui, onde fazia e refazia os seus ninhos - teve 25 ninhadas = 50 filhotes).

Expedito é desconfiado com gente, não chega muito perto... Mas é muito curioso e traquino, bonito e buliçoso feito menino; Quando estou pintando, fica espiando se faço tudo certo. É famoso, já estrelou até filme... 
Expedito já me achou na nova caverna! Chegou com sua curriola fazendo muita zoada (rss). Do jeito que são fofoqueiros, já devem ter dito para Zefinha o endereço. Questão de tempo para que ela volte a fazer seus ninhos por aqui. Quando pequeno, convivi uns tempos com minha avó paterna, que veio morar conosco - onde ficou, já velhinha, até morrer. Quando eu fazia alguma traquinagem, ela era sempre a primeira a saber. Espantado, perguntava-lhe como descobrira. Ela sempre respondia, com o olhar no horizonte: - "Um passarinho me contou". 
É, ninguém duvide da esperteza dos passarinhos. Por isso, sempre converso com eles... 


OLHA MARIAZINHA AÍ, GENTEEE!
Nossa princesinha linda, que me segue desde a outra caverna, juntamente com seu namoradinho Severino.
Ela reclamou que as fotos de Benvinda ficaram melhores que as dela, além de terem sido feitas primeiro...


Zefinha e Salatiel
Chegaram de mansinho, primeiro ela, muito desconfiada... Observava, espreitava; depois de muitas idas e vindas, decidiu se instalar aqui na varandinha da caverna. ZEFINHA é filha de Sebastiana, que nasceu na caverna anterior.

FAMÍLIA UNIDA


Salatiel marcando presença no ninho, talvez enciumado pela minha insistência em tirar "fotinhas" de Zefinha e dos bebês...
Ficou brabo, quando me aproximei... Mas depois amansou e mostrou-me os bebês, todo orgulhoso.
Se preocupa não, Salatiel... É só amizade.
Grande Salatiel, que reveza com Zefinha os cuidados com o ninho (característica dessas aves), inclusive chocando os filhotes, para que ela possa fazer sua aeróbica e ir eventualmente ao "toilette" (rss).


Salatiel sempre está nas proximidades; se sumir, alguma coisa ruim aconteceu com ele; pode ter sido abatido por algum sacana, para comê-lo como tira-gosto de cachaça.

A DOCE ZICA E O ENFEZADO TICO
Estes são da 22ª ninhada de Zefinha e Salatiel.


*Rolinha [Columbina talpacoti] Adapta-se aos ambientes artificiais criados pela ação humana. Vive em áreas abertas; o desmatamento facilitou sua expansão, em especial nas áreas formadas para pasto ou agricultura de grãos. Entrou nas grandes cidades das regiões sudeste e centro-oeste do Brasil; Alimenta-se de grãos encontrados no chão. Havendo alimento, reproduz-se o ano inteiro. O casal mantém um território de ninho, afastando as outras rolinhas de perto. O macho possui um canto monótono, de dois chamados graves e rápidos, repetidos continuamente por vários segundos. Os ninhos são pequenas tigelas de ramos e gravetos, feitos entre cipós ou galhos, bem fechados pelas ramadas do entorno. Postura de 2 ovos, chocados pelo macho e fêmea entre 11 e 13 dias. Os filhotes saem do ninho com no máximo 2 semanas de vida. O casal, às vezes dois dias depois, já inicia nova ninhada, quando as condições ambientais permitem. O filhote sai com traços da plumagem de cada sexo. O macho, com penas marrom avermelhadas (foto), cor dominante no corpo do adulto, em contraste com a cabeça, cinza azulada. A fêmea é toda parda. Nos dois sexos, sobre a asa uma série de pontos negros nas penas. Muito agressivas entre si, embora possam formar grupos, disputam alimentos e defendem territórios usando uma das asas para dar forte pancadas no oponente. Os machos são mais belicosos. Nas disputas ou quando tomam sol, deitadas de lado no chão e com a asa esticada para cima, mostram a grande área de penas negras sob a asa. Habitam as áreas abertas próximas das casas e áreas de pasto artificial. Podem ser observadas em comedouros artificiais com grãos. Às vezes, afastam aves maiores do comedouro a poder de golpes de asa.

O CONDE

Visitantes noturnos do ateliê: O Conde Drácula vegetariano!
Meu hóspede e companheiro noturno. Ele se acomodava em um quarto de depósito que havia no quintal; nessa época entre 2008 e 2013 morava numa casa grande no Castelo Branco cheio de cômodos Cruzeiro foi lá que morreu minha adorada cadela Dobermann Preta, picada por uma cobra coral para me defender, pois o réptil estava tentando entrar em casa. Ela matou a cobra mas foi picada e morreu pouco tempo depois... Foi uma das grandes tristezas da minha vida; enterrei-a lá mesmo no jardim.

E quem disse que fico sozinho à noite?
Esse camarada tem uma cara não muito simpática. E realmente é meio invocado, dorme de cabeça-pra-baixo, não é de muita conversa, não gosta de luz e nem de ser perturbado (nossa afinidade, gostar de sossego) e segue uma dieta de arrepiar. Mas, no fundo no fundo, é um boa praça também. Ele se encarregava de proteger-me de escorpiões e possíveis baratas (tanto que nunca vi uma por lá). 

Não é do tipo vampiro e tinha seu próprio quarto,  não perturbava ninguém (mas também não gosta de ser perturbado); tínhamos um acordo tácito de respeito mútuo: à noite, antes de sair para caçar seus insetos e beliscar suas frutas, efetuava vários sobrevôos ao meu redor e pela casa inteira como quem está conferindo se pode sair sossegado e me avisando que está de partida, e agora o plantão é meu...
As namoradas não apreciavam nem um pouco o sujeito, mas acabavam se habituando... Afinal, dormiam na mesma cama que eu...
E viva a beleza interior!


Espero que tenham gostado e se quiserem vejam mais...