ANTIGOS E BONS CARNAVAIS
QUE NÃO VOLTAM JAMAIS:
Ainda brinquei muito carnaval, já nos anos 70, no bom e velho clube Cabo Branco, onde também acontecia a prévia famosa "o vermelho e branco", no Miramar. Para a rapaziada "lisa"- da qual eu fazia parte, era o velho Ron Montilla (rum carta branca com coca-cola, duas gotas de limão e gelo - Cuba Libre) e "loló" (um genérico da lança-perfume, por sinal proibido, mas já prescreveu e posso publicar😉). Vez por outra visitávamos as mesas do pessoal da geração mais velha, mais abastada, para os cumprimentos de praxe, quando beliscávamos umas empadinhas de camarão, na base da "boca livre" (geralmente surrupiávamos algumas e levavamos nos bolsos na volta para a nossa mesa). A paquera rolava solta, embalada pelas maravilhosas marchinhas de carnaval que eram sucesso na época... Lembro da tristeza que sentíamos quando o dia amanhecia e a quarta-feira de cinzas mostrava a sua cara... Então a orquestra executava seu "Gran Finale": sinalizava o final da folia tocando o "frevo das vassourinhas" e todos pedíamos "bis" e eles repetiam e repetiam... mas ninguém queria ir embora para casa!
O CORSO
Tudo muito espontâneo e muito diferente disso que acontece hoje - falo especificamente de João Pessoa, pois da década de 70 para cá temos no Brasil os excelentes desfiles das escolas de samba no Rio de Janeiro e São Paulo. Em Salvador foi-se o tempo do verdadeiro trio elétrico de Dodô e Osmar...
Hoje, com raríssimas exceções de pequenos blocos espetaculares, o carnaval de rua é violência, barulho ensurdecedor, comércio e muito mau gosto.
Mas era à noite, nos clubes, que acontecia o verdadeiro e bom carnaval, nos anos 60 - sem violência, com muito romantismo, confetes, serpentinas e muita "lança-perfume"!
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