ARTE: CULTURA E MERCADO
NÃO SOMOS INÚTEIS!
Ultimamente nós artistas somos o alvo predileto dos incultos emergentes nesse circo de horrores que se tornou o Brasil.
Não somos ladrões, não somos corruptos. Os ladrões estão deitados nas camas da escória hipócrita que nos ofende e denigre. Os desvios de conduta na Lei Rouanet - que tanto nos culpam esses desinformados estúpidos, aconteceram pelo conluio de alguns produtores culturais desonestos e grandes empresas patrocinadoras, com a conivência - por inépcia, omissão e/ou corrupção - das instituições responsáveis que não efetuaram uma fiscalização eficaz ou aprovaram projetos absurdos. Apesar da citada lei ter sido criada com o intuito de auxiliar artistas com pouca visibilidade, na prática as coisas funcionam bem diferente: as grandes empresas patrocinadoras já têm os seus artistas prediletos em seus projetos prontos, que apresentam através de produtores culturais "laranjas". Artistas apadrinhados políticos também se beneficiam - apesar de serem os que menos recebem desse bolo. Aí todos já conhecemos a história: desvios de objetivos e projetos estapafúrdios sendo aprovados pelo antigo Minc, sem a devida fiscalização da execução, num grande conluio de "boca livre".
Mas isso não justifica essa generalização que nos inclui - os artistas honestos, que somos a maioria - nessa safadeza. Nós nada temos a ver com isso.
AFINAL, QUAL A "SERVENTIA" DOS ARTISTAS?
Para quem não sabia, foi um artista sumério quem inventou a roda, 3.500 anos antes de Cristo, ao construir um primitivo e tosco torno para fazer suas peças de cerâmica (modelo usado até hoje por certos artesãos, movido pelos pés). Para quem não sabia, foi outro artista (Leonardo Da Vinci) quem idealizou o submarino, o avião, o helicóptero e a "câmara escura" - ideia que depois veio a tornar-se a primitiva câmera fotográfica inventada por outro artista, Daguerre. Enfim, tantos e infindáveis exemplos...
Peça arqueológica representando um (oleiro sumério ou egípcio) |
Não, não somos inúteis. Com a nossa alquimia - como mensageiros e interpretes do mundo espiritual, nós zelamos, alegramos e embelezamos o mundo com a materialização da nossa Arte. Economicamente somos responsáveis por uma gama de atividades que movimenta capital e gera impostos. Uma obra de arte é uma maravilha: Não polui, gera empregos, cultura e renda; alimenta a alma e valoriza com o passar do tempo. Vale mais que camionetes ou sofás.
Para quem não sabia, a arte movimenta capital e gera impostos no Brasil mais que a indústria automobilística - empregando mais gente e ajudando a economia - da indústria ao pequeno agricultor familiar.
Mantém editoras especializadas, fábricas e lojas de material técnico, gráficas, galerias de arte, museus, instituições culturais, gravadoras, estúdios, casas de espetáculo, teatros, cinemas, seguradoras, financeiras, transportadoras, artesãos, moldureiros... e nós outros - os artistas, responsáveis por tudo acontecer, oferecendo beleza, esclarecimento e entretenimento para as pessoas.
Sim, nós ajudamos a carregar o Brasil (e o mundo) nas costas, tornando-os mais agradáveis e civilizados para todos.
Portanto, respeitem o Artista - ou vão para a ponte que caiu!
* Se quiser saber mais, vá espiar lá no bosque do nosso sítio (blog) e saia de lá mais sabido 🙂:
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