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quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Mar de óleo

Um texto de Léia Carvalho
Imagens: Bruno Steinbach (catálogo) Em uma tarde de domingo resolvi navegar um pouco. Sem embarcação adequada, em uma canoa emprestada, segui. Os remos eram meus, ao menos. Fui por mares completamente desconhecidos. Levada pelos meus remos. Cheguei a uma praia banhada a óleo. O mar era o mais lindo que eu podia ver, aquele óleo todo, fazia tudo aquilo ainda mais belo. Eu vi pássaros, flores e borboletas. Vi principalmente corpos cheios de sentimentos e por não terem voz, precisei decifrar cada músculo torneado, cada mecha de cabelo esvoaçante. Para as construções eu quis me mudar. Talvez viver ali, no alto da torre, de onde tudo pode ser sempre apreciado, sem a obrigação de fazer parte do todo. Encostei várias vezes a ponta do meu nariz na oleosidade daquela gente, sim, as pessoas também são de óleo. Tem um tal de azul desconcertante, entra pelos meus olhos, escorre pela minha boca, vasa pelos meus ouvidos. Nas horas de fundo preto, só consigo perceber o branco que por cima vem. Há algo a ser decifrado em tantas formas, há algo de intrigante em tudo isso. Preciso ter certeza que isso é inodoro, incolor sei que não é. Quem disse que quero ser exata? Não sou equação, nem há fórmulas para mim. Um dia quero apenas virar óleo.

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