Bruno Steinbach Silva. "Retrato de Lala".
Óleo / papel cançon, 66 x 48 cm, 1987, Camboinha , Cabedelo, Paraíba, Brasil.
Acervo do Artista.
Morreu em 2001, vítima de câncer de mama). Uma mulher linda, fascinante, brilhante... Fenomenal! Tão maravilhosa que Deus não teve paciência de esperar que envelhecesse ... e a levou, muito antes da hora!
Bruno Steinbach. "Mulher dormindo"
Óleo / tela, 100 x 120 cm, jun 2006, Brasília - DF.
Coleção: Érica Chianca, Brasília - DF.
O mito de Pigmaleão reflete o quanto um desejo pode ser transformado em arte: Pigmaleão era devoto da deusa Vênus, deusa da beleza, mãe de Cupido, o arqueiro do amor. Pigmaleão era um escultor e rei de Chipre que se apaixonou por uma estátua que esculpira ao tentar reproduzir a mulher ideal. Ele via tantos defeitos nas mulheres que começou a abominá-las. Na verdade ele havia decidido viver em celibato na Ilha por não concordar com a atitude libertina das mulheres dali, que haviam dado fama à mesma como lugar de cortesãs, e, por isso, resolveu ficar solteiro. Era escultor e a mais bela obra que construiu foi uma estátua de mulher. Vamos refletir: Por que Pigmaleão esculpiu justamente uma bela mulher se ele achava as mulheres insuportáveis?
Pigmaleão achava a sua escultura tão perfeita que se apaixonou por ela.
Solicitou aos deuses que a transformasse em mulher. Afrodite, a deusa do amor, ouviu o seu pedido e, compadecida, deu vida à estátua, chamando-a Galatea.
Que todos nós possamos sublimar cada vez mais, colocando nossas angústias, nossos incômodos e nossos desejos reprimidos a serviço da Arte...
Nos países ocidentais, a data foi esquecida por longo tempo e somente recuperada pelo movimento feminista, já na década de 1960. Na atualidade, a celebração do Dia Internacional da Mulher perdeu parcialmente o seu sentido original, adquirindo um caráter festivo e comercial. Nessa data, os empregadores, sem certamente pretender evocar o espírito das operárias grevistas do 8 de março de 1917, costumam distribuir rosas vermelhas ou pequenos mimos entre suas empregadas.
Em 1975, foi designado pela ONU como o Ano Internacional da Mulher e, em dezembro de 1977, o Dia Internacional da Mulher foi adotado pelas Nações Unidas, para lembrar as conquistas sociais, políticas e económicas das mulheres.
Origem
A ideia da existência de um dia internacional da mulher surge na virada do
século XX, no contexto da
Segunda Revolução Industrial e da
Primeira Guerra Mundial, quando ocorre a incorporação da mão-de-obra feminina, em massa, na indústria. As condições de trabalho, frequentemente insalubres e perigosas, eram motivo de frequentes protestos por parte dos trabalhadores. Muitas manifestações ocorreram nos anos seguintes, em várias partes do mundo, destacando-se
Nova Iorque,
Berlim,
Viena (1911) e São Petersburgo (1913).
O primeiro Dia Internacional da Mulher foi celebrado em 28 de fevereiro de 1909 nos Estados Unidos, por iniciativa do
Partido Socialista da América, em memória do protesto contra as más condições de trabalho das operárias da indústria do vestuário de Nova York.
Em
1910, ocorreu a primeira conferência internacional de mulheres, em
Copenhague, dirigida pela
Internacional Socialista, quando foi aprovada proposta da socialista alemã
Clara Zetkin, de instituição de um dia internacional da Mulher, embora nenhuma data tivesse sido especificada.
No ano seguinte, o Dia Internacional da Mulher foi celebrado a 19 de março, por mais de um milhão de pessoas, na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça.
Poucos dias depois, a 25 de março de 1911,
um incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist mataria 146 trabalhadores - a maioria costureiras. O número elevado de mortes foi atribuído às más condições de segurança do edifício. Este foi considerado como o pior incêndio da história de Nova Iorque, até 11 de setembro de 2001. Para
Eva Blay, é provável que a morte das trabalhadoras da Triangle se tenha incorporado ao imaginário coletivo, de modo que esse episódio é, com frequência, erroneamente considerado como a origem do Dia Internacional da Mulher.
Em 1915,
Alexandra Kollontai organizou uma reunião em Christiania (atual
Oslo), contra a guerra. Nesse mesmo ano, Clara Zetkin faz uma conferência sobre a mulher.
Na Rússia, as comemorações do Dia Internacional da Mulher foram o estopim da Revolução russa de 1917. Em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro pelo
calendário juliano), a greve das operárias da indústria têxtil contra a fome, contra o
czar Nicolau II e contra a participação do país na Primeira Guerra Mundial precipitou os acontecimentos que resultaram na
Revolução de Fevereiro. Leon Trotsky assim registrou o evento: “Em 23 de fevereiro (8 de março no
calendário gregoriano) estavam planejadas ações revolucionárias. Pela manhã, a despeito das diretivas, as operárias têxteis deixaram o trabalho de várias fábricas e enviaram delegadas para solicitarem sustentação da greve. Todas saíram às ruas e a greve foi de massas. Mas não imaginávamos que este ‘dia das mulheres’ viria a inaugurar a revolução”.
Após a
Revolução de Outubro, a
feminista bolchevique Alexandra Kollontai persuadiu
Lenin para torná-lo um dia oficial que, durante o período
soviético, permaneceu como celebração da "heróica mulher trabalhadora". No entanto, o feriado rapidamente perderia a vertente política e tornar-se-ia uma ocasião em que os homens manifestavam simpatia ou amor pelas mulheres - uma mistura das festas ocidentais do Dia das Mães e do Dia dos Namorados, com ofertas de prendas e flores, pelos homens às mulheres. O dia permanece como feriado oficial na Rússia, bem como na
Bielorrússia,
Macedónia,
Moldávia e
Ucrânia.
Na
Tchecoslováquia, quando o país integrava o
Bloco Soviético (
1948 -
1989), a celebração era apoiada pelo
Partido Comunista. O MDŽ (Mezinárodní den žen, "Dia Internacional da Mulher" em
checo) era então usado como instrumento de propaganda do partido, visando convencer as mulheres de que considerava as necessidades femininas ao formular políticas sociais. A celebração ritualística do partido no Dia Internacional da Mulher tornou-se estereotipada. A cada dia 8 de março, as mulheres ganhavam uma flor ou um presentinho do chefe. A data foi gradualmente ganhando um caráter de paródia e acabou sendo ridicularizada até mesmo no cinema e na televisão. Assim, o propósito original da celebração perdeu-se completamente. Após o colapso da União Soviética, o MDŽ foi rapidamente abandonado como mais um símbolo do antigo regime.
No Ocidente, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado durante as décadas de 1910 e 1920. Posteriormente, a data caiu no esquecimento e só foi recuperada pelo movimento feminista, já na década de 1960, sendo, afinal, adotado pelas Nações Unidas, em 1977.