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A ARTE PRIMEVA DA HUMANIDADE: XAMÃ - PINTURA E FÉ NA CAVERNA!

domingo, 8 de março de 2015

FELIZ DIA DA MULHER!



Bruno Steinbach. "Anjo azul". 
Óleo/tela, 80 x 100 cm, 2007, João Pessoa, Paraíba, Brasil. 
Coleção: José William Chianca. João Pessoa, Paraíba, Brasil.

  
A Mulher sempre esteve presente na minha vida e na minha trajetória artística. E sempre estará. Retratei inúmeras mulheres no meu prazeroso ofício (em 2008 realizei a exposição "Mulheres em Evidência", em comemoração ao mês da Mulher, onde mostrei retratos de mulheres que conquistaram o seu lugar na sociedade, o seu respeito e o seu sucesso profissional). Sem qualquer intenção de reduzir o universo feminino ao mero aspecto físico, à sua beleza e ao seu forte poder erotógeno e sensual, pintei vários nús, com muito prazer. As suas curvas, os seus volumes e as nuances tonais, as infinitas e belas possibilidades plásticas que suas formas possibilitam, com fantásticos jogos de chiaroscuro... 
Fenomenal!
Enfim, eis aqui a minha modesta contribuição para todos festejarmos alegremente este dia, marco de uma incrível história de lutas que essas criaturas maravilhosas travaram e que ainda enfrentam para conquistar definitivamente o seu merecido respeito entre os habitantes da Terra (leia a nota no final).


Bruno Steinbach Silva. "Retrato de Lala". 
Óleo / papel cançon, 66 x 48 cm, 1987, Camboinha , Cabedelo, Paraíba, Brasil. 
Acervo do Artista. 
Morreu em 2001, vítima de câncer de mama). Uma mulher linda, fascinante, brilhante... Fenomenal! Tão maravilhosa que Deus não teve paciência de esperar que envelhecesse ... e a levou, muito antes da hora!



Bruno Steinbach. "Lala (in memoriam)" . 
Óleo/tela, 100x80 cm, 2004, João Pessoa, Paraíba, Brasil. 
Acervo do Artista, João Pessoa, Paraíba, Brasil.

Bruno Steinbach. "Mulher dormindo" 
Óleo / tela, 100 x 120 cm, jun 2006, Brasília - DF. 
Coleção: Érica Chianca, Brasília - DF.


O mito de Pigmaleão reflete o quanto um desejo pode ser transformado em arte: Pigmaleão era devoto da deusa Vênus, deusa da beleza, mãe de Cupido, o arqueiro do amor. Pigmaleão era um escultor e rei de Chipre que se apaixonou por uma estátua que esculpira ao tentar reproduzir a mulher ideal. Ele via tantos defeitos nas mulheres que começou a abominá-las. Na verdade ele havia decidido viver em celibato na Ilha por não concordar com a atitude libertina das mulheres dali, que haviam dado fama à mesma como lugar de cortesãs, e, por isso, resolveu ficar solteiro. Era escultor e a mais bela obra que construiu foi uma estátua de mulher. Vamos refletir: Por que Pigmaleão esculpiu justamente uma bela mulher se ele achava as mulheres insuportáveis?
Pigmaleão achava a sua escultura tão perfeita que se apaixonou por ela.

Solicitou aos deuses que a transformasse em mulher. Afrodite, a deusa do amor, ouviu o seu pedido e, compadecida, deu vida à estátua, chamando-a Galatea.
Que todos nós possamos sublimar cada vez mais, colocando nossas angústias, nossos incômodos e nossos desejos reprimidos a serviço da Arte...


Bruno Steinbach."Sem Título" . Óleo/tela, 100x80 cm, 2004, João Pessoa, Paraíba, Brasil. Coleção: Dr. Antônio de Aracoelli Ramalho., João Pessoa-Pb. Catálogo 126.        Bruno Steinbach. "Sem Título" . Óleo/tela, 68x60 cm, 1984, João Pessoa, Paraíba, Brasil. Coleção: Walkíria Forte, João Pessoa-Pb. Catálogo 13.        Bruno Steinbach. "Sem Título". Óleo/tela, 68x60 cm, 1984, João Pessoa, Paraíba, Brasil. Catálogo 15. Coleção: Walkíria Forte, João Pessoa-Pb. Catálogo 14.               Bruno Steinbach. "Devaneio III". Óleo/duratex, 61 x 91 cm, 1999, Mossoró, Rio Grande do Norte, Brasil. Coleção particular. Catálogo 93.


Bruno Steinbach. "MARIA BONITA SEBASTIANA, opus XI". Infogravura/papel couchê, crayon, 42 x 29,7 cm, junho de 2010, Paraíba, Brasil. 








8 de Março: Dia Internacional da Mulher
Relembra as lutas sociais, políticas e econômicas das mulheres.


Membros da Women's International League for Peace and Freedom, em Washington, D.C., 1922.



O Dia Internacional da Mulher, celebrado a 8 de março, tem como origem as manifestações das mulheres russas por melhores condições de vida e trabalho e contra a entrada do seu país na Primeira Guerra Mundial. Essas manifestações marcaram o início da Revolução de 1917. Entretanto a ideia de celebrar um dia da mulher já havia surgido desde os primeiros anos do século XX, nos Estados Unidos e na Europa, no contexto das lutas de mulheres por melhores condições de vida e trabalho, bem como pelo direito de voto. 



No Ocidente, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado no início do século, até a década de 1920. 
Na antiga União Soviética, durante o stalinismo, o Dia Internacional da Mulher tornou-se elemento de propaganda partidária. 
Nos países ocidentais, a data foi esquecida por longo tempo e somente recuperada pelo movimento feminista, já na década de 1960. Na atualidade, a celebração do Dia Internacional da Mulher perdeu parcialmente o seu sentido original, adquirindo um caráter festivo e comercial. Nessa data, os empregadores, sem certamente pretender evocar o espírito das operárias grevistas do 8 de março de 1917, costumam distribuir rosas vermelhas ou pequenos mimos entre suas empregadas. 
Em 1975, foi designado pela ONU como o Ano Internacional da Mulher e, em dezembro de 1977, o Dia Internacional da Mulher foi adotado pelas Nações Unidas, para lembrar as conquistas sociais, políticas e económicas das mulheres. 

Origem 

A ideia da existência de um dia internacional da mulher surge na virada do século XX, no contexto da Segunda Revolução Industrial e da Primeira Guerra Mundial, quando ocorre a incorporação da mão-de-obra feminina, em massa, na indústria. As condições de trabalho, frequentemente insalubres e perigosas, eram motivo de frequentes protestos por parte dos trabalhadores. Muitas manifestações ocorreram nos anos seguintes, em várias partes do mundo, destacando-se Nova Iorque, Berlim, Viena (1911) e São Petersburgo (1913). 
O primeiro Dia Internacional da Mulher foi celebrado em 28 de fevereiro de 1909 nos Estados Unidos, por iniciativa doPartido Socialista da América, em memória do protesto contra as más condições de trabalho das operárias da indústria do vestuário de Nova York.
Em 1910, ocorreu a primeira conferência internacional de mulheres, em Copenhague, dirigida pela Internacional Socialista, quando foi aprovada proposta da socialista alemã Clara Zetkin, de instituição de um dia internacional da Mulher, embora nenhuma data tivesse sido especificada. 
No ano seguinte, o Dia Internacional da Mulher foi celebrado a 19 de março, por mais de um milhão de pessoas, na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça. 
Poucos dias depois, a 25 de março de 1911, um incêndio na fábrica da Triangle Shirtwaist mataria 146 trabalhadores - a maioria costureiras. O número elevado de mortes foi atribuído às más condições de segurança do edifício. Este foi considerado como o pior incêndio da história de Nova Iorque, até 11 de setembro de 2001. Para Eva Blay, é provável que a morte das trabalhadoras da Triangle se tenha incorporado ao imaginário coletivo, de modo que esse episódio é, com frequência, erroneamente considerado como a origem do Dia Internacional da Mulher. 

Em 1915, Alexandra Kollontai organizou uma reunião em Christiania (atual Oslo), contra a guerra. Nesse mesmo ano, Clara Zetkin faz uma conferência sobre a mulher. 
Na Rússia, as comemorações do Dia Internacional da Mulher foram o estopim da Revolução russa de 1917. Em 8 de março de 1917 (23 de fevereiro pelo calendário juliano), a greve das operárias da indústria têxtil contra a fome, contra oczar Nicolau II e contra a participação do país na Primeira Guerra Mundial precipitou os acontecimentos que resultaram na Revolução de Fevereiro. Leon Trotsky assim registrou o evento: “Em 23 de fevereiro (8 de março no calendário gregoriano) estavam planejadas ações revolucionárias. Pela manhã, a despeito das diretivas, as operárias têxteis deixaram o trabalho de várias fábricas e enviaram delegadas para solicitarem sustentação da greve. Todas saíram às ruas e a greve foi de massas. Mas não imaginávamos que este ‘dia das mulheres’ viria a inaugurar a revolução”. 
Após a Revolução de Outubro, a feminista bolchevique Alexandra Kollontai persuadiu Lenin para torná-lo um dia oficial que, durante o período soviético, permaneceu como celebração da "heróica mulher trabalhadora". No entanto, o feriado rapidamente perderia a vertente política e tornar-se-ia uma ocasião em que os homens manifestavam simpatia ou amor pelas mulheres - uma mistura das festas ocidentais do Dia das Mães e do Dia dos Namorados, com ofertas de prendas e flores, pelos homens às mulheres. O dia permanece como feriado oficial na Rússia, bem como na Bielorrússia,Macedónia, Moldávia e Ucrânia
Na Tchecoslováquia, quando o país integrava o Bloco Soviético (1948 - 1989), a celebração era apoiada pelo Partido Comunista. O MDŽ (Mezinárodní den žen, "Dia Internacional da Mulher" em checo) era então usado como instrumento de propaganda do partido, visando convencer as mulheres de que considerava as necessidades femininas ao formular políticas sociais. A celebração ritualística do partido no Dia Internacional da Mulher tornou-se estereotipada. A cada dia 8 de março, as mulheres ganhavam uma flor ou um presentinho do chefe. A data foi gradualmente ganhando um caráter de paródia e acabou sendo ridicularizada até mesmo no cinema e na televisão. Assim, o propósito original da celebração perdeu-se completamente. Após o colapso da União Soviética, o MDŽ foi rapidamente abandonado como mais um símbolo do antigo regime.

No Ocidente, o Dia Internacional da Mulher foi comemorado durante as décadas de 1910 e 1920. Posteriormente, a data caiu no esquecimento e só foi recuperada pelo movimento feminista, já na década de 1960, sendo, afinal, adotado pelas Nações Unidas, em 1977.

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